INFORME ENSP

O maior expoente da participação popular no SUS é a Conferência Nacional de Saúde, onde são definidos os rumos do sistema de saúde brasileiro. Em novembro terá início a 14ª edição do maior evento de saúde pública no país e a revista Radis de novembro - já disponível para leitura -, traz como matéria de capa as etapas estaduais preparatórias para a 14ª CNS. A publicação apresenta um balanço das discussões ocorridas no Distrito Federal, Ceará, Rio Grande do Sul, na Bahia, em Goiás e São Paulo. Além de ouvir diversos delegados durante as etapas, a equipe da Radis conversou com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sobre as expectativas do MS para o evento.

Com o objetivo de entender melhor como se dão as construções políticas no Brasil e compartilhar diferentes visões, será lançado o site Análise de Políticas na Saúde na terça-feira (8/11), às 14h, no auditório do Instituto de Medicina Social (IMS) da Uerj. Este espaço, que visa ser prioritariamente um ambiente de interação, colaboração e participação, é coordenado pela pesquisadora Tatiana Wargas de Faria Baptista (Daps/ENSP) e pelo professor do Instituto de Medicina Social da Uerj (IMS) Ruben Araujo de Mattos. Para o lançamento, foi programado um debate aberto ao público com os dois coordenadores e outros autores que trabalham no projeto Construindo Caminhos para a Análise de Políticas de Saúde. De acordo com Tatiana, todo o material disponível na página eletrônica foi desenvolvido de maneira coletiva. Além do site, o projeto conta ainda com a elaboração de um livro digital e público.

“A renda familiar per capita é um dos importantes indicadores de iniquidade na realização de mamografia”, afirmou a pesquisadora do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos da ENSP, Dora Chor, primeira autora do artigo ‘Desigualdade socioeconômica afeta a chance de realizar mamografia no Brasil’. Publicado no site da Conferência Mundial sobre Determinantes da Saúde, o texto apresenta dados baseados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2008), envolvendo cerca de 11 milhões de mulheres de 40 anos ou mais. Segundo Dora, o objetivo desse artigo foi verificar se os indicadores socioeconômicos conseguiriam explicar as diferentes prevalências de mamografia em cada uma das regiões metropolitanas estudadas no país.

Já está no ar o novo site da revista Radis. Após uma década na internet, o site do programa Reunião, Análise e Difusão de Informação sobre Saúde (Radis) mudou e traz, agora, nova organização, novas áreas e mais conteúdos para ampliar o debate na área de comunicação e saúde. A edição impressa da revista fica disponível em pdf para navegação. Entre outras novidades, o site permite agora que os leitores enviem sugestões de pautas pela internet e dá acesso ao perfil da revista no facebook. Em breve, o site também contará com uma área de interatividade para que os leitores comentem os conteúdos diretamente no site.

Os modelos de Academia da Saúde, promovidos pelo Ministério da Saúde, são estratégias voltadas à prevenção de doenças crônicas, divulgação e, ao mesmo tempo, implementação da cultura local e de hábitos saudáveis. O programa do Sistema Único de Saúde (SUS), que busca atacar o sedentarismo, a obesidade e doenças crônicas, ocupando espaço dominado pela iniciativa privada, foi tema da edição de setembro (nº 109) da revista Radis. A edição também dá continuidade ao debate sobre a sociedade de risco (realizado na Radis nº 106) e traz uma reportagem a respeito da regulamentação da Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080).

Desenvolvimento: Para onde? Para quê? Para quem? são questionamentos abordados na edição de agosto da Revista Radis. A matéria de capa enfoca algumas áreas da atividade econômica e social com a finalidade de analisar as pressões por crescimento a qualquer preço e o modelo de desenvolvimento hegemônico, conforme explica o coordenador do Programa Radis, Rogério Lannes, no editorial. A reportagem disserta sobre temas como competição global ou modelo predatório do mercado de trabalho.

O painel organizado pelo Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF/ENSP) no segundo dia (28/6) da Conferência Internacional de Avaliação de Tecnologias em Saúde (HTAi 2011) reuniu quatro diferentes abordagens em relação a acesso, desenvolvimento de pesquisas e financiamento de medicamentos para doenças negligenciadas. As apresentações focaram o desenvolvimento de novas fórmulas para tratamento; a necessidade de desvincular o valor do medicamento ao preço oferecido ao paciente; e a importância de inovar no financiamento e na distribuição dos medicamentos para países pobres. Os áudios estão disponíveis na Biblioteca Multimídia da ENSP.

