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Legalização do sistema de cotas para negros em debate

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Publicado em:10/05/2012

O sistema de cotas para negros em universidades públicas e privadas no Brasil foi aprovado pelo Supremo Tribunal Federal. E esse é o assunto do Sala de Convidados desta sexta-feira (11/5). O programa será exibido, ao vivo, às 11 da manhã. O público pode participar enviando perguntas e sugestões através do site do Canal Saúde (www.canal.fioruz.br) e do telefone 0800-7018122.

 

As cotas raciais são um modelo de ação afirmativa implantado em alguns países com o objetivo de amenizar desigualdades sociais, econômicas e educacionais entre a população. Segundo o último censo, o Brasil é o segundo país com a maior população negra do mundo (atrás apenas da Nigéria), com 50,7% de pessoas autodeclaradas negras. Mesmo assim, essa parcela da população ainda tem dificuldades de encontrar seu espaço na sociedade. De acordo com uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a taxa de desemprego entre negros é grande em comparação com a de brancos. Quando empregados, os trabalhadores negros, na maior parte das vezes, ocupam os setores com menor remuneração, como agricultura, construção civil e serviços domésticos. A dificuldade enfrentada pelos jovens negros em concluir todos os níveis de ensino seria uma das justificativas para esse desequilíbrio social. A implantação do sistema de cotas em todas as universidades públicas brasileiras seria suficiente para reverter esse quadro?

 

Que outros desafios os alunos cotistas enfrentam até a conquista do diploma universitário e de um emprego melhor? Dificuldades financeiras e problemas em conciliar o trabalho atual com os estudos. Que medidas as universidades podem adotar para garantir um suporte aos alunos cotistas e impedir que eles abandonem os estudos antes da formatura?

 

Você sabia que o Rio de Janeiro foi o primeiro estado a aprovar uma lei garantindo 40% das vagas de universidades estaduais para estudantes negros? A equipe do Sala de Convidados foi até a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e entrevistou Lená Medeiros de Menezes, sub-reitora de Graduação da instituição, para saber a posição da universidade, que, por decisão interna, há dez anos incluiu o sistema de cotas em seu vestibular e hoje tem mais de três mil cotistas entre seus alunos.

 

E mercado de trabalho para os alunos cotistas formados? O que pode ser feito para evitar a discriminação por parte dos empregadores? O professor e historiador da Uerj, Oswaldo Munteal Filho, fala à equipe do Sala de Convidados sobre a necessidade de se estenderem as ações afirmativas além das universidades e levá-las também ao mercado de trabalho.

 

E você, o que pensa sobre a legalização do sistema de cotas para negros nas universidades brasileiras? Assista e participe!

 

Interativo – No programa, o público participa ao vivo pela web – canalsaude.fiocruz.br –, na sala de bate-papo, ou liga gratuitamente para 0800-7018122. Se preferir, pode antecipar perguntas e comentários pelo canal@fiocruz.br.

 

Quando – O programa Sala de Convidados é exibido semanalmente pelo Canal Saúde, às 11 horas, ao vivo. Todas as sextas-feiras um novo tema é debatido com a participação de especialistas de diversas áreas.

 

Onde assistir – Para assistir no site do Canal Saúde, acesse canalsaude.fiocruz.br e clique na TV. O Canal Saúde também pode ser assistido através de antena parabólica, na polarização vertical 3.690.


Fonte: Canal Saúde
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1 comentários
MARIA APARECIDA DE ASSIS PATROCLO
11/05/2012 08:44
Como tenho uma preocupação com o processo de formulação de políticas e as ideias, interesses e instituições que compõe o ambiente de tomada de decisão, não consegui estar integralmente feliz com o resultado da aprovação das cotas. Por que não? Porque na semana seguinte foi votada a constitucionalidade do PROUNI e fico duvidando se a aceitabilidade das cotas não foi possível desde que as empresas de ensino privado tivessem garantida sua possibilidade de continuar sendo mantidas com recursos públicos. Veja quem entrou com o pedido de votação de constitucionalidade do PROUNI. A vitória integral seria a aprovação de cotas com a maximização do aumento de vagas nas universidades públicas e melhoria do salário dos professores. Importantíssimo o resultado da votação das cotas, mas para que de fato o negro tenha uma formação superior de qualidade é necessário que ele tenha acesso as universidade de qualidade e não nos contentemos com vagas em universidades com baixissima qualidade técnica, num faz de conta que somente com um diploma, com qualquer diploma, os negros terão mais chances no mercado de trabalho com salários dignos.