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Conheça 6 conceitos fundamentais relacionados a desastres

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Publicado em:22/05/2024

Para que um evento seja considerado um desastre, precisa combinar ameaças de origem natural e/ou tecnológica, exposição, condições de vulnerabilidade e capacidades de prevenção e respostas para reduzir os riscos. Desse modo, um desastre requer um conjunto de aspectos que envolvem condições físicas e sociais. Veja os cards, conheça seis conceitos fundamentais relacionados ao tema e saiba mais! O conteúdo é baseado no ‘Guia de Preparação para Resposta à Emergência em Saúde Pública por Inundações Graduais’. A publicação é do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes/Fiocruz), coordenado pelo pesquisador da ENSP/Fiocruz Carlos Machado.

Este conteúdo está no perfil da ENSP no Instagram em formato de cards. Confira!

AMEAÇA

- processos físicos que podem ser gerados pela dinâmica da natureza (meteorológicos, hidrológicos, climatológicos, biológicos, geológico, etc.);
- ou pela atuação humana (degradação ambiental, ameaças tecnológicas como os acidentes químicos e radio nucleares e colapso de obras civis);
- podem ocorrer de forma individual, combinada ou sequencial em suas origens e efeitos;
- cada tipo de ameaça tem qualidades que são específicas, dependendo da localização, magnitude, intensidade, frequência e probabilidade;

  • Chuvas fortes e contínuas são potenciais ameaças e podem desencadear um desastre ao combinar populações expostas, vulneráveis e não preparadas, com baixas capacidades institucionais e governamentais de prevenção, mitigação e respostas.

EXPOSIÇÃO

- permite estabelecer relações entre a população e as situações ambientais alteradas por eventos físicos ou condições de degradação ambiental;
- relaciona-se com contextos espaciais e temporais específicos e está condicionada a situações que vão desde a presença de lixo no ambiente até a aglomeração de pessoas em abrigos, o que aumenta risco de doenças transmissíveis, intoxicação alimentar, violência doméstica, etc.

  • Algumas situações prolongam a exposição das populações. Em inundações, águas contaminadas e situações provisórias e/ou precárias em abrigos geram novos cenários de riscos de doenças que requerem a intensificação da vigilância em saúde e dos cuidados em saúde conjuntamente.

CONDIÇÕES DE VULNERABILIDADE 

“a exposição não ocorre do mesmo modo em todos os lugares e para toda a população” 

- resultam das condições socioeconômicas e de vida de grupos populacionais em territórios específicos;
- deriva da suscetibilidade de certas comunidades ou sociedades sofrerem desastres;
- quando reduzidas, diminuem os riscos de desastres, pois a melhoria das condições de vida, de infraestrutura e de capacidade de enfrentamento a desastres, reduz os potenciais impactos sociais, econômicos e à saúde.

  • Em cenários de desastres, as populações com piores condições socioeconômicas são frequentemente as mais vulneráveis aos riscos destes eventos e sofrem por mais tempo seus impactos, prolongando a recuperação. 

CAPACIDADE DE PREVENÇÃO E RESPOSTAS 
para reduzir os riscos dos desastres

- não podem ser dissociadas das condições de vulnerabilidade que, por sua vez, relacionam-se com os processos políticos e sociais que limitam os recursos, as habilidades e a infraestrutura necessárias para reduzir os níveis de riscos; 
- seu fortalecimento, junto à redução da vulnerabilidade, é fundamental para aumentar a resiliência das comunidades e sociedades;

  • Países, estados, municípios e locais que possuem mais recursos humanos, técnicos e financeiros para prevenção, além de uma melhor resposta, com planos de emergências envolvendo diferentes instituições e comunidades, têm mais capacidade de enfrentar os desafios colocados pelos desastres e, consequentemente, de fortalecer a resiliência dos territórios, instituições e populações.

RESILIÊNCIA
- se expressa no fortalecimento das capacidades de uma comunidade ou sociedade em reconstituir-se após um desastre; 
- promove aprendizado para adaptação, resistência ou transformação de uma realidade para alcançar e manter um nível aceitável de funcionamento e estrutura;
- propicia a uma comunidade ou sociedade gerar uma melhor proteção futura; 
- em saúde, se relaciona com a capacidade do sistema de lidar e gerir os riscos à saúde, mantendo suas funções essenciais, identidade e estrutura.

  • É fundamental que o princípio de “reconstruir de modo melhor e mais seguro” seja adotado, evitando que se repitam os mesmos cenários que existiam antes dos desastres, resultando em comunidades, municípios, estados e país melhor estruturados e preparados para riscos futuros.

RESILIÊNCIA CLIMÁTICA

- sua construção está intimamente relacionada ao conceito de adaptação como “processo de ajuste ao clima real ou esperado, à variabilidade climática, decorrente das mudanças climáticas, e seus efeitos”. 

  • Nos eventos extremos vivenciados no país, processos de adaptação aos novos cenários de riscos, envolvendo as comunidades, escolas, estabelecimentos de saúde e o conjunto de atividades econômicas e sociais, são fundamentais para prosseguirmos de modo mais seguro e resiliente.
Aprofunde o conhecimento sobre o tema! 

- Acesse o ‘Guia de Preparação para Resposta à Emergência em Saúde Pública por Inundações Graduais’ aqui. 

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