INFORME ENSP

No Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas (7/2), a Agência Fiocruz de Notícias (AFN) publicou um novo especial que reúne a produção dos pesquisadores da Fundação sobre Saúde Indígena. O material aborda o tema tão em foco no momento em que os yanomamis passam por uma grave crise sanitária que levou à decretação, em 20 de janeiro, pelo Ministério da Saúde (MS), de estado de emergência. O especial apresenta pesquisas, artigos, vídeos, filmes e outros materiais que contam uma parte dos estudos e iniciativas das unidades da Fiocruz em relação aos yanomamis, em particular, e a outros povos originários, em geral. 

Um projeto coordenado pelo pesquisador Paulo Basta, da ENSP/Fiocruz, examinará amostras da qualidade de água de consumo humano e sedimentos nas aldeias de Maturacá e Ariabu, na Terra indígena  Yanomami Maturacá, em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com o objetivo de reduzir a incidência de doença diarreica aguda (DDA) e a mortalidade infantil por causas relacionadas à desidratação e desnutrição, entre crianças indígenas de 0 a 5 anos. A iniciativa é um desdobramento da pesquisa realizada em parceria com o Unicef, em 2019, que analisou os determinantes sociais da desnutrição de crianças indígenas de até cinco anos do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami.

Servidores, terceirizados, bolsistas,?estudantes e outros colaboradores da Fiocruz que queiram atuar como voluntários nos serviços de apoio às populações indígenas no território Yanomami já podem se cadastrar. A Fundação criou o Programa de Voluntariado da Fiocruz para organizar a participação: basta preencher o formulário on-line na página Unidos pela Vida em prol do povo Yanomami.  

A Fiocruz instalou, nesta segunda-feira (23/1), uma Sala de Situação para articular ações de apoio ao Ministério da Saúde (MS) e à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) frente à emergência sanitária que afeta as populações indígenas no território Yanomami. Alguns pesquisadores da área de saúde indígena e médicos infectologistas da Fundação já estão no local para apoiar as primeiras ações no campo. 

Doenças, desnutrição e péssimas condições de vida marcam a trajetória dos yanomamis nos últimos anos. Quais motivos levaram a essa realidade e que soluções são buscadas para amparar as terras indígenas? Em entrevista a Sputnik News Brasil, Paulo Basta, pesquisador da ENSP/Fiocruz e Estêvão Senra, geógrafo e analista do Instituto Socioambiental, debatem as causas e consequências dessa realidade.

A animação “Amazônia Sem Garimpo”, coordenada pela pesquisadora da ESPVJ/Fiocruz, Ana Claudia Santiago de Vasconcellos, e pelo pesquisador da ENSP, Paulo Cesar Basta, é parte integrante do projeto de pesquisa "Impactos do Mercúrio em Áreas Protegidas e Povos da Floresta na Amazônia: Uma Abordagem Integrada Saúde e Ambiente". No filme os povos indígenas contam os dramas e o perigo da contaminação dos rios e das águas pelo mercúrio da mineração. A animação está disponível com narração em duas línguas indígenas - Yanomami e Munduruku, além do português. As narrações foram feitas pelas próprias populações indígenas e o roteiro desenvolvido coletivamente entre produtores audiovisuais, pesquisadores e os povos retratados.

Como parte das atividades em comemoração aos 68 anos da ENSP, foi realizada na tarde do dia 8 de setembro, uma mesa que o exaltou o Dia da Amazônia. A atividade abordou a determinação socioambiental da saúde, e os conflitos e ameaças, destacando os territórios e a saúde indígena, além do trabalho e o legado do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips em defesa da floresta e da representatividade dos povos indígenas. A palestra foi coordenada pelo pesquisador da ENSP, Marcelo Firpo, e contou com a participação do também pesquisador da Escola, Paulo Basta; da antropóloga Beatriz Matos; da diretora da Fiocruz Amazônia, Adele Schwartz Benzaken; e do professor da Unifesspa, Jax Nildo.

