Carlos Machado: danos à saúde em Brumadinho vão se prolongar por dias, meses e anos
O impacto da tragédia de Brumadinho sobre a saúde coletiva vai muito além das mortes já causadas pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão e que já torna o Brasil campeão em número de vítimas fatais - que deve ultrapassar 300 - em um desastre. O pesquisador do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Cepedes/ENSP/Fiocruz), Carlos Machado, analisa neste comentário ao blog do CEE-Fiocruz, que, como já foi possível verificar no caso de Mariana - o maior em extensão ambiental -, os danos ambientais refletem-se em danos à saúde, da população local e de cidades vizinhas. Elevação do número de casos de dengue, doenças respiratórias e doenças relacionadas à qualidade da água são algumas das consequências.
“E vamos lembrar que as pessoas socorridas vão continuar precisando de atendimento. E aquelas que perderam seus entes queridos vão precisar de atenção psicossocial, de cuidados em saúde mental”, diz o pesquisador. Nesse sentido, o papel do Sistema Único de Saúde é de enorme relevância na resposta a essas demandas. Carlos destaca também que das 24 mil barragens espalhadas pelo país, apenas 3% tinham planos de ação de emergência.
Leia também:
+ ENSP/Fiocruz comenta desastre da mineração da Vale em Brumadinho
“E vamos lembrar que as pessoas socorridas vão continuar precisando de atendimento. E aquelas que perderam seus entes queridos vão precisar de atenção psicossocial, de cuidados em saúde mental”, diz o pesquisador. Nesse sentido, o papel do Sistema Único de Saúde é de enorme relevância na resposta a essas demandas. Carlos destaca também que das 24 mil barragens espalhadas pelo país, apenas 3% tinham planos de ação de emergência.
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Fonte: Centro de Estudos Estratégicos (CEE-Fiocruz)
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