Ministério da Saúde visita Centro de Referência da ENSP para fortalecer estratégias contra tuberculose
Publicado em:26/05/2023
Por Barbara Souza
O Centro de Referência Professor Hélio Fraga, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (CRPHF/ENSP/Fiocruz) recebeu uma visita técnica do Ministério da Saúde na última segunda-feira (22/5). O objetivo foi pactuar uma agenda estratégica de enfrentamento à tuberculose e fortalecimento da rede de laboratórios. Participaram do encontro membros do Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde e Ambiente (DAEVS/SVSA) e da Coordenação-Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Microbactérias não-Tuberculosas (CGTM), além da Coordenação de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, da Vice-direção de Ambulatórios e Laboratórios da ENSP e de representantes do CRPHF.
Durante a reunião, foram discutidos os principais desafios encontrados no enfrentamento à tuberculose no país, em especial, às formas resistentes. Também foram debatidas ações estratégicas que poderiam ser adotadas para fortalecer a rede de laboratórios e melhorar a detecção e tratamento da doença. Além disso, foram abordadas questões relacionadas à colaboração do Laboratório de Referência Nacional de Tuberculose e Micobacterioses Angela Maria Werneck nesse contexto.
A chefe do laboratório, Karen Gomes, apresentou aos visitantes as atividades desenvolvidas no local bem como as recentes melhorias em sua infraestrutura, equipe de profissionais e capacidade de diagnóstico. Foram destacadas as áreas de expertise do laboratório e sua importância no enfrentamento da tuberculose no âmbito nacional. Além disso, foram destacadas as potencialidades do uso do laboratório NB3 de referência nacional no CRPHF, para diagnóstico moleculares de M. tuberculosis, realização de pesquisas científicas relacionadas à tuberculose, além de treinamento e capacitação no qual os profissionais de saúde possam aprender e praticar técnicas de cultivo, diagnóstico e identificação de micobactérias, seguindo os protocolos de biossegurança.
Após as apresentações, foram realizadas discussões sobre como o Laboratório de Referência Nacional de Tuberculose poderia colaborar com a rede de laboratórios pelo Brasil. Foram identificadas possibilidades estratégicas de compartilhamento de conhecimento, capacitação de profissionais, fornecimento de insumos e material, intercâmbio de especialistas, entre outras ações para fortalecer a resposta nacional à tuberculose.Para o chefe do CRPHF, Paulo Victor Viana, o encontro foi extremamente produtivo. "A colaboração do Laboratório de Referência Nacional de Tuberculose e Micobacterioses em ações estratégicas junto à rede de laboratórios pelo Brasil é um importante passo para fortalecer a resposta nacional contra a tuberculose. Espera-se que essa parceria contribua significativamente para a melhoria dos índices de detecção, diagnóstico e tratamento da tuberculose em todo o país, beneficiando a saúde da população brasileira e o cumprimento das metas de Eliminação da tuberculose como problema de saúde pública".
Diretor do DAEVS, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Pedro Almeida afirmou que a percepção sobre a integração com os diversos atores do Laboratório de Referência Nacional de Tuberculose, localizado no Helio Fraga, foi a melhor possível. “Nossa expectativa é que o local seja realmente o guia de laboratórios na área de tuberculose, a partir de onde se faça pesquisas, orientações, normas e supervisão dos demais laboratórios da rede de tuberculose do país. Lembrando que o combate à doença é prioridade do governo Lula, conforme estabelecido em portaria interministerial. Nós estamos alinhados a todos os esforços para aumentar nossa capacidade diagnóstica e de vigilância em tuberculose”, disse.
A coordenadora Geral de Tuberculose e Micoses Endêmicas (CGTM), Fernanda Dockhorn, destacou que o Ministério da Saúde está com muitas perspectivas e novos compromissos com a tuberculose e, assim como Almeida, citou o Comitê Interministerial. Ela lembrou ainda do compromisso com a eliminação da doença como problema de saúde pública até 2023. "A meta é ter menos de dez casos por 100 mil habitantes e menos de 230 óbitos por ano. Para isso, precisamos trabalhar juntos, com as parcerias inter e intraministeriais, afinal, a TB tem fortes determinantes sociais. Temos que ter um plano de trabalho robusto, que envolva muito a nossa rede laboratorial, tendo o CRPHF como nossa referência nacional no diagnóstico, na capacitação da rede, na organização dos processos de trabalho, nas definições e validação de tecnologia de ponta".
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Pelo Ministério da Saúde, também participaram do encontro: Nicole Menezes (consultora Coordenação Geral de Tuberculose e Micoses Endêmicas - CGTM); Eduardo Alves (consultor Coordenação Geral de Tuberculose e Micoses Endêmicas - CGTM); Afrânio Kritski (Coordenação Geral de Laboratório de Saúde Pública (CGLAB/DAEVS/SVSA, do Ministério da Saúde); Martha Oliveira (Coordenação Geral de Laboratório de Saúde Pública (CGLAB/DAEVS/SVSA, do Ministério da Saúde); Richard Salvato (consultor DAEVS da SVSA do Ministério da Saúde). Pela ENSP e pela Fiocruz, os outros participantes foram: Marília Santini (coordenadora de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz - CVSLR); Tânia Fonseca (vice Coordenadora Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz - CVSLR); Fatima Rocha (vice-diretora de Ambulatórios e Laboratórios da ENSP - VDAL); Letícia Alves (membro da VDAL) e Fatima Fandinho (pesquisadora do Laboratório de Referência Nacional de Tuberculose e Micobacterioses Angela Maria Werneck).
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