Vigilância Popular em Saúde: Pesquisa promove formação para ação com foco na saúde, trabalho e ambiente
Você sabe o que é Vigilância Popular em Saúde? É a promoção da saúde por meio do conhecimento, da informação, e da redução das vulnerabilidades, com práticas que privilegiam o protagonismo de comunidades e movimentos sociais.
Nesta perspectiva, a pesquisa ‘Vigilância Popular em Saúde de Base Territorial: Experiências, Redes e Formação para Ação’, selecionada pelo Edital de Pesquisa ENSP 2021, busca contribuir para estruturar as bases da formação para ação em Vigilância Popular com base nas experiências dos territórios, focando na saúde, trabalho e ambiente, como explica a coordenadora do estudo, Simone Oliveira, pesquisadora do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP).
Com a realização de oficinas que valorizam o diálogo entre as diversas experiências territoriais, o projeto, que também conta com a coordenação do pesquisador da Fiocruz Brasília, Jorge Machado, tem como premissa a valorização da participação popular e comunitária, considerando os diferentes saberes, práticas, valores e sociabilidades que constituem as identidades culturais e afetivas dos territórios. O intuito é que os resultados encontrados na pesquisa se expressem em plataformas, produção de e-books e seminários para estruturação de um Programa de Formação.
A pesquisa busca potencializar as ações de Vigilância Popular em Saúde, compreendendo as lacunas e dificuldades na relação com o Sistema Único de Saúde (SUS0, e favorecendo as redes de cooperação locais com reflexos nacionais. Segundo a coordenadora, o estudo visa a construção de uma rede de assistência moldada pelos problemas definidos nos territórios, com participação social e acompanhamento através de mecanismos de gestão e governança participativos e integrados.
+ Confira mais uma entrevista da série especial do 'Informe ENSP' sobre os projetos selecionados pelo Edital de Pesquisa 2021, da VDPI/ENSP.
Informe ENSP: Qual o principal objetivo do projeto de pesquisa 'Vigilância Popular em Saúde de Base Territorial'?
Simone Oliveira: O projeto têm como perspectiva delinear, fomentar e contribuir para estruturar as bases de uma formação para ação em vigilância popular de base territorial com foco na saúde em relação ao trabalho e ao ambiente. Desta forma, pretendemos constituir e fortalecer redes das diversas experiências no país, a partir da produção de interfaces e confluências das diferentes temáticas, lugares e espaços.
A Vigilância Popular em Saúde de Base Territorial tem como premissa a valorização da participação popular e comunitária, considerando os diferentes saberes, as práticas, valores e sociabilidades que constituem as identidades culturais e afetividades territorializadas, reconhecendo a interseccionalidade das relações como instrumento de luta e transformação social.
Informe ENSP: Como o projeto de pesquisa será desenvolvido?
Simone Oliveira: Através da realização de oficinas e diálogos com experiências, buscaremos dar visibilidade e reconhecimento às diversas as ações de Vigilância Popular em Saúde, identificando confluências e singularidades, propiciando a ampliação e fortalecimento de redes de informação para ação. A perspectiva é conhecer os diferentes modos de fazer Vigilância Popular em Saúde para multiplicar ações territorializadas e participativas a partir de redes colaborativas.
Informe ENSP: Quais os resultados esperados?
Simone Oliveira: Esperamos que os resultados se deem através da identificação de diversas ações de vigilância popular em saúde; da promoção do diálogo entre os protagonistas das experiências e o sistema de saúde, reconhecimento dos diferentes modos de fazer vigilância, potencialização e fortalecimento de redes de cooperação. Esses resultados estarão expressos em plataformas, produção de e-books e seminários para estruturação de um programa de formação.
Informe ENSP: Quais contribuições o projeto de pesquisa traz para sociedade e como ele contribui para a popularização da ciência?
Simone Oliveira: A expectativa é que possamos contribuir para a superação de uma vigilância fragmentada e distanciada dos saberes, valores e modos de vida dos territórios. Ou seja, uma vigilância que reconheça a população como protagonista estratégica voltada à construção do SUS para o bem viver. Uma vigilância popular em saúde, de base territorial, dialógica e comunicativa, estruturada na práxis cotidiana dos territórios, tendo o trabalho, o ambiente e a participação comunitária, como forças motrizes de mudanças e da transformação societária. Desta forma, a vigilância popular em saúde ampliada pelas novas formas de saber-fazer, contribui de maneira singular para a popularização dos conhecimentos científicos, democratizando-os.
Informe ENSP: Como o projeto pretende contribuir para a promoção da vigilância popular em saúde?
Simone Oliveira: O projeto está estruturado para potencializar as ações de vigilância popular em saúde, compreender as suas lacunas e dificuldades, na relação com o SUS, e favorecer suas redes de cooperação locais em reflexos nacionais, seja na difusão das experiências e seus modos de fazer, seja através de um programa de formação. Apostando em uma rede de assistência moldada pelos problemas definidos nos territórios, com a participação social e acompanhamento por mecanismos de gestão e de governança igualmente participativo e integrado.
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