Ações fortalecem o protagonismo das mulheres na Fiocruz
O arrefecimento da crise política, social, sanitária, ambiental e humanitária teve efeitos desproporcionais na qualidade de vida e saúde das mulheres. Sendo que as mulheres pobres, negras, indígenas, com deficiência, mulheres trans e demais estratos populacionais que sofrem desproporcionalmente a violência social que leva à invisibilização de suas questões e ameaçam a sua existência.
Em 2022, a Fiocruz inovou nas estratégias utilizadas para mobilização e conformação de uma agenda integrada de atividades visando estimular a participação e aprofundar o debate sobre a importância das mulheres e meninas nas diversas áreas de pesquisas científicas e tecnológicas. As ações na instituição tiveram início em 11 de fevereiro, com a celebração do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, e seguem até este 8 de março, Dia da Mulher.
Atendendo a chamada “Mais Meninas na Fiocruz”, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca constituiu um grupo de trabalho para promover duas iniciativas. A primeira delas busca desenvolver ações que estimulem meninas e mulheres oriundas de escolas públicas ou moradoras de favelas, áreas periféricas ou historicamente e socialmente vulnerabilizadas, a conhecerem a atuação de cientistas brasileiras do campo da Saúde Pública/Saúde Coletiva, ampliando, assim, seu olhar sobre trajetórias de vida na área acadêmico-científica. A segunda, por sua vez, propõe-se à promoção de espaços institucionais de discussão sobre desafios e estratégias para a redução das desigualdades de gênero na sociedade e na ciência.
As ações já se iniciaram com a realização de um Centro de Estudos sobre o tema Desigualdades de Gênero: desafios e caminhos para a construção de uma ciência emancipatória, coordenado pela pesquisadora Jussara Ângelo, e envolverão reuniões preparatórias com mobilização de pesquisadoras da ENSP, sob coordenação do GT ‘Diversidade e Equidade’, rodas de conversas virtuais e produções audiovisuais de comunicação popular e divulgação científica.
“Entendemos que a ciência e a tecnologia aplicadas à Saúde Pública/Saúde Coletiva, áreas em que a atuação das mulheres pesquisadoras da ENSP se destacam, é um campo propício para construção de uma sociedade mais solidária, justa e sustentável, em que a defesa da vida em todas as suas expressões, a redução das desigualdades sociais e a melhoria das condições de vida e saúde das populações ocupem um espaço central”, afirmou a vice-diretora de Pesquisa e Inovação, Luciana Dias Lima.
Congresso Interno
Em 2022, a Fiocruz inovou nas estratégias utilizadas para mobilização e conformação de uma agenda integrada de atividades visando estimular a participação e aprofundar o debate sobre a importância das mulheres e meninas nas diversas áreas de pesquisas científicas e tecnológicas. As ações na instituição tiveram início em 11 de fevereiro, com a celebração do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, e seguem até este 8 de março, Dia da Mulher.
Atendendo a chamada “Mais Meninas na Fiocruz”, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca constituiu um grupo de trabalho para promover duas iniciativas. A primeira delas busca desenvolver ações que estimulem meninas e mulheres oriundas de escolas públicas ou moradoras de favelas, áreas periféricas ou historicamente e socialmente vulnerabilizadas, a conhecerem a atuação de cientistas brasileiras do campo da Saúde Pública/Saúde Coletiva, ampliando, assim, seu olhar sobre trajetórias de vida na área acadêmico-científica. A segunda, por sua vez, propõe-se à promoção de espaços institucionais de discussão sobre desafios e estratégias para a redução das desigualdades de gênero na sociedade e na ciência.
As ações já se iniciaram com a realização de um Centro de Estudos sobre o tema Desigualdades de Gênero: desafios e caminhos para a construção de uma ciência emancipatória, coordenado pela pesquisadora Jussara Ângelo, e envolverão reuniões preparatórias com mobilização de pesquisadoras da ENSP, sob coordenação do GT ‘Diversidade e Equidade’, rodas de conversas virtuais e produções audiovisuais de comunicação popular e divulgação científica.
