Brasil propõe ação conjunta ao Brics para produção de medicamentos contra TB

A proposta compartilhada foi bem recebida, e cada país ficou responsável por promover uma discussão interna para a construção de uma proposta oficial, a ser discutida na reunião de ministros que acontecerá, em dezembro, no Brasil. Nesta mesma semana, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou o Global tuberculosis report 2014. O documento traz os principais dados sobre a situação epidemiológica da tuberculose no mundo e os avanços e desafios referentes ao atingimento das metas globais, tuberculose drogarresistente, coinfecção TB-HIV, financiamento e pesquisa e desenvolvimento.
Segundo o relatório, houve um aumento global do número de casos estimados, que passou de 8.6 milhões em 2012 para 9 milhões de casos novos em 2013. O número de óbitos foi estimado em 1.5 milhões em 2013, sendo 360 mil HIV positivos. Isto também se deve à melhoria na qualidade dos dados informados pelos países. Contudo, a lacuna entre os casos estimados e reportados persiste em torno de 3 milhões de casos. O Brasil apresentou uma taxa de detecção de 82% e reportou 70.336 casos novos em 2013, mantendo a 16ª posição entre os 22 países de alta carga.
Quanto ao coeficiente de incidência o país também manteve a 111ª posição, quando considerados todos os países do mundo, com um coeficiente de incidência de 35,7 casos por 100 mil habitantes. O coeficiente de mortalidade no país foi de 2,2 óbitos por 100 mil habitantes em 2013. Em relação às metas globais estabelecidas para 2015, o objetivo do milênio de redução da incidência da doença foi atingido globalmente. A região das Américas e do Pacifico Ocidental atingiram as metas globais de redução da incidência, prevalência e mortalidade. Entre os 22 países de alta carga, nove atingiram os objetivos de redução da prevalência e mortalidade pela metade quando comparado a 1990, entre eles o Brasil. Além disso, o país atingiu todas as metas globais de redução da doença antes de 2015.

Os BRICS, bloco do qual o Brasil faz parte e que são responsáveis por 50% dos casos de tuberculose do mundo, conseguem mobilizar os recursos necessários por fontes domésticas. Os outros 17 países de alta carga apresentam aproximadamente 50% de financiamento internacional, sendo os principais doadores: o Fundo Global e o governo americano. A nova estratégia pós-2015 traz novos desafios e metas mais ousadas como: redução em 95% dos óbitos e 90% da incidência até 2030, além de nenhuma família sofrendo os custos catastróficos relacionados à doença.
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