INFORME ENSP

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é um dia de luta em defesa de um país feminista em todas as dimensões da sociedade brasileira. A ENSP reconhece que a desigualdade de gênero, a violência às mulheres, o racismo, o capacitismo e a misoginia são globais e, no Brasil, estruturais, além de ocorrerem no nível micro das relações cotidianas na Escola, em decorrência de um modelo patriarcalista e capitalista de dominação e opressão de povos e pessoas, na intenção de manter o controle e os privilégios daqueles que estão nos espaços de poder, em geral os mais ricos, homens e brancos. Confira a carta da ENSP em atenção ao Dia Internacional da Mulher!

No mês da mulher, a pesquisadora da ENSP Maria Helena Machado, saúda todas as mulheres - em especial as trabalhadoras da saúde - que constituem a maioria absoluta dos mais de 4,5 milhões de trabalhadoras e trabalhadores do setor. As mulheres representam 77% da força de trabalho na Saúde. A saúde é feminina, constituída por enfermeiras, médicas, cirurgiãs dentistas, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticas, técnicas de enfermagem, de saúde bucal, de farmácia, radiologia, de análise clínicas, entre outras categorias, que atuam em todo o território nacional. A mulheres têm, também, forte presença em outras áreas que apoiam a área da Saúde, prestando serviços relevantes em profissões muitas vezes invisibilizadas socialmente. 

Mulheres são valiosas: saúde, diversidade e democracia na Fiocruz foi o tema do evento promovido pelo coletivo de mulheres da Fundação para marcar o Dia Internacional das Mulheres deste ano. O debate aconteceu nesta quarta-feira, na data instituída (8/3) para reforçar a reflexão sobre a luta das mulheres por direitos iguais. Antes do início, às 9h, trabalhadoras de diversas unidades se reuniram para a tradicional foto da comunidade feminina Fiocruz, em frente ao Castelo Mourisco, no campus Manguinhos-Maré, no Rio de Janeiro. As unidades de outros estados enviaram suas fotos, projetadas durante o evento.

Simbólica e representativa, a presença da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, como palestrante da aula inaugural da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) de 2023 tem sido comemorada pelos membros da comunidade escolar desde o seu anúncio. Mas a celebração entre as pesquisadoras, professoras e alunas tem um tom especial, até porque o evento será realizado no dia 16 de março, mês do Dia Internacional da Mulher. Quando comentam a visita da ministra e a sintonia desse encontro com o 8M, as mulheres da ENSP expressam orgulho e, claro, muita expectativa para a aula inaugural, que tem como tema ‘O legado das mulheres negras’. O Informe ENSP colheu depoimentos de algumas pesquisadoras da Escola sobre o assunto.

Para marcar o Dia Internacional da Mulher, a Fundação está preparando diversas atividades. Como parte das ações, a Fiocruz convoca, no dia 8 de março, às 9 horas, suas trabalhadoras, alunas e colaboradoras para uma foto coletiva em frente ao Castelo Mourisco. Após a foto, todas estão convidadas a participar do evento “Mulheres são valiosas: saúde, diversidade e democracia na Fiocruz”.Participe!

Uma proporção bem elevada da produção científica nacional, hoje, tem autoras ou coautoras mulheres. Mas, quando olhamos, por exemplo, no CNPq, as bolsas de produtividade – dadas para cientistas de destaque – a desigualdade na distribuição ainda é grande, porque reflete um processo histórico e a proporção de mulheres que recebem é menor. A observação é da vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado.

O 8 de março, Dia Internacional da Mulher, provoca reflexões sobre as condições femininas em diversas esferas, em especial na saúde, no mundo do trabalho, na produção de conhecimento, na política, na cidadania e nos espaços públicos de poder. Reforçar a igualdade de gênero e ampliar a representatividade feminina são ações urgentes e fundamentais nas instituições e na sociedade. Na Fiocruz, essas iniciativas vêm sendo impulsionadas pela promoção da equidade de gênero na Ciência, em consonância com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos na Agenda 2030, estiveram presentes nas discussões do IX Congresso Interno e seguem em pauta por meio de iniciativas como o Coletivo de Mulheres da Fundação Oswaldo Cruz – 8M Fiocruz, um grupo plural de mulheres que compartilham a defesa da ciência e do SUS, comprometidas com uma sociedade brasileira mais justa, equânime e plural. A ENSP, por sua vez, vem estimulando essa construção por meio do Compromisso 11 do “Programa Vivo: Unidos pela Vida, em defesa da democracia e do SUS”.

Com tanto assunto relevante e desafios que regem nosso cotidiano, completados dois anos de pandemia entre nós, e sobretudo diante da brutalidade dos dias de guerra atuais, observamos mais do que com curiosidade, um interesse público verdadeiro em conhecer a evolução da doença e seus prognósticos, os resultados dos últimos estudos epidemiológicos, a expectativa de liberação dos novos medicamentos orais e o que será nosso amanhã.

Dar visibilidade a vivências profissionais e pessoais de trabalhadores negros da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), criando um espaço para refletir sobre as desigualdades étnicos-raciais e o racismo estrutural. Esse foi o objetivo do encontro Trajetórias Negras na Fiocruz, que chegou a sua sexta edição no dia 9 de março. O evento, promovido pela Fundação, por meio do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz.

Em ocasião do 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, o Coletivo de Mulheres da Fiocruz divulgou uma carta manifesto em que debate os impactos da pandemia na vida das mulheres, suas condições de vida, situação de saúde e trabalho. O documento foi elaborado por um grupo plural de mulheres da Fiocruz, que ocupam diferentes funções e cargos e formas de inserção institucional. 

A Escola Nacional de Saúde Publica Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) homenageia todas as mulheres que lutam pelo o que acreditam, cuja força faz o mundo girar! Neste 8 de março, a Escola preparou um vídeo para celebrar a data, destacando o papel e a determinação das mulheres na ciência e na sociedade. 

O caso de Marielle Franco, que, no domingo, 14/10, completou sete meses sem elucidação, ganhou notoriedade mundial com a campanha Escreva por Direitos, lançada pela Anistia Internacional. A vereadora é uma das 10 protagonistas da ação, cujo foco, neste ano, recai sobre a luta de mulheres defensoras de direitos humanos.