“Entendemos que a ciência e a tecnologia aplicadas à Saúde Pública/Saúde Coletiva, áreas em que a atuação das mulheres pesquisadoras da ENSP se destacam, é um campo propício para construção de uma sociedade mais solidária, justa e sustentável, em que a defesa da vida em todas as suas expressões, a redução das desigualdades sociais e a melhoria das condições de vida e saúde das populações ocupem um espaço central”, afirmou a vice-diretora de Pesquisa e Inovação, Luciana Dias Lima.
Congresso Interno
No IX Congresso Interno houve ampla defesa do estabelecimento de diretrizes para desnaturalizar as condições desiguais de acesso das mulheres aos recursos dos editais de pesquisa e aos cargos de comando na instituição, as desigualdades de atendimento aos critérios para o credenciamento, entre outros. Também foram pontuados os demais circuitos de opressão que se justapõem ao do gênero, a exemplo da cor e raça, etnia, deficiência, condições socioeconômicas, entre outros que amplificam as barreiras à participação plena das mulheres plurais nos espaços institucionais.
Além disso, foram transversalizadas diretrizes para a reversão dos impactos institucionais de uma estrutura social patriarcal, racista, homofóbica e capacitista, a defesa da participação irrestrita e representação paritária das populações invisibilizadas. “Foi uma vitória de um movimento civilizatório que ganha força na Fiocruz, a partir da mobilização de um coletivo feminino, o 8M Fiocruz, que tem amadurecido tanto a reflexão sobre o tema, quanto a luta para a reversão do mesmo, a partir de abordagem interseccional”, afirmou a pesquisadora da ENSP Laís Costa, que participou das discussões.
Ressaltou-se, nos debates do CI, a perda qualitativa no conhecimento produzido com a exclusão das mulheres brancas e negras, pobres ou não, com e sem deficiência, indígenas, trans, precisamente por limitar a análise de uma realidade social que tem sido subalternizada e invisibilizada. Como resultado, conseguiu-se reafirmar o compromisso em defesa da vida e da dignidade humana. “Fortalecemos a luta de mulheres invisibilizadas pelos sistemas de opressões patriarcais, racistas, transfóbicos e capacitistas, particularmente das mulheres negras, quilombolas, trans, com deficiência, indígenas e de outras comunidades tradicionais”, comemorou a pesquisadora.
Programa Vivo
Esses espaços de discussão também vêm sendo ampliados na ENSP. Em 2021, ao longo da campanha para eleição da Direção, a equipe do agora diretor Marco Menezes apresentou as diretrizes do Programa “Vivo”, um convite ao diálogo e à construção coletiva de propostas de futuro para a ENSP. Trata-se de uma série de iniciativas que evocam o engajamento e união de esforços de trabalhadoras, trabalhadores e estudantes, em prol de uma agenda comum, que aprimore a capacidade de a Escola responder às transformações e aos desafios da atualidade.
O Compromisso 11 busca avançar na luta antirracista pela equidade de gênero, por acessibilidade e diversidade garantindo um ambiente acadêmico em que a pluralidade de epistemologias, as perspectivas interseccionais, o enfrentamento das desigualdades étnico-raciais e de gênero, a luta LGBTQIA+ e a inclusão social estejam presentes e sejam transversais em todas as suas instâncias e possibilidades de atuação. Para o diretor Marco Menezes, as diretrizes do compromisso incidem sobre a ampliação e aprofundamento do debate sobre as desigualdades e a diversidade étnico-raciais e de gênero e suas expressões mais comuns no cotidiano da ENSP. “Buscamos a equidade de gênero, a valorização das nossas diferenças nos modos de fazer e existir na sociedade, na ciência e na saúde”, afirmou.
