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Edital de Pesquisa 2021: projetos selecionados são apresentados em seminário

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Publicado em:02/12/2022
Por Danielle Monteiro

A Vice-Direção de Pesquisa e Inovação da ENSP realizou, nesta quarta-feira (30/11), o 1° Seminário de Apresentação e Acompanhamento dos Projetos do Edital de Pesquisa 2021, no âmbito do Programa de Fomento ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico Aplicado à Saúde Pública da ENSP. No período da manhã do evento, os coordenadores de cada um dos oito, entre os 16 projetos selecionados pelo edital, apresentaram sua pesquisa, abordando objetivos, metodologia, atividades, avanços e desafios. 

O diretor da ENSP, Marco Menezes, iniciou o encontro destacando que o Programa de Fomento ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico Aplicado à Saúde Pública da ENSP é fruto do comprometimento e do esforço coletivo da Fiocruz e da Escola em atender às principais demandas e enfrentar os desafios colocados pela sociedade no atual momento. Ele reforçou que a iniciativa faz parte de uma construção coletiva, discutida amplamente no Conselho Deliberativo da ENSP e nos colegiados; e ressaltou que ainda há muito a se construir pela frente em termos de inovação e ampliação. 

Segundo o diretor da ENSP, o programa também é resultado do fortalecimento das ações e das políticas institucionais da Escola, principalmente no que diz respeito à inclusão, diversidade e divulgação científica. “Nossa proposta é que o edital abarcasse nossos compromissos e políticas de inclusão e diversidade. Sabemos que precisamos aprofundar, mas é uma marca que eu destaco nesse processo. Outra marca é poder estar aqui nesse momento, discutir, integrar e conhecer cada estágio da pesquisa e das propostas apresentadas”, afirmou.

Em seguida, a vice-diretora de pesquisa e inovação da ENSP, Luciana Dias Lima, fez uma apresentação sobre o edital de pesquisa, pontuando metas, objetivos, etapas e propostas de projetos aprovadas. Ela salientou que a Escola tem uma tradição no processo que envolve a inauguração de editais de pesquisa e que a ideia é aprimorar continuamente esse processo. “O edital de pesquisa integra esse programa maior (Programa de Fomento ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico Aplicado à Saúde Pública da ENSP). Uma das metas previstas é selecionar, apoiar e acompanhar 16 projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico em saúde. A outra meta é aperfeiçoar os dispositivos de apoio à pesquisa e divulgação científica da Escola”, explicou.

Apresentação dos projetos de pesquisa

Os projetos de pesquisa apresentados durante o encontro envolvem diversas temáticas, tais como governança durante a pandemia; insegurança alimentar; ambiente alimentar escolar; Covid longa; saúde indígena; e saúde mental dos trabalhadores de saúde.

A primeira apresentação foi sobre o projeto intitulado Governança e Respostas Nacionais dos Brics à Covid-19, coordenado pela professora e pesquisadora do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Daps/ENSP), Adelyne Mendes. A pesquisa analisou as experiências dos países dos Brics no enfrentamento à Covid entre 2020 e 2022 com foco na institucionalidade das respostas nacionais em contextos de desigualdades estruturais.

Em seguida, a pesquisadora da ENSP, Ana Laura Brandão, apresentou o projeto de pesquisa que coordena, chamado Insegurança alimentar e emergência climática: dois lados do mesmo desafio para a saúde pública latino-americana. O estudo verificou os principais determinantes associados às interfaces das crises alimentar, institucional e climática em países da América Latina, assim como a inclusão desses temas em cursos em programas de formação oferecidos na região como estratégias de contribuição para o fortalecimento do papel das Escolas de Saúde Pública latino-americanas.

Posteriormente, a pesquisadora do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde (DEMQS)/ENSP), Letícia Cardoso, discorreu sobre o estudo coordenado por ela, intitulado Impacto da Regulamentação do Ambiente Alimentar Escolar, que analisou aspectos relacionados à comercialização de bebidas adoçadas e alimentos não saudáveis em cantinas escolares de escolas privadas, do seu entorno e do comércio ambulante de alimentos de três cidades brasileiras.

Em seguida, foi a vez de a pesquisadora do Departamento de Endemias Samuel Pessoa (Densp/ENSP), Margareth Portela, apresentar o estudo Cuidado à Covid longa: necessidades, barreiras e oportunidades no município do Rio de Janeiro. A pesquisa estuda a Covid longa em pacientes que foram hospitalizados por Covid no SUS, buscando apreender características, evolução e fatores associados à síndrome, além de necessidades de saúde, uso de serviços de saúde e barreiras de acesso a cuidados necessários.

Já os pesquisadores da ENSP Ana Lúcia Pontes e Andrey Cardoso discorreram sobre seu estudo acerca do movimento das mulheres indígenas. A pesquisa investigou os cenários de gênese, organização e atuação, em particular da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade, com foco em pautas ligadas à saúde e políticas públicas.

A temática indígena também integra a pesquisa coordenada por Rui Arantes, do DENSP/ENSP. Intitulado Saúde Indígena em perspectivas diacrônicas, o estudo analisou as relações entre condições de vida e saúde da população Xavante da terra Indígena, à luz dos processos de transformações socioeconômicas e ambientais em curso.

O Impacto do mercúrio em áreas protegidas e povos da floresta na Amazônia foi o tema do estudo coordenado pelo pesquisador do DENPS/ENSP, Paulo Basta, que teve como objetivo contribuir com a melhoria das condições de vida e saúde dos indígenas Munduruku e Yanomami, a partir do aperfeiçoamento do trabalho das equipes de saúde atuantes nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, no que tange à contaminação por mercúrio.

Por fim, a pesquisadora da ENSP, Maria Helena Machado, discorreu sobre a pesquisa, ligada a dois outros projetos, intitulada Condições de Trabalho e Saúde Mental dos Trabalhadores de Saúde das Áreas Indígena e Quilombola no Contexto da Covid-19 no Brasil. O estudo busca conhecer as condições de vida, o cotidiano do trabalho e a saúde mental dos trabalhadores que atuam diretamente na assistência às áreas dos quilombolas e indígenas no enfrentamento à pandemia.


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