Boletim faz balanço da pandemia no Brasil em 2020
Ao longo de 2020, mesmo que as medidas de contenção tenham sido muito importantes, não foram suficientes para trazer a incidência de SRAG a níveis baixos e mesmo após um período de redução esteve sempre em níveis altos em todos os estados. Em relação a óbitos, se observa números muito expressivos no início da pandemia, quando houve uma pressão no sistema de saúde, ainda sem a preparação devida. O Boletim faz uma análise, ilustrada com gráficos, dos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) em 2020.
Outro texto da edição é focado exatamente na questão da equidade em saúde e reforça que não há saúde para alguns se não houver saúde para todos. Na condição de um dos dez países com maiores índices de desigualdades socioeconômicas, o Brasil precisa encarar esse desafio adicional no enfrentamento da pandemia e romper com o ciclo vicioso de retroalimentação das desigualdades sociais. Este texto destaca, por meio de hiperlinks, temas publicados em boletins anteriores e importantes na resposta à pandemia que tem a ver com o enfrentamento das desigualdades e as questões relacionadas à equidade.
A nova edição do Boletim alerta para o fato de que, como muitos grupos sociais apresentam grande desvantagem para cumprir as medidas de higienização, distanciamento físico e social, isolamento e quarentena, e também têm dificuldades no acesso aos serviços de saúde, não haverá saúde para alguns se não houver saúde para todos e todas. Este número especial traz ainda uma linha do tempo que reúne os principais fatos e acontecimentos da Covid-19 no Brasil, de 28 de janeiro a 31 de dezembro. A retrospectiva inclui o número de casos e mortes no país e no mundo, mês a mês.
Segundo o Boletim, a disponibilidade de leitos de UTI Covid-19 existentes (SUS e não SUS) para adultos por 10 mil habitantes nos estados tem se mantido estável. De 21 de dezembro a 4 de janeiro, dados do CNES indicam somente uma pequena redução no indicador no Ceará e pequenos incrementos no Amazonas, Minas Gerais, Paraná e Tocantins. No período indicado, nove capitais estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos de pelos menos 80%: Manaus (89,4%), Boa Vista (83,3%), Macapá (94,4%), Belém (100,0%), Belo Horizonte (80,5%), Vitória (80,1%), Rio de Janeiro (99,8%), Curitiba (80,0%) e Campo Grande (100,0%). Somam-se a elas ainda, com taxas superiores a 70,0%, Recife (77,5%) e Porto Alegre (73,8%).
Este Boletim Especial dedicado a 2020 e todas as edições anteriores estão disponíveis no site do Observatório e na Agência Fiocruz de Notícias, oferecendo um panorama geral do cenário epidemiológico com indicadores-chave para monitoramento da situação em estados e regiões. As demais ações, relatórios e notas técnicas desenvolvidas pelo Observatório Covid-19 podem ser acessadas aqui.
Fonte: Agência Fiocruz de Notícias
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