Representante dos trabalhadores no CD ENSP faz balanço da gestão e fala sobre as perspectivas futuras da nova representação
*Por João Chagas, sob supervisão de Tatiane Vargas
Em dezembro de 2021, o Conselho Deliberativo da ENSP elegeu seus novos representantes. Os atuais membros do CD são os recém-eleitos chefes dos departamentos e centros da Escola, além da representação dos trabalhadores e estudantes. O servidor do Centro de Saúde Escola, Fabrício Romero Saavedra, é o novo representante dos trabalhadores no Conselho. Saavedra sucede Lisâneo Macedo Moreira Melo, que representou os trabalhadores nos últimos anos (2017- 2021). O Informe ENSP conversou com Melo, que falou sobre sua participação e fez um balanço da sua atuação durante o tempo em que esteve no cargo.
O CD é o órgão normativo e deliberativo da Escola - presidido por seu diretor -, cuja principal competência é deliberar sobre todos os assuntos relacionados às finalidades da ENSP.
Nova representação no Conselho Deliberativo da ENSP
Analista de Gestão, Fabrício Romero Saavedra, é servidor, formado em odontologia, e atua no Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria. “Saavedra reúne todas as qualificações para exercer a representação dos trabalhadores. Fabrício é uma pessoa com deficiência, e sua escolha para essa representação remete à necessidade de uma ENSP mais inclusiva e acessível. É um grande desafio, por isso considero que o fortalecimento dessa cultura de pertencimento a um coletivo seja um dos grandes legados”, destacou Melo.
Confira, abaixo, a entrevista com Lisâneo Macedo Moreira Melo sobre sua atuação no CD nos últimos anos.
Informe ENSP: Quais foram as principais participações dos trabalhadores nos últimos quatro anos?
Lisâneo Melo: Nos últimos anos, tivemos mudanças bruscas e grandes na legislação brasileira, e nosso trabalho é regido pela legislação. A reforma trabalhista, previdenciária e a própria alteração de muitas normativas da administração pública por decreto presidencial alteraram muito nossas responsabilidades e o processo de trabalho, de modo que os trabalhadores tiveram participação no sentido de incorporar essa legislação e mudar muitos parâmetros no seu processo de trabalho, que foram agravados ainda mais com a Covid-19.
Na pandemia, destacamos que os trabalhadores da gestão trabalharam durante todo esse período para manter as atividades de educação, assistência e pesquisa da Escola, na aquisição de suprimentos e equipamentos. Os trabalhadores de gestão tiveram participação muito grande durante esses quatro anos, mas entendemos que, durante esse período da pandemia, a gestão da ENSP deu a resposta que a Escola estava necessitando naquele momento.
Informe ENSP: Quais foram os momentos mais significativos de participação durante esse tempo?
Lisâneo Melo: Acredito que, para os trabalhadores, os grandes momentos são o processo eleitoral interno da Escola; a eleição de delegado para o Congresso Interno da Fiocruz; e o aniversário da ENSP. São três momentos em que os trabalhadores tiveram participação muito ativa.
Quando temos eleição para delegado, a gestão consegue eleger a maioria dos seus candidatos para o Congresso Interno da Fiocruz. Recentemente, conseguimos nos organizar para votar nos trabalhadores da gestão. No aniversário da ENSP, sempre temos um momento nosso, com painel e discussões nas quais os trabalhadores da gestão organizam o debate, escolhem o debatedor e o palestrante.
No momento eleitoral, os trabalhadores da gestão têm tido participação muito ativa na eleição dos últimos diretores, e temos uma contribuição muito importante para o processo eleitoral e democrático interno da ENSP. Acredito que, nesses momentos democráticos da Escola, os trabalhadores da gestão têm sido protagonistas.
Informe ENSP: Fale sobre sua gestão representando os trabalhadores no CD.
Lisâneo Melo: Fui um representante eleito em outubro de 2017, quando me fizeram o convite para participar do processo eleitoral e ser eleito por aclamação, imaginávamos que teríamos uma caminhada mais tranquila, facilitada. Mas não é assim, é uma construção política, o espaço dentro da política não é cedido, é conquistado.
Elenco, abaixo, alguns pontos que minha gestão conseguiu avançar e deixar uma contribuição para a representação dos trabalhadores, entre eles:
*A ocupação dos espaços políticos: a gestão ocupou diversos grupos de trabalho, diversas comissões e, quando fomos convidados a participar, demos as respostas que a Escola precisava, deixamos nossa contribuição para formular as políticas que a ENSP está implementando;
*A consolidação do Diálogo de Gestão: O Diálogo de Gestão é um fórum de discussão dos trabalhadores em que recebemos convidados internos e externos. Ele passou a ser incorporado ao calendário de atividades da Escola. Temos, com isso, uma respeitabilidade do evento, que nasceu 100% da organização dos trabalhadores da ENSP. É um fórum muito importante que talvez seja um dos grandes legados da minha gestão;
*A criação de cultura de representação e pertencimento: quando deixo o posto de representante e deixo de ser conselheiro da ENSP, elegendo outro colega de trabalho para continuar essa caminhada, temos a certeza de que estamos oxigenando a democracia interna.
Fique por Dentro