Pesquisador alerta para os efeitos das inundações que atingem o país
Publicado em:10/01/2022
As chuvas que assolaram o sul da Bahia e o norte de Minas Gerais no final de dezembro de 2021 atingiram mais de 300 municípios e deixaram mais de 118 mil pessoas desalojadas e desabrigadas. Essa situação de emergência em saúde pública, que segue se alastrando por várias regiões do país no começo de 2022, revela um quadro preocupante, complexo e heterogêneo sobre os riscos à saúde das populações afetadas. De acordo com o coordenador do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes) da Fiocruz, Carlos Machado, além dos riscos da aquisição de várias doenças, é fundamental cuidar da saúde mental das pessoas desabrigadas, aprimorar os sistemas de alerta e alarme e auxiliar na reconstrução da vida das pessoas afetadas e dos municípios atingidos. Em depoimento ao Informe ENSP, Machado também alertou para o risco do aumento de casos Covid-19 e influenza nos abrigos para onde as pessoas são conduzidas.O pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) é um dos autores dos guias “Preparação para resposta à emergência em saúde pública por seca e estiagem” e “Preparação para resposta à emergência em saúde pública por inundações graduais”, lembra que a vigilância e o cuidado com essas populações devem ser constantes, uma vez que outros efeitos desse tipo de fenômeno podem surgir a longo prazo. As publicações do Cepedes têm o objetivo de orientar sobre a redução dos impactos dos desastres acerca da saúde e o bem-estar das populações e dos próprios serviços de saúde.
Além dos guias, a Fiocruz oferece, por intermédio do Campus Virtual e do Observatório Covid-19, o curso Gestão de risco de emergências em saúde pública no contexto da Covid-19. O objetivo é contribuir para fortalecer as capacidades de preparação e resposta para esses eventos e propor mudanças qualitativas na forma de enfrentá-los. Confira a chamada completa no site da plataforma.
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