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Atenção ambulatorial, síndrome congênita da Zika e continuidade do cuidado são destaques em CSP

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Publicado em:14/07/2025

Por Clara Rosa Guimarães, jornalista de CSP

Editorial de junho em CSP, assinado por Everton Nunes da Silva, destaca as listas de espera na atenção ambulatorial especializada no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os pontos abordados estão a adoção de guias de práticas clínicas, o problema do absenteísmo nas listas de espera e as incertezas no uso de inteligência artificial para prever faltas. 

Um dos Ensaios de junho, base para o texto do Editorial, traz reflexões que contribuem para o debate das listas de espera na atenção ambulatorial especializada no SUS, visando o acesso ao cuidado integral e oportuno. Os autores apresentam apontamentos que problematizam se as filas são o principal problema, os tempos de espera, os dispositivos regulatórios e a transparência das listas. E afirmam que, para avançar, é necessário conhecer quem está na fila, as circunstâncias e como reduzir o tempo de espera de forma justa e equitativa.

Outro Ensaio que compõe a edição é o Uma mirada no potencial das Ciências Sociais e Humanas para o enfrentamento dos desafios que se colocam à Saúde Coletiva que propõe um diálogo entre a Saúde Coletiva e o pensamento feminista negro como ferramenta crítica para enfrentar desigualdades históricas. O texto analisa a trajetória das políticas de saúde voltadas às mulheres, com ênfase na justiça reprodutiva, e evidencia a necessidade de uma abordagem interseccional que valorize a autonomia e o direito ao prazer, para além do tradicional enfoque materno-infantil.

Questões Metodológicas deste mês apresenta a validação de um modelo lógico para assistência integral a crianças com síndrome congênita da Zika no Rio de Janeiro. O estudo reúne contribuições de especialistas e emprega o método Delphi para sistematizar componentes fundamentais do cuidado desde a concepção até os três anos de idade.

A continuidade do cuidado também é tema da edição, com artigo que investiga a experiência de pessoas vivendo com HIV e de usuários com hipertensão atendidos na rede pública do Rio de Janeiro. O estudo revela que a confiança entre profissionais e pacientes, assim como a oferta de informações personalizadas, são essenciais para o vínculo e a adesão ao tratamento. No entanto, a alta rotatividade de profissionais na atenção primária compromete essa continuidade, especialmente entre os usuários com hipertensão.

Leia esses e outros artigos de Cadernos de Saúde Pública aqui.


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