O risco na saúde é o tema da matéria de capa da edição 106 (junho de 2011) da revista Radis. Segundo a publicação, risco na saúde é uma categoria válida e tradicionalmente utilizada em Epidemiologia, assim como nas ações e políticas de prevenção. As relações humanas contemporâneas, o desenvolvimento econômico e social não sustentável e ainda o uso intenso de tecnologias sobre as quais não se tem suficiente conhecimento reforçam a ideia de perigo contida no espectro do que é risco. Para a matéria, a Radis conversou com diversos pesquisadores, entre eles, Luis David Castiel, que, em 2010, lançou o livro Correndo o risco: uma introdução aos riscos em saúde, junto com Maria Cristina Guilam e Marcos Santos Ferreira, todos pesquisadores da ENSP.

Antes mesmo de o ataque, no mês de abril, à escola Tasso da Silveira, no bairro de Realengo (RJ), quando um ex-aluno atirou contra vários estudantes, acontecer, a edição 105 (maio de 2011) da matéria de capa da revista Radis já estava fechada. Nela, é abordado o papel da Escola como um instrumento para a transformação da cultura de violência que existe em nossa sociedade nos dias de hoje. A publicação ouviu estudantes, professores e pesquisadores sobre os diversos atos de violência, opressão e perda de valor social ocorridos dentro deste ambiente que deveria ser de educação, aprendizagem e amizade. Com este especial, a Radis busca responder como educação e saúde podem contribuir para afastar a violência das escolas.

Você é usuário do Sistema Único de Saúde (SUS)? A edição de abril (nº 104) da revista Radis propõe uma discussão sobre a presença do SUS no cotidiano dos brasileiros. Uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em que 34% da população considerou nunca ter utilizado o sistema, levou a equipe de reportagem da revista a descrever um complexo de atividades, muitas de excelência internacional, que respondem por prevenção à saúde, autorização e fiscalização da qualidade de produtos e serviços, programas pioneiros de acesso gratuito, pesquisas e desenvolvimento tecnológico de ponta.

A revista Radis de março já está disponível em sua versão on-line no Portal ENSP. Neste mês, a reportagem de capa destaca a 1ª Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento de Sistemas Universais de Seguridade Social, realizada no Brasil em dezembro de 2010. Na seção de entrevista, o novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sintonizado com o slogan do novo governo: "País rico é país sem pobreza", define que a saúde é fundamental para a promoção da cidadania e não se reduz miséria sem promover a cidadania. Ele também afirma que há consenso de que a saúde precisa de mais recursos, e este é um debate "que o Congresso tem de fazer".

A edição de fevereiro da revista Radis traz uma ampla matéria abordando os lixões no Brasil. Segundo a publicação, o destino dado aos resíduos melhorou nos últimos 20 anos, mas o investimento tardio levou ao atraso no atendimento da demanda do país. A Radis aprofunda ainda a discussão a respeito dos impactos da modernização da sociedade, recorrendo ao sociólogo Zygmunt Bauman para alertar sobre a produção de “refugo humano”, com a exclusão social e a invisibilidade daqueles considerados “dispensáveis” nesse modelo de desenvolvimento.

A primeira edição da revista Radis de 2011 traz uma ampla matéria abordando os desafios de uma política equilibrada para as drogas, aonde se conheça todas as dimensões da questão, em meio a uma discussão que se torna, por vezes, polarizada em questões como: abstinência ou redução de danos, liberação ou controle? Descriminalizar é liberar? Respeito à liberdade individual fere a saúde coletiva? A reportagem relata como as dimensões mais visíveis das drogas, a segurança pública e a justiça costumam encobrir outra importante dimensão dessa questão: a da saúde pública.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desde o início de 2010, um em quatro produtos do agronegócio em circulação no mundo é brasileiro. Entretanto, a liderança no ranking das vendas externas do complexo de soja vem acompanhada de um crescente consumo dos agrotóxicos – que também coloca o país como maior consumidor da substância no mundo. Os prejuízos para a saúde humana e ambiental alertaram os profissionais de saúde, de forma que os programas de pós-graduação e o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da ENSP (Cesteh) têm desenvolvido vários projetos de pesquisa sobre o tema.

Poucas publicações no campo da saúde pública chegam a sua centésima edição. A revista Radis, publicada pela ENSP/Fiocruz, acaba de alcançar esta marca. Os leitores foram os principais responsáveis pela edição, uma vez que a publicação reuniu críticas e sugestões sobre o trabalho desenvolvido pela equipe ao longo de quase 30 anos, desde sua origem, ainda na revista Súmula. A edição 100 da Radis, de dezembro de 2010, traz ainda um pôster com a reprodução de todas as capas já publicadas.