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Comunidade de Práticas de Cuidados em Saúde é lançada na ENSP/Fiocruz

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Publicado em:09/04/2025

*Por Tatiane Vargas

O principal objetivo da Comunidade de Práticas é melhorar a qualidade do cuidado, promover a comunicação entre as equipes de saúde e fortalecer as redes de cuidado nas unidades da ENSP/Fiocruz. 

A Vice Direção de Atenção à Saúde e Laboratório de Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca deu um passo importante em direção à promoção da diversidade e da equidade no cuidado à saúde, com o recente lançamento da Comunidade de Práticas de Cuidados em Saúde: Enfrentando o Racismo, o Cissexismo, o Capacitismo e o Estigma em Saúde Mental, um espaço de aprendizado coletivo para os trabalhadores e trabalhadoras dos centros de saúde da ENSP/Fiocruz.

O evento de lançamento contou com a participação de profissionais dos três centros assistenciais da Escola, representantes de unidades da Fiocruz e de outras instituições, profissionais da Vdal, além da presença do diretor da Escola, Marco Menezes, e da vice-diretora de Atenção à Saúde, Fátima Rocha. A abertura das inscrições para o 1º Ciclo Formativo de Educação Permanente em Saúde marcou oficialmente o lançamento da Comunidade de Práticas de Cuidados em Saúde. 

+ Os interessados podem se inscrever até 10 de abril. Clique aqui e faça sua inscrição!

Ao todo, são oferecidas 30 vagas para trabalhadores e trabalhadoras de nível médio e superior do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh), do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF) e do Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF). 

O lançamento da Comunidade de Práticas de Cuidados em Saúde, na ENSP/Fiocruz, na última quinta-feira (3/4), contou com participação do diretor da Escola, Marco Menezes, e da vice-diretora de Atenção à Saúde, Fátima Rocha, além dos trabalhadores e trabalhadoras da ENSP.

A Comunidade de Práticas faz parte do processo de Educação Permanente em Saúde nos Serviços, uma estratégia inovadora conduzida pela Vdal/ENSP, a partir da demanda dos trabalhadores das unidades de saúde da Escola (Cesteh, CSEGSF e CRPHF), que expressaram a necessidade de ampliar o conhecimento sobre a saúde das populações vulnerabilizadas por diferentes contextos sociais, no seminário 'Aprimorando o Cuidado nas Áreas Assistenciais da ENSP: Enfrentando o Racismo, o Cissexismo, o Capacitismo e o Estigma em Saúde Mental', realizado em abril de 2024. 

A vice-diretora de Atenção à Saúde e Laboratórios de Saúde Pública da ENSP, Fátima Rocha, abriu o evento destacando a importância do lançamento da Comunidade de Práticas como uma das fases do processo de Educação Permanente em Saúde nos Serviços na ENSP, apresentando um breve histórico das ações da Vice Direção. Ela reforçou a importância da participação coletiva dos trabalhadores e trabalhadoras dos centros assistenciais da ENSP, da Vdal, da CDEAD e da CCI, na criação e concepção da Comunidade de Práticas de Cuidado em Saúde. “Essa CoP é uma construção de afetos, a partir do entendimento dos trabalhadores e trabalhadoras de cada centro. É um processo coletivo que só foi possível com a participação de todos”, celebrou Fátima. 

De acordo com ela, entre os objetivos da Comunidade de Práticas estão promover a reflexão sobre as noções básicas que permeiam as especificidades da saúde das populações mais vulnerabilizadas pelo racismo, cissexismo, capacitismo e estigma em saúde mental; sensibilizar trabalhadores e trabalhadoras para as políticas de saúde relacionadas a essas populações; além de incentivar novas práticas mais atentas e sensíveis às demandas múltiplas das pessoas afetadas por essas questões. 