8M
Esses espaços de discussão também vêm sendo ampliados na ENSP. Em 2021, ao longo da campanha para eleição da Direção, a equipe do agora diretor Marco Menezes apresentou as diretrizes do Programa “Vivo”, um convite ao diálogo e à construção coletiva de propostas de futuro para a ENSP. Trata-se de uma série de iniciativas que evocam o engajamento e união de esforços de trabalhadoras, trabalhadores e estudantes, em prol de uma agenda comum, que aprimore a capacidade de a Escola responder às transformações e aos desafios da atualidade.
O Compromisso 11 busca avançar na luta antirracista pela equidade de gênero, por acessibilidade e diversidade garantindo um ambiente acadêmico em que a pluralidade de epistemologias, as perspectivas interseccionais, o enfrentamento das desigualdades étnico-raciais e de gênero, a luta LGBTQIA+ e a inclusão social estejam presentes e sejam transversais em todas as suas instâncias e possibilidades de atuação. Para o diretor Marco Menezes, as diretrizes do compromisso incidem sobre a ampliação e aprofundamento do debate sobre as desigualdades e a diversidade étnico-raciais e de gênero e suas expressões mais comuns no cotidiano da ENSP. “Buscamos a equidade de gênero, a valorização das nossas diferenças nos modos de fazer e existir na sociedade, na ciência e na saúde”, afirmou.
8M
A luta pela igualdade de gênero na instituição vem sendo estimulada pelo Movimento 8M, um grupo plural de mulheres da Fiocruz que ocupam diferentes funções, cargos e formas de inserção institucional. O movimento é formado por mulheres brancas, indígenas, negras, mães, filhas, netas e irmãs, com distintas orientações sexuais, corpos e gêneros, com ou sem deficiência, com ou sem companheir@s. Elas, tradicionalmente, exercem a função de cuidadoras em suas famílias e redes de amigos, além de possuírem múltiplos papeis na sociedade. Leia a Carta Manifesto publicada pelo 8M no Dia Internacional da Mulher.

Ato do Movimento 8M em 2020
“As lutas que fazemos no movimento feminista são para que possamos viver num mundo em que não seja necessário lutar contra o feminicídio e a violência contra a mulher, porque vislumbramos um mundo fundado em outros valores que não o patriarcalismo e, portanto, sem valorização daqueles valores do individualismo, da competitividade e agressividade que estimulam um mundo mais violento”, revelou a pesquisadora Isabela Santos.
A fala da integrante do 8M Fiocruz reflete o engajamento do movimento na defesa incondicional dos direitos humanos, no respeito a? diversidade de gênero, a? liberdade de expressão e no desenvolvimento de um mundo não patriarcalista, em que o trabalho do cuidado com as pessoas e com a casa seja tão valorizado quanto o trabalho externo e que as mulheres não tenham que “demandar” esse tipo de cuidado aos homens, uma vez que trata-se de uma responsabilidade de todes desde sua criação.
“Nesse mundo ideal, as mulheres não teriam que lutar por direitos iguais na vida pessoal nem no trabalho, porque seriam tão valorizadas quanto os homens. Nesse mundo que sonhamos, seria impensável, por exemplo, vermos mensplaying, bem como assistirmos aos homens exercerem paternidade negligente, pois teriam paternidade ativa. Além disso, desejamos uma ciência que não reflita essas consequências destrutivas do mundo patriarcal, que não seja competitiva, produtivista nem capacitista. Neste 8 de março, convidamos a todes a sonhar esse mundo melhor para todes e que juntem à luta por ele".
Ato
O grupo promoveu na terça-feira o Esquenta das Mulheres, ato que reuniu trabalhadoras e integrantes para falar sobre suas realidades e produzir materiais para o Ato 8M, organizado pelo 8MRJ, e que reuniu todos coletivos feministas do Rio. A concentração será às 16hrs, em frente ao Detran, na Av. Presidente Vargas, e segue até a Candelária.
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