PMA financia pesquisa inédita que traçará perfil de trabalhadores “invisíveis” que atuam no enfrentamento da Covid-19
Publicado em:09/02/2021
O Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão à Saúde (PMA), vinculado à Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), financia pesquisas com o intuito de garantir que seus resultados possam ser aplicados a realidade da população, por meio da indução de mudanças nas políticas de saúde. Nesse sentido, com a temática da Covid-19, o PMA agrega dentre outras pesquisas, o estudo inédito “Os trabalhadores invisíveis da Saúde: condições de trabalho e saúde mental no contexto da Covid-19 no Brasil”.Desenvolvido pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) e pelo Centro de Estudos Estratégicos (CEE), sob a coordenação da pesquisadora Maria Helena Machado, ele deriva da pesquisa-mãe “Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil”, já em andamento, que investiga médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, entre outros, e que suscitou a necessidade de aprofundamento da mesma questão para os demais trabalhadores.
O estudo trará à luz a real situação de técnicos e auxiliares de enfermagem, de Raio X, de análise laboratorial, de farmácia, maqueiros, motoristas de ambulância, recepcionistas, pessoal de segurança, limpeza e conservação, agentes comunitários de saúde e outros trabalhadores, que apesar da importância de sua atuação no apoio aos profissionais na linha de frente da Covid-19, não recebem a mesma atenção.
A análise sobre as condições de trabalho e saúde mental permitirá identificar o impacto da pandemia na vida desses quase 2 milhões de trabalhadores e gerar dados e informações que auxiliem às entidades profissionais na fundamentação e formulação de propostas de melhorias para o desenvolvimento de ações estratégicas e de políticas públicas, especialmente voltadas para a condições e gestão do trabalho e saúde do trabalhador.
A coordenadora, Maria Helena relata a importância de levar os resultados para a sociedade. “Essa legião de trabalhadores da Saúde está cotidiana e diretamente na linha de frente atendendo a mais de 8 milhões de contaminados pela Covid-19 e lidando com mais de 200 mil óbitos em todo o país. Além disso, estão expostos à infecção, sofrem com a morte de colegas, e boa parte está desprotegida de cuidados necessários, sem, de fato, ter voz e meios de expressar a real situação no cotidiano do seu trabalho e de sua vida pessoal, no que se refere à saúde física e mental.”
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