Fátima apresentou o ambiente virtual da Comunidade de Práticas aos presentes, além de descrever como se dará o processo do Ciclo Formativo, a partir das ‘Trilhas do Conhecimento’. A primeira Trilha ofertada aos participantes será sobre Saúde da População Negra. Os interessados podem se inscrever até 10 de abril, via formulário eletrônico

Também presente no evento de lançamento da CoP, Claudia Santamarina, assessora da VDAL e membro da equipe que idealizou a Comunidade de Práticas de Cuidados em Saúde, destacou que a Comunidade de Práticas visa criar um espaço de aprendizado coletivo para os trabalhadores dos centros de saúde da Fiocruz. "Este é um território que convida a produzir saberes a partir da valorização das experiências de cada pessoa envolvida com a Atenção à Saúde Integral, de forma a enfrentar, de maneira sensível e eficaz, o racismo, o cissexismo, o capacitismo e o estigma em saúde mental no cotidiano das unidades de saúde", destacou ela. 

ENSP na luta contra o racismo, cissexismo, capacitismo e estigma em saúde mental 

Abrindo o evento, o diretor da ENSP, Marco Menezes, refletiu sobre as profundas desigualdades estruturais que ainda persistem nos serviços de saúde. Durante sua participação, ele destacou a importância do lançamento da Comunidade de Práticas como instrumento fundamental para a transformação do cenário atual. “Este evento é marcante porque partimos de um ponto crucial: reconhecer que a academia e os espaços de ensino e serviços de saúde ainda reproduzem desigualdades. Para romper com isso, é necessário agir no dia a dia, materializando essas mudanças na prática”, afirmou Menezes. 

Marco citou diferentes iniciativas da ENSP que buscam avançar na construção de um ambiente mais justo e inclusivo, reforçando o compromisso 11 do Programa Vivo (Programa de Gestão da ENSP para 2021-2025), que dispõe sobre o avanço na luta antirracista, pela equidade de gênero, e por acessibilidade e diversidade, se unindo aos espaços já criados na Fiocruz. Ele também mencionou a criação da Comissão Permanente de Diversidade e Equidade da ENSP, como outro importante marco. 

O objetivo da Comissão é apoiar a Direção no desenvolvimento de políticas e ações orientadas pelas diretrizes da valorização das diferenças; da ampliação e aprofundamento do debate sobre as desigualdades e a diversidade no cotidiano da ENSP; da atuação institucional em prol da equidade de gênero, de raça, de etnia e para pessoas com deficiência; do fortalecimento nas pautas antirracista, anticapacitista, antisexista, anti-heteronormativa; da eliminação das barreiras à acessibilidade e à inclusão das pessoas com deficiência; e da prevenção dos assédios moral e sexual. 

O diretor também mencionou que a Direção e a Comissão Permanente realizarão, em breve, um Seminário de Sensibilização que visa fomentar um diálogo profundo com toda a comunidade ENSP sobre as atuais Políticas de Equidade da Fiocruz, e a implementação dessas políticas em todos os espaços da Escola, com o compromisso de construir um ambiente antirracista, com equidade de gênero, inclusivo e diverso. 

“Estamos dando início a uma nova etapa de ações concretas para transformar a Escola”, afirmou o diretor. “O lançamento da Comunidade de Práticas, o Seminário de Sensibilização da Direção e da Comissão Permanente, além de outros eventos nos próximos meses, visam avançar na construção de uma Escola mais inclusiva e justa”, completou ele. 

Por fim, Marco destacou que a expectativa é que, ao longo dos próximos anos, a Comunidade de Práticas se torne um pilar de apoio para profissionais e gestores da saúde, contribuindo para uma mudança estrutural no sistema de saúde pública brasileiro. “Com esse lançamento, a ENSP/Fiocruz reafirma seu compromisso com a promoção de uma saúde inclusiva, equitativa e humanizada, com foco no combate às desigualdades e na construção de uma sociedade mais justa para todos”, concluiu o diretor.

+ Confira a galeria de fotos do lançamento da Comunidade de Práticas na ENSP/Fiocruz.



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