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Resultados do Censo Nacional das Unidades Básicas de Saúde serão apresentados em 11 de julho

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Publicado em:10/07/2025
Serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) do Sistema Único de Saúde (SUS) estão capilarizados por todo o Brasil. Desde a implementação da Estratégia Saúde da Família, iniciada há cerca de 30 anos, muitos avanços ocorreram na melhoria do acesso, nos impactos positivos na saúde da população e na redução de desigualdades sociais. No entanto, permanecem desafios a enfrentar. Os serviços de APS, principal porta de entrada para o SUS, ainda carecem de melhorias na infraestrutura, superação de vazios assistenciais, ampliação na cobertura, disponibilidade de força de trabalho e integração à rede regional de serviços de saúde. 

Para conhecer esta realidade, em 2024 foi realizado o Censo Nacional das Unidades Básicas de Saúde (Censo das UBS 2024), pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS/ MS), com apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O estudo contou com parceria da Rede de Pesquisas em APS da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), da qual a ENSP participa.

Realizado de junho a setembro de 2024, o censo contou com a participação de 100% dos estabelecimentos de APS ativos no SUS, nos 5.570 municípios, com respostas de 44.938 UBS no Brasil, sendo 4.096 no Norte, 17.737 no Nordeste, 13.375 no Sudeste, 6.607 no Sul e 3.213 no Centro-Oeste.

Os dados do Censo contribuem para o planejamento de investimentos, a qualificação dos serviços e o monitoramento de resultados no Sistema Único de Saúde, podendo orientar o planejamento dos gestores federal, estaduais e municipais.

De acordo com a pesquisadora da ENSP, Ligia Giovanella, o Censo Nacional das UBS, uma iniciativa tripartite, foi realizado por meio de plataforma disponível no eGestor e contou com a participação de milhares de profissionais da APS que responderam o questionário on- line com base em suas experiências e realidades. “Os resultados proporcionam um panorama ímpar e detalhado dos avanços e desafios da APS brasileira. As dimensões da APS examinadas pelo Censo seguem uma abordagem de APS de qualidade, resolutiva, territorial e de orientação comunitária integrada à rede, com características do modelo assistencial exitoso da Estratégia Saúde da família, reconhecido internacionalmente”.

Segundo Ligia, um dos resultados que chama a atenção é a presença de equipes e médicos na quase totalidade das UBS, uma diferença importante do Censo anterior de 2012, com melhoria do provimento proporcionada principalmente pelo Programa Mais Médicos: “Importante também lembrar que, no período, houve retrocessos na política nacional e a pandemia. Não obstante, se observam resultados da reconstrução empreendida pela Ministra Nisia Trindade a partir de 2023, com a retomada do credenciamento de equipes de saúde bucal e ampliação do PMM”. 

A pesquisadora lembra, ainda, que os resultados do Censo podem orientar iniciativas para a melhor integração da APS à rede assistencial: “Somente com uma APS resolutiva e fortalecida no seu atributo de coordenação será, de fato, possível garantir o acesso qualificado à atenção especializada em tempo oportuno, reduzindo tempos de espera”. 

Participe do debate sobre os resultados do Censo

Resultados do Censo serão apresentados e debatidos no 1o Seminário da Rede APS 2025, que será transmitido pela TV Abrasco em 11 de julho, das 9h às 12h. 

Participarão do evento as pesquisadoras da ENSP Ligia Giovanella e Maria Helena Magalhães de Mendonça. Estarão presentes nos debates Luiz Augusto Facchini (UFPel / Rede APS), Ana Luiza Queiroz Vilasbôas (UFBA/ Rede APS), Ana Luiza Ferreira Rodrigues Caldas (SAPS/MS); Claunara Mendonça (UFRGS); Esron Soares Carvalho Rocha (UFAM); Thiago Sarti (UFES); e Dirceu Klitzke (SAPS/MS). 

O seminário será aberto ao público e não requer inscrições.



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