Projeto cria espaço de acolhimento para os trabalhadores da saúde na pandemia
*Luiza Toledo

O projeto, além de enfocar o sofrimento no trabalho em saúde no Brasil, busca compreender os sentidos da vida e do trabalho de quem atua na atenção básica e na assistência hospitalar na pandemia. “Faremos o mapeamento das narrativas e denúncias na mídia e redes sociais desses trabalhadores, bem como o acompanhamento de seus processos de sofrimento e (re)existência, além de promovermos encontros para a construção de caminhos de escuta e intervenção”, explica a coordenadora Mônica Vieira.
Parte da iniciativa “Respiro” estudo está voltada para o acompanhamento mais próximo, aprofundado e sistemático dos trabalhadores que atuam na pandemia na Fiocruz, em especial no Centro de Saúde escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP) e no Centro Hospitalar (INI). O projeto pretende realizar encontros on-line com trabalhadores voluntários, através rodas de conversa, práticas holísticas de autoconhecimento, trocas de conhecimentos sobre a realidade das penosidades do trabalho em saúde, além de entrevistas (presenciais ou virtuais).
“Desejamos que os trabalhadores reflitam sobre suas experiências, trajetórias e valores, através da escuta e acolhimento dos testemunhos sobre as vivências associadas ao trabalho em saúde e com a Covid-19”, afirmou a coordenadora.
O Centro de Saúde Escola da ENSP integra a Coordenação Adjunta do Projeto e é responsável pelo eixo “Cuidar de si, cuidar do outro, cuidar do mundo”. Coordenado pelas pesquisadoras Eliane Vianna e Inês Reis, esse eixo tem foco no autocuidado do Trabalhador da Saúde, tendo as Práticas Integrativas e Complementares como base. “O CSEGSF acompanha a realidade da APS por muitos anos, o que nos move a contribuir com a saúde desses trabalhadores. Valorizar e cuidar de nossos colegas da assistência no enfrentamento da pandemia é urgente pelas pressões e desafios que vêm enfrentando, além de ser uma forma de agradecê-los pelo trabalho que desenvolvem”, lembrou Eliane Vianna.
Ao longo da pesquisa, a experiência coletiva do trabalho em saúde na pandemia será compartilhada por meio de uma plataforma digital chamada Respiro, com sínteses analíticas, mapas interativos e conteúdos acolhedores e emancipadores para e com os trabalhadores da saúde. Por enquanto, você pode nos seguir o projeto nas redes sociais @projetorespiro.
“Nos comprometemos em permanecer aqui, compartilhando saberes e práticas que apoiam essa travessia de incertezas, tristezas, alegrias, sonhos e desejos. Somos um lugar para RESPIRAR coletivamente, inspirando e exalando pronúncias de uma vida melhor.” completa Mônica.
*Projeto Respiro
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