Curso aprofunda discussões sobre gênero e sexualidade

O curso é coordenado pelas pesquisadoras do Dihs/ENSP Vera Lucia Marques da Silva, Rita de Cássia Vasconcelos da Costa e Marise Freitas. São oferecidas 35 vagas a profissionais das mais diversas áreas de atuação que trabalhem com questões relativas ao tema no seu dia a dia profissional ou de militância política. Segundo a coordenadora Vera Marques, foi concebido a partir de uma demanda – percebida nos cursos de atualização do Dihs – pelo aprofundamento do tema Direito e sexualidade, bem como do desejo de dar maior embasamento aos líderes dos movimentos sociais na reivindicação por seus direitos.
“Verificamos que existem quatro cursos de especialização nessa área em instituições públicas de todo o Brasil. E todos são no modelo a distância. Logo, há um espaço grande que precisa ser preenchido na capacitação dos profissionais e lideranças de movimentos. Trata-se de uma tentativa de articulação entre a academia e os movimentos sociais para a produção de teorias a partir do diálogo e da aprendizagem”.
Aulas começam em 5 de agosto
Para a coordenadora do Dihs, Maria Helena Barros, o curso se insere em uma política institucional da Fiocruz e, por meio da parceria com o CES, também dará foco às questões internacionais que envolvem os tema Sexualidade e gênero. “O curso está inserido na linha de pesquisa Direito, Saúde e Gênero do nosso grupo e, a todo momento, pensamos nas formas de democratização da sociedade. Temos a missão de produzir conhecimento, mas sempre vinculado aos movimentos sociais. A parceria com Portugal nos permitirá discutir políticas transnacionais de gênero e sexualidade”.
Já a coordenadora Rita de Cássia Vasconcelos da Costa vê no curso uma possibilidade de incentivar o fortalecimento das instâncias de controle social. “Percebemos que há a necessidade de um espaço para as pessoas dialogarem essa questão do preconceito, da discriminação e sua relação com as políticas nacionais e internacionais. A violação dos direitos humanos faz parte do nosso arcabouço, pois somos um grupo de direitos humanos e saúde. Portanto, é importante incentivarmos o controle social, pois as pessoas devem participar mais. A academia tem um papel fundamental nessa articulação”.

O início das aulas está previsto para o dia 5 de agosto e o curso terá participação de docentes da UFRJ, Uerj, PUC, Universidade Federal de Juiz de Fora e do CES de Portugal. Para as coordenadoras, também é importante que os profissionais da Fiocruz busquem essa qualificação com o objetivo de se tornarem multiplicadores dessas políticas e para que participem de uma forma mais consciente e crítica das discussões sobre sexualidade e gênero. “É um curso que demonstra um desejo grande de transformação social e colabora para a construção de uma sociedade mais justa”, disse Vera.
Sobre o Comitê da Fiocruz e o programa do Governo Federal de Equidade e Gênero
O Comitê Pró-Equidade de Gênero da Fiocruz foi criado pela Portaria da Presidência nº 134, de 8 de maio de 2009, vinculado à Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional, e assessora a Presidência na implantação e acompanhamento do Programa Pró-Equidade de Gênero da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Governo Federal na Fiocruz. A promoção da equidade de gênero e raça é uma das prioridades da Fundação para o triênio 2009-2013.

Curso aprofunda discussões sobre gênero e sexualidade
1 comentáriosROGERIO DA SILAVA MARTINS DA COSTA
10/04/2012 10:55
Gostaria de saber quando será realizada as incrições e qual vai ser o horário do curso.
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