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Marco Menezes toma posse como diretor da ENSP

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Publicado em:28/06/2021
Na quinta-feira (24/6), em cerimônia marcada por comoventes homenagens, despedidas e a reafirmação do compromisso com a democracia e a gestão participativa, Marco Menezes, eleito para gestão do quadriênio 2021-2025, tomou posse como diretor da ENSP. Em seu discurso, a promessa de união para manter uma gestão qualificada, diálogo e articulação com as demais unidades da Fiocruz, além da dedicação a fim de enfrentar os desafios da saúde coletiva e fortalecer o SUS, sobretudo no contexto de pandemia da Covid-19. Durante a solenidade, toda a Escola reverenciou Antonio Ivo de Carvalho, ex-diretor, falecido em 10/6/2021.


Na abertura do evento, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (VPEIC), Cristiani Vieira Machado, lembrou do momento delicado e desafiador que o país vive em decorrência das mais de 500 mil mortes por Covid-19 e a profunda tristeza pela partida de um companheiro “de trajetória extraordinária na saúde coletiva”, reconhecida na luta pela reforma sanitária, pelo SUS e o direito à saúde.

Após solidarizar-se com as vítimas, afirmou que o impacto da Covid-19 alcançou o status de sindemia, uma vez que os problemas relacionados à doença somam-se a outros do como a elevada carga de doenças, as desigualdades sociais, econômicas e sanitárias. A vice-presidente reforçou que os efeitos da pandemia são desiguais entre a sociedade, o que aumenta os desafios da instituição. “A ENSP dá régua e compasso a todos que passam por ela. Como professora, temos alunos de todas as partes do país dizendo que a passagem por aqui marcou suas vidas. E temos uma direção. Sabemos para onde caminhamos na defesa da saúde, da educação pública, da ciência e tecnologia. Lutamos para um país menos desigual e uma sociedade mais justa”. 

União para enfrentar os desafios da saúde pública

Diretor entre os anos de 2013 e 2021, Hermano Castro recordou a solenidade de transmissão de cargo na sua primeira gestão, ocasião em que Antonio Ivo, que deixava a direção naquele momento, apontou os desafios que estariam por vir. “Respondi que dificilmente teríamos condições de enfrenta-los sem união; e que não seria fácil substituí-lo, mas, felizmente, contamos com o auxílio de uma equipe importantíssima para conduzir a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca”, admitiu.

O médico pneumologista, então, agradeceu aos pesquisadores que fizeram parte do seu primeiro time de vice-diretores: Tatiana Wargas (Vice de Ensino), Frederico Peres (Escola de Governo), Marco Menezes (Ambulatórios e Laboratórios), Alex Molinaro (Desenvolvimento Institucional e Gestão) e Sheila Maria Ferraz Mendonça de Souza (Pesquisa e Inovação), além dos companheiros que se integraram ao segundo mandato: Fátima Rocha, Lucia Dupret e Rosa Souza. Enalteceu o apoio dos coordenadores Rita Mattos, Rogério Lannes, Justa Franco, Marília Sá e Luciana Dias Lima, que gerenciam os produtos de comunicação da Escola (CCI, Radis de Cadernos de Saúde Pública), e, em nome de Gioconda Bengaly, homenageou toda equipe que lhe acompanhou no gabinete durante os últimos oito anos. 

“Agradeço aos trabalhadores dessa Escola que se dedicam na luta pela saúde pública deste país. Especialmente aos nossos trabalhadores da saúde e do Centro de Saúde, que permaneceram no atendimento à Covid enfrentando uma doença totalmente desconhecida. Homenageio os colegas que nos deixaram e perderam seus familiares e desejo que a ENSP se mantenha nessa linha de atuação na saúde pública brasileira. A instituição tem um ganho enorme com Marco na direção. E volto a relembrar: Se o Ivo estivesse entre nós, falaríamos muito sobre a necessidade de união e exaltaríamos a maturidade e o amadurecimento dessa campanha de unidade para enfrentar os desafios da saúde pública”. 

