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Exposição exalta figuras femininas da história do SUS: pesquisadoras da ENSP são mulheres notáveis na saúde

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Publicado em:23/08/2024

A nova fase da mostra destaca a importância de reconhecer mais mulheres notáveis na saúde.


A exposição 'Dona Ivone Lara e Mulheres da Saúde' entrou em uma nova fase exaltando mais figuras femininas. Das 14 homenageadas, três pesquisadoras da ENSP estão entre as brasileiras que fizeram contribuições significativas para o avanço da saúde pública: Cecília Minayo, Margareth Dalcolmo e Vera Lucia Luiza. Ao valorizar a atuação destas profissionais, a mostra reforça o papel crucial das mulheres ao longo da história do Sistema Único de Saúde (SUS) em diversas frentes de atuação. 

Cecília Minayo é pesquisadora emérita da Fiocruz e uma das fundadoras do Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli, o Claves. Margareth Dalcolmo é pesquisadora sênior da ENSP e uma das fundadoras do Hélio Fraga, Centro de Referência do SUS para Tuberculose. Vera Lucia Luiza é pesquisadora do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica, Centro Colaborador da OPAS/OMS em Políticas Farmacêuticas. Atualmente está aposentada, continua trabalhando como pesquisadora voluntária no NAF/ENSP. 

A exposição segue dois eixos principais: 'Assistência, Ensino, Pesquisa e Inovação' e 'Gestão, Política e Ativismo' e os perfis escolhidos para a nova fase representam ampla diversidade e consideram formação e profissões na saúde, faixa etária, pertencimento étnico-racial e regiões do Brasil. 

A mostra é aberta ao público e conta com pinturas inéditas e exclusivas do projeto NegroMuro. Ela está em exibição no 'Espaço Cultural Dona Ivone Lara', na Sede do Ministério da Saúde, na Esplanada dos Ministérios - Brasília (DF). Também é possível fazer o tour virtual da exposição.  

Confira a biografia das pesquisadoras da ENSP homenageadas: 

Cecília Minayo:
Pesquisadora do Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/ENSP)
Socióloga, antropóloga e doutora em saúde pública mineira. Recebeu o Prêmio Direitos Humanos, em 2014, o prêmio internacional da Academia Mundial de Ciências (TWAS Awards 2022 – 2024) na categoria Cientista Social, em reconhecimento à contribuição de sua pesquisa aos estudos sobre a violência e os seus impactos na saúde, tendo sido a única brasileira a ganhar essa honraria.

Margareth Dalcolmo:
Pesquisadora do Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF/ENSP)
Médica pneumologista capixaba e pesquisadora da Fiocruz. Em 2022, assumiu uma cadeira na Academia Nacional de Medicina, e no ano seguinte, ganhou o título de embaixadora do Movimento Nacional pela Vacinação.

Vera Lucia Luiza:
Pesquisadora do Departamento de Política de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (NAF/ENSP)
Farmacêutica carioca e pesquisadora em saúde pública. Foi agraciada, em 2022, com o Prêmio Helen-Clark, da publicação Journal of Pharmaceutical Policy and Practice.


Confira a biografia das demais homenageadas:  

Ana Emília Figueiredo de Oliveira: odontóloga maranhense, coordenadora da Universidade Aberta do SUS da Universidade Federal do Maranhão (UNA-SUS/UFMA) e líder do Grupo de Pesquisa SAITE – Saúde, Inovação, Tecnologia e Educação (CNPq/UFMA). 

Ana Lúcia Paduello: pedagoga paulistana, coordenadora-geral do Grupo de Apoio ao Paciente Reumático no Brasil e representante da Associação Brasileira Superando o Lúpus, Doenças Reumáticas e Raras. 

Dijé Tremembé: agente comunitária de saúde e liderança indígena cearense. Foi presidenta do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), órgão ligado ao Distrito Sanitário Especial Indígena do Ceará (DSEI/CE), responsável por fiscalizar, debater e apresentar políticas para o fortalecimento da saúde em suas regiões.

Fernanda Lopes: bióloga paulista e diretora do Fundo Baobá para Equidade Racial, o primeiro e maior fundo dedicado, exclusivamente, para a promoção da equidade racial para a população negra no Brasil. 

Gabryele Moreira: física médica baiana e presidenta da Women in Nuclear Brasil, organização sem fins lucrativos de mulheres que trabalham profissionalmente em vários campos da energia nuclear e aplicações de radiações ionizantes. Foi a primeira cientista negra brasileira a conquistar o prêmio Marie Curie da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA). 

Gulnar Azevedo e Silva: médica sanitarista carioca. Venceu a 3º edição do Prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher” na área de Biológicas e Saúde. Atualmente, é reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). 

Jaqueline Goes de Jesus: biomédica baiana que coordenou a equipe responsável pelo sequenciamento do genoma do vírus SARS-CoV-2 apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso de covid-19 no Brasil. Por seu trabalho na pesquisa sobre o novo coronavírus, foi uma das cientistas escolhidas pela fabricante de brinquedos Mattel para ser homenageada com a boneca Barbie. 

Jussara Cony: farmacêutica gaúcha que participou do Movimento de Reforma Sanitária e atuou como Delegada da 8ª até a 17ª Conferência Nacional de Saúde. 
 
Mapulu Kamayurá: pajé e cacica mato-grossense. Foi condecorada, em 2018, pelo Ministério dos Direitos Humanos com o Prêmio Direitos Humanos, em reconhecimento a seu destaque na luta pela saúde dos povos indígenas. 
Maria Luiza Jaeger: socióloga e sanitarista gaúcha, tendo sido servidora da saúde por mais de 40 anos. Acompanhou de perto a Assembleia Nacional Constituinte, contribuindo com a seção “Da saúde”. 
 
Silvia Cristina Leite: assistente social maranhense e militante das causas negra e feminista. Foi condecorada em 2020 com a Medalha Manuel Beckman pela Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, e em 2021 com a Medalha Simão Estácio da Silveira pela Câmara Municipal de São Luís. 


*Crédito fotos: CCMS.
*Com informações do CCMS

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