Ambulatório da ENSP celebra 25 anos de excelência em pesquisa, assistência, ensino e vigilância
Um ato solene realizado na última terça-feira (6/12), no Centro de Referência Professor Hélio Fraga, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), marcou o Jubileu de Prata do Ambulatório de Pesquisa Germano Gerhardt (APGG). Na ocasião, a pneumologista e pesquisadora Margareth Dalcolmo, fundadora do APGG, e o diretor da ENSP, Marco Menezes, descerraram uma placa em homenagem às mais de duas décadas de atuação no enfrentamento e controle da tuberculose no Brasil, por meio da realização de atividades de pesquisa, assistência, ensino e vigilância. A cerimônia foi conduzida pelo pesquisador Paulo Victor, chefe do CRPHF/ENSP/Fiocruz.
“Ao longo destes 25 anos, o Ambulatório de Pesquisa Germano Gerhardt contribuiu substancialmente para o tratamento dos pacientes, por meio da atuação de uma equipe multidisciplinar altamente capacitada e comprometida no atendimento e manejo terapêutico de casos complexos de tuberculose”, enalteceu o diretor da ENSP durante o discurso de abertura. Menezes também enfatizou o importante papel da unidade para o SUS e para a população brasileira, principalmente aquela que se encontra em situação de vulnerabilidade social.
Referência e qualidade
Desde a sua criação, o ambulatório vem funcionando ininterruptamente como referência terciária na assistência para a rede SUS de controle da tuberculose no RJ. Destaca-se, também, por ser a primeira unidade ambulatorial em tuberculose com certificação de qualidade ONA-Nível 1 no Brasil, além de ser referência técnica de assessoria à Coordenação Geral de Doenças Respiratórias de Condições Crônicas do Ministério da Saúde.
No que diz respeito ao certificado de acreditação, Patrícia Canto, vice-presidente interina de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, exaltou o grande serviço prestado para a sociedade, além do elevado grau de excelência no atendimento durante o contexto de pandemia vivido no país. “Falamos de uma unidade acreditada em alto nível de excelência. Esse centro possui grande relevância para o futuro, principalmente diante do atual contexto de pandemia”.
Uma das principais referências da Fiocruz durante a pandemia de Covid-19, Margareth Dalcolmo lembrou que a história da humanidade no planeta é marcada por epidemias. Esperançosa, disse desejar que o fim da atual pandemia traga “algo de melhor” para o mundo e recontou a história do APGG. Criado em 1997, o ambulatório “nasceu” comprometido com o objetivo de somar esforços na luta contra a tuberculose e iniciou suas atividades a partir de uma pesquisa clínica com objetivo de avaliar e recomendar um esquema padronizado para o tratamento da tuberculose multirresistente (TBMR), dando início à vigilância epidemiológica da tuberculose multirresistente e à gestão de medicamentos de segunda linha para todos os casos notificados no país.
Dalcolmo também destacou a importância do ambulatório na formação de profissionais, a assistência de qualidade e a realização de ensaios clínicos como o Brace Trial Brasil (BTB), que visa reduzir o impacto da Covid-19 em trabalhadores de saúde. “Ao longo desses 25 anos, agradeço àqueles que acreditaram. Hoje, o serviço do HF é reconhecido, formamos pessoas com boas práticas clínicas e laboratoriais. Acreditamos no nosso trabalho de formação. Além da assistência de qualidade que prestamos, podemos fazer estudos e ensaios clínicos”.
Atualmente, o ambulatório realiza mensalmente 300 consultas de acompanhamento de casos de tuberculose resistente e outras micobacterioses que são referenciadas a partir da atenção primária. Em sua história, prestou atendimento humanizado para aproximadamente 4.000 pessoas acometidas pela tuberculose resistente, bem como por micobactérias não tuberculosas, conhecida por MNT, e, ainda, casos especiais de tuberculose.
O Pneumologista Jorge Luiz da Rocha, chefe do ambulatório, reforçou o importante papel da farmácia na distribuição de medicamentos para 372 unidades de saúde de todo o país e anunciou o planejamento para 2023, com a implantação da comissão de cuidados paliativos, do projeto terapêutico singular, do projeto ambulatório itinerante, bem como o projeto de avaliação e contatos e a criação das comissões de indicadores e de ensino.
“Nosso objetivo maior é chegar ao final do tratamento com o paciente vencendo todas as dificuldades. São histórias muito marcantes vivenciadas pela equipe no cotidiano do serviço. “Para o futuro, desejamos ampliar a demanda das pesquisas, o número de unidades para a gestão de medicamentos, bem como avançar em novas propostas de cursos de atualização multiprofissional e avançar nos níveis de qualidade da acreditação”.
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