Compromisso com a democracia

“É uma honra estar neste lugar de diretor eleito da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Além de uma grande emoção, é uma responsabilidade enorme. Tive uma experiência recente e grande aprendizado na presidência da Fiocruz, mas toda a minha formação na gestão e no campo da saúde pública vêm desta casa”, disse o novo diretor – que completou logo em seguida. “A Fiocruz é reconhecida como uma instituição de destaque pela sua atuação no enfrentamento à Covid-19, e a ENSP é um pilar importante disso”.

Para exemplificar, citou os estudos realizados pela instituição acerca das condições de trabalho e saúde dos profissionais na linha de frente da Covid-19, cujos resultados revelam o impacto da pandemia da saúde mental e vida desses trabalhadores. “Estamos em uma crise econômica, sanitária e, fundamentalmente, humanitária. E que passa por vários aspectos da nossa sociedade e se agrava com problemas no campo da educação, a crise ambiental, os direitos dos povos indígenas e a fome que avança no país. São questões que precisam ser revertidas e enfrenta-las faz parte do papel estratégico das instituições públicas”.

O novo diretor destacou o Programa Fiocruz Unida pela Vida 2021-2024, que traz os princípios e valores que determinam os fundamentos da Instituição na sua relação com a sociedade e pautam a interação com a comunidade científica, governo, movimentos da sociedade civil organizada, gestores, profissionais de saúde e a população brasileira. Em seguida, apresentou os onze compromissos estruturantes do Programa VIVO da ENSP, cujo objetivo é buscar ‘unidade na diversidade’ e evocar o engajamento e união de esforços de trabalhadoras, trabalhadores e estudantes para fortalecer as respostas às transformações e aos desafios da atualidade. (Acesse aqui os compromissos do Programa VIVO da ENSP). 

Antes da apresentação do vídeo em homenagem ao ex-diretor Antonio Ivo de Carvalho, reconheceu sua dimensão para a saúde pública. “Sem dúvida, todas as homenagens serão poucas para representar o que ele fez pelo SUS, pela saúde pública brasileira. Cumpriu seu mandato nesta Escola com muita honra e teve papel de destaque no processo democrático da Fiocruz. Fara muita falta”.

Após uma tocante homenagem, Jorge Bermudez, ex-diretor da ENSP e chefe do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (NAF/ENSP), admitiu que qualquer tributo será pouco pelo que Ivo representou para a Escola Nacional de Saúde Pública, para a Fiocruz, a Reforma Sanitária e a construção do SUS. “Nossa maior lembrança será a memória daquilo que ele representou. Antonio Ivo presente”. 

Bermudez relembrou o empenho de ambos na campanha para direção da Escola em 2001 e outros momentos como a comemoração do cinquentenário da ENSP, em 2004, a Nota 6 da pós-graduação na Capes, a coordenação da Escola de Governo e dos mestrados profissionalizantes, a EAD, a Alaesp e a relação da instituição com o MS e a Opas/OMS. “Sai com tranquilidade para assumir o cargo de chefe da unidade de medicamentos na Opas, em Washington, pelo fato de estar transmitindo a tarefa ao Ivo”, e completou: “Hermano, exalto seu papel nas últimas gestões reforçando papel estratégico da ENSP para o SUS como instituição de vanguarda. Agradecemos o apoio que tivemos de toda equipe da direção. Ao Marco, reitero meu apoio e digo: te chamamos de Marquinho de forma carinhosa, mas você tem sido um gigante nas suas atividades. Essa unidade que marcou a campanha tem que ser mantida a todo o custo, pois enfrentamos momentos decisivos de desestruturação do setor público, de desmonte do SUS, do sub e do desfinanciamento de setores essenciais da nossa capacidade de resposta e desrespeito a todos aqueles que criticam o atual governo ultraliberal. Enfrentamos uma tragédia sanitária aliada ao esvaziamento de políticas públicas que levamos anos para construir”. 

O depoimento dos vice-diretores estará disponível no o vídeo da cerimônia de Transmissão de Cargo da Direção, em breve, no Canal da ENSP no Youtube. 

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