Assado, frito, na brasa ou cozido. Não importa o modo de preparo, o peixe tem espaço garantido na mesa da população de Roraima. No entanto, o hábito saudável e tradicional está ameaçado pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Segundo estudo de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Evandro Chagas e Universidade Federal de Roraima (UFRR), os pescados coletados em três de quatro pontos na Bacia do Rio Branco apresentaram concentrações de mercúrio maiores ou iguais ao limite estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Evidenciar o protagonismo indígena na formulação, na estruturação e na implementação da atual política de saúde indígena no Brasil. É com esse objetivo que a Editora Fiocruz e a plataforma editorial PISEAGRAMA lançam, em coedição, o livro Vozes indígenas na saúde: trajetórias, memórias e protagonismos, que está disponível para aquisição exclusivamente em formato impresso – via Livraria Virtual da Editora.  

Começa a terça-feira, 31 de maio, e segue até quarta-feira, 1º de junho, a Mostra de Experiências relacionadas à Vigilância em Saúde voltadas para a prevenção e o controle da Covid-19 nos Povos Indígenas. A atividade busca incentivar e fortalecer o papel fundamental que os povos indígenas e movimentos a eles associados têm tido no contexto de enfrentamento do novo coronavírus, especialmente no que se refere às ações na área de Vigilância em saúde. A transmissão da mostra será pelo Youtube. Não perca!

A Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), em parceria com o WWF-Brasil e outras instituições não governamentais, estão participando do primeiro Seminário de Governança do Projeto de Proteção de Povos Indígenas e Tradicionais do Brasil. O projeto, financiado pelo Ministério de Cooperação e Desenvolvimento Econômico Alemão, busca proteger os territórios dos povos indígenas e tradicionais para que possam continuar cumprindo suas funções de garantir a subsistência da população e a conservação da natureza. O encontro presencial está acontecendo em Rondônia, Porto Velho, de 25 a 29 de abril, na Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé. Saiba mais sobre o seminário. 

O livro Plantas medicinais: fortalecimento, território e memória guarani e kaiowá, ou Pohã Ñana: nãnombarete, tekoha, guarani ha kaiowá arandu rehegua, foi lançado nesta terça-feira (19/04), Dia dos Povos Indígenas, na Aldeia Manbai, no Mato Grosso do Sul, e terá um lançamento especial na quarta-feira, dia 20 de abril, na Escola Estadual Indígena Mbo eroy Guarani-Kaiowá. A publicação registra o conhecimento sobre plantas medicinais e outros saberes tradicionais repassados entre sucessivas gerações de habitantes de seis localidades do território Guarani-Kaiowá: as aldeias Guapo’y (Amambai), Jaguapiré, Guasuty, Kurusu Amba, Tapyi Kora (Limão Verde) e Takuapery. Com 350 páginas, a obra foi organizada pelos pesquisadores Islândia Carvalho, da Fiocruz Pernambuco, Paulo Basta, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz) e pelas indígenas Aparecida Benites (Kuñatãi mbo`y arandu), que é historiadora e Ananda Meinberg Bevacqua (Kunãtai tucamby).

A Hutukara Associação Yanomami lançou na segunda-feira (11/4) o relatório “Yanomami Sob Ataque: Garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e propostas para combatê-lo” – um panorama do avanço da destruição garimpeira na maior terra indígena do país. O relatório tem por objetivo descrever a evolução do garimpo ilegal na terra Indígena Yanomami (TIY) em 2021. Trata-se do pior momento de invasão desde que a TI foi demarcada e homologada, há trinta anos. O pesquisador Paulo Basta, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, é um dos colaboradores.

A Plataforma Narrativas Indígenas promoveu o debate "Diálogos interculturais na produção de conhecimentos" no último dia de atividades do Seminário Narrativas indígenas do Nordeste: lutas sociais por saúde, dignidade e direitos territoriais, realizado nos dias 29, 30 e 31 de março. A atividade está disponível no canal da ENSP, no Youtube. A Plataforma é organizada pelo Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde, da ENSP, e pelo Laboratório de Saúde, Ambiente e Trabalho, do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco). 

A Plataforma Narrativas Indígenas do Nordeste, organizada pelo Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde, da ENSP, e pelo Laboratório de Saúde, Ambiente e Trabalho, do Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), promoveu um debate sobre agroecologia e agricultura do sagrado nos territórios durante o Seminário Narrativas indígenas do Nordeste: lutas sociais por saúde, dignidade e direitos territoriais, realizado nos dias 29, 30 e 31. A atividade está disponível no canal da ENSP, no Youtube.