ENSP inicia curso sobre Gestão Integrada e Participativa em Saúde
Contando com parceria da Prefeitura de Cantagalo (RJ), a ENSP/Fiocruz deu início, em 20 de março, ao curso de Gestão Integrada e Participativa em Saúde, Trabalho e Ambiente, cujo objetivo, conforme as coordenadoras Brani Rozemberg e Kátia Reis de Souza, é "construir, com os profissionais de Cantagalo, as ferramentas conceituais e metodológicas necessárias para que se efetivem as condições de uma vigilância integrada em saúde, trabalho e ambiente".
O curso termina em junho, após três meses de trabalho, divididos em etapas que vão de 20 a 23 de março, 18 a 20 de abril, 16 a 18 de maio e de 27 a 29 de junho. Estão sendo beneficiados 25 profissionais, escolhidos após um processo seletivo, conforme o edital publicado no site da Prefeitura antes e durante o período de inscrições. Segundo a coordenação do curso, foram realizadas entrevistas com 36 candidatos, que tiveram suas inscrições completas junto à secretaria acadêmica da ENSP/Fiocruz, dos quais 25 se garantiram no curso.
As coordenadoras destacam, no entanto, que “baseados no argumento pedagógico do curso, os participantes selecionados atenderam aos critérios pré-estabelecidos, para integrar diversos saberes e experiências do ponto de vista disciplinar e setorial. Nessa vertente, presume-se que a formação com grupos heterogêneos de profissionais estimule a criação coletiva de conhecimento, abrindo caminho a novas abordagens de ação na administração pública.”
Conforme a coordenação do curso divulgou, o programa de atividades está estruturado em três unidades de aprendizagem seguidas de um seminário aberto, para apresentação pública dos Planos de ação resultantes do trabalho dos profissionais-alunos ao longo de todo o curso. Acontecerá no período de março a junho, respeitando a periodicidade de três dias consecutivos por semana a cada mês, intercalados com atividades não presenciais, relativas a cada unidade de aprendizagem.
A proposta pedagógica do curso é contribuir, por intermédio do enfoque participativo, para a formação de uma rede de cooperação na esfera local na busca de soluções para questões socioambientais por eles identificadas, e ao controle social das múltiplas atividades de saúde programadas pela região. Certamente, nas últimas décadas se evidencia a importância da participação social como mecanismo permanente de inovação e construção de democracia.
A proposta de formar e acompanhar quadros locais para atuar de forma intersetorial e interdisciplinar responde ao reconhecimento crescente dos intrincados laços entre seres humanos e seu ambiente biofísico, social e econômico e do quanto se refletem no estado de saúde das populações. Isso vem exigindo do setor saúde a formação de parcerias estratégicas com outros setores e disciplinas para a formulação de políticas e soluções sustentáveis, envolvendo a participação de profissionais, comunidade, gestores e diferentes grupos de interesse.
Fonte: Prefeitura de Cantagalo
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