Fiocruz apresenta resultados do estudo 'Impacto do mercúrio em áreas protegidas e povos da Amazônia’
Os pesquisadores Paulo Basta e Ana Claudia Vasconcellos, da Fiocruz, apresentaram o relatório técnico do estudo sobre o impacto do mercúrio em áreas protegidas e povos da floresta na Amazônia a indígenas do povo Paiter-Suruí, em Rondônia. A devolutiva foi feita no dia 6 de agosto na aldeia Lapetanha, na Terra Indígena Sete de Setembro, no município de Cacoal. Ainda como parte do compartilhamento dos resultados com a comunidade, o pesquisador da ENSP e a pesquisadora da EPSJV entregaram laudos individuais com as concentrações de mercúrio identificadas em amostras de cabelo dos 178 participantes da pesquisa.
O estudo foi parte do projeto “Proteção de Povos Indígenas e Tradicionais do Brasil”, financiado pelo Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha por intermédio do WWF. Nessa iniciativa, a Fiocruz ficou responsável pelo Eixo 3: “ações para mitigação dos efeitos do garimpo”. O relatório completo “Impacto do mercúrio em áreas protegidas e povos da floresta na Amazônia - uma abordagem integrada saúde-ambiente: estudo de caso com o povo Paiter-Suruí de Rondônia” está disponível aqui.
Na oportunidade, Vasconcellos e Basta apresentaram o Manual Técnico para o Atendimento de Indígenas Expostos ao Mercúrio no Brasil, documento produzido pelo grupo de pesquisa da Fiocruz, em parceria com a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, e com a Secretaria Nacional de Direitos Territoriais do Ministério dos Povos Indígenas. O documento foi lançado recentemente em maio, numa cerimônia em Brasília. É possível acessar e baixar gratuitamente na Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde.
Ao concluírem a visita, os pesquisadores se comprometeram a ofertar um treinamento para vigilância e monitoramento da exposição ao mercúrio, na TI Sete de Setembro, aos conselheiros locais de saúde e às lideranças Paiter-Suruí, com a participação de membros das Equipes Multiprofissionais de Saúde Indígena (EMSI) do DSEI Vilhena. A previsão é que isso ocorra no primeiro trimestre de 2026.
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