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Solidão, HIV/aids e tabagismo são destaque de julho em CSP

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Publicado em:07/08/2025
Por Clara Rosa Guimarães, jornalista de CSP
 

O fascículo de julho de Cadernos de Saúde Pública está disponível na íntegra. O Editorial, destaca a importância de enfrentar a “epidemia de solidão”, cujos impactos para a saúde física e mental são comparáveis aos do tabagismo, da obesidade e do sedentarismo. O texto apresenta também o Ensaio de Hisrael Passarelli-Araujo que analisa como o SUS pode atuar no enfrentamento da solidão por meio de estratégias comunitárias e integradas. A autora Karla Giacomin destaca no Editorial que a solidão é uma questão complexa, influenciada por fatores sociais, econômicos e culturais.

O Perspectivas deste mês discute os avanços e os desafios do Brasil na eliminação do HIV/aids. Apesar da alta taxa de supressão viral, persistem lacunas no diagnóstico e na vinculação ao tratamento, especialmente entre populações vulnerabilizadas. O autor Laio Magno reforça a importância de ampliar estratégias de testagem, como a distribuição de autotestes e ações extramuros, além de integrar cuidado, acolhimento e apoio social para garantir adesão à terapia antirretroviral.

Outro destaque é o artigo Indicadores de monitoramento e avaliação dos Centros de Parto Normal Peri-hospitalares: resultados do estudo Nascer nas Casas de Parto do Brasil que mostra como, apesar de subutilizados, esses serviços oferecem uma assistência segura, respeitosa e baseada em evidências a mulheres e bebês de risco habitual. Entre os 3.097 partos analisados, 96,9% foram conduzidos por enfermeiras/obstetrizes e quase 99% tiveram acompanhante de escolha da mulher. As intervenções foram mínimas: amniotomia em 15,7%, ocitocina em 7% e episiotomia em apenas 0,4% dos casos. O estudo reforça a importância de ampliar e qualificar o uso dos CPNp, alinhados às diretrizes do SUS e às recomendações da OMS.

O estudo teórico-conceitual Modelo teórico de promoção da alimentação adequada e saudável na Educação Infantil desenvolveu um modelo visual que organiza ações interligadas e de responsabilidade compartilhada entre escola, famílias, comunidade e outros setores. O modelo articula incentivo à adoção de hábitos saudáveis, apoio à adesão de práticas alimentares e proteção à alimentação adequada, considerando os contextos interno e externo das unidades.

Por fim, a Comunicação Breve deste número estima o impacto populacional do aconselhamento breve em consultas de rotina no Brasil, utilizando os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). “Se todos os fumantes tivessem recebido aconselhamento breve em 2019, teríamos tido meio milhão a mais de ex-fumantes”, reforça o autor Andre Szklo. As principais reduções ocorreriam entre homens com doenças cardíacas e mulheres com AVC. Os resultados reforçam o potencial das políticas de saúde pública baseadas em ações simples e custo-efetivas, como o aconselhamento breve, para combater o tabagismo e reduzir a carga de doenças crônicas no país.

O fascículo de julho está disponível na íntegra para acesso no site de Cadernos de Saúde Pública.


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