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Pesquisadores da ENSP são contemplados com bolsas de produtividade em pesquisa do CNPq

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Publicado em:21/05/2025
Por Barbara Souza*

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulgou o resultado preliminar da chamada de Bolsas de Produtividade 2024. Pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) estão entre os aprovados. Claudia Garcia Serpa Osorio de Castro e Maria do Carmo Leal obtiveram aprovação como bolsistas PQ A, enquanto Maria de Jesus Mendes da Fonseca, Raphael Mendonça Guimarães e Simone Santos Oliveira, como PQ C. 

As aprovações são consideradas uma forma de reconhecimento da contribuição dos pesquisadores à saúde pública por meio das pesquisas que desenvolvem e da dedicação à formação de profissionais para o SUS. “Receber a bolsa de produtividade em pesquisa nível A do CNPq é um reconhecimento importante do trabalho que venho desenvolvendo ao longo dos anos. É também um incentivo para seguir contribuindo com a ciência comprometida com a saúde pública e com a formação de novas gerações de pesquisadores”, celebrou Claudia G. S. Osorio, farmacêutica que se dedica, principalmente, às áreas de política de medicamentos, assistência farmacêutica e regulação sanitária. 

“Quero me juntar aos outros pesquisadores e celebrar esse aumento do número de bolsas de produtividade em pesquisa que o governo ofereceu. Temos uma enormidade de pesquisadores que merecem ganhar essa bolsa, não pelo valor, mas pelo reconhecimento do trabalho. Eu tive a felicidade de ter a minha renovada, mas a grande alegria dessa vez foi perceber o investimento que o governo do presidente Lula está fazendo na ciência”, afirmou a médica sanitarista, Maria do Carmo Leal. Ela é referência em saúde materno-infantil e coordena a pesquisa "Nascer no Brasil". Já Maria de Jesus Mendes da Fonseca coordena o Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública da ENSP. Também na área de Epidemiologia, Raphael Mendonça Guimarães tem foco em doenças crônicas e saúde urbana e participa de projetos interinstitucionais. Simone Santos Oliveira coordena o Curso de Mestrado Profissional em Saúde, Trabalho, Ambiente e Movimentos Sociais. 

No total, foram mais de mil bolsas novas e 1.555 bolsistas contemplados pela primeira vez, o equivalente a 25% do total de aprovados. Segundo o CNPq, isso indica ampliação e oxigenação de uma das mais tradicionais políticas públicas de fomento à ciência, tecnologia e inovação do país. Foram aprovados 6.037 bolsistas: 5.617 em Produtividade em Pesquisa (PQ, correspondente a 40% da demanda); 84 em Produtividade em Pesquisa Senior (PQ-Sr, 55% da demanda); e 336 em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (28% da demanda). Com esse resultado, serão concedidas 1.009 bolsas além do previsto, o que representa uma significativa renovação do quadro, formado por cerca de 16 mil bolsistas. Do total de bolsas PQ e PQ-Sr aprovadas, 7,5% são de nível A; 12% de nível B; e 80,5% de nível C. Para as bolsas DT, os percentuais foram de 1%, 12% e 87%, respectivamente.

As Bolsas de Produtividade do CNPq são destinadas a pesquisadores que se destacam pela relevância de sua produção científica ou tecnológica. O principal objetivo é valorizar a excelência na pesquisa, incentivar a formação de novos cientistas e impulsionar o desenvolvimento do país. São diferentes modalidades. A Produtividade em Pesquisa (PQ) é voltada para cientistas com produção acadêmica consolidada; enquanto a de produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT) é para pesquisadores com atuação em inovação e tecnologia. Por fim, a PQ-Sênior se destina a profissionais com longa trajetória e liderança reconhecida. As bolsas são concedidas por meio de chamadas públicas, com análise por comitês de especialistas. A classificação varia por níveis (como A, B ou C), com duração de três a cinco anos, dependendo da avaliação do pesquisador.

"O programa de bolsas de pesquisas tem cinquenta anos de existência e como política pública tem sido decisivo no incremento da produção científica e tecnológica brasileira. Seu reforço e aprimoramento corresponde à necessidade de apoio aos nossos melhores cientistas. Somando-se a essas 1000 novas bolsas o incremento de 500 bolsas em 2023, totalizamos agora quase 10% de ampliação do número total de bolsistas de produtividade, uma ampliação significativa na história recente do país", avalia o diretor científico do CNPq, Olival Freire Jr.

Do total de aprovados, 1.555 irão receber uma bolsa de produtividade pela primeira vez. Destes, 626 são mulheres, o equivalente a 40% do total - dado que iguala ao percentual da demanda por gênero e supera o percentual global aprovado na chamada, que é de 35%, uma constante em relação às chamadas anteriores. 

A chamada 2024 ampliou em 24% o percentual de pardos, pretos, indígenas e amarelos aprovados, em relação à chamada anterior. Essa variação foi ainda maior se considerados isoladamente os percentuais de pardos (variação positiva de 29%, de 10 para 13,48% do total) e de pretos (variação positiva de 33%, de 1,6 para 2,2% do total). As bolsas de produtividade alcançam todas as regiões do país, com 52,5% destinadas ao Sudeste, 19% ao Sul, 17% ao Nordeste, 7% ao Centro-Oeste e 4% ao Norte. Entre os 1.555 novos bolsistas, 45% são do Sudeste, 19% do Sul, 21% do Nordeste, 7% do Centro-Oeste e 6,5% do Norte - perfazendo 33% para N, NE e CO, acima da meta de 30% para essas regiões.



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