INFORME ENSP

*Por Leda Jesus e Patrícia Ferreira

ENSP/Fiocruz e Ouvidoria-Geral do SUS/MS reúnem, em Porto Alegre (RS), ouvidores e gestores do SUS, para implantação e implementação de ouvidorias do SUS.

A Oficina Regional Sul, realizada nos dias 4 e 5 de dezembro, em Porto Alegre (RS), marcou o último encontro de um ciclo composto por sete oficinas regionais, que integram o projeto Fortalecimento da Gestão, da Participação Social e das Ouvidorias do SUS. A atividade foi conduzida e coordenada pela pesquisadora Rosa Souza, do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Cesteh/ENSP).

A mesa de abertura contou com a participação da coordenadora do projeto, Rosa Souza; da ouvidora-geral do SUS, Maria Eufrásia de Oliveira Lima; da presidenta do Conselho Nacional de Saúde, Fernanda Lou Sans Magano; da secretária-adjunta da SES/RS, Ana Costa; da ouvidora-geral do SUS da SES/RS, Luiza Maria Plentz; da ouvidora-geral do Estado do Rio Grande do Sul, Bárbara Lucchetti; do ouvidor da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, Roibison Portela Monteiro; e da presidenta do Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, Inara Ruas.

Em sua fala, Rosa Souza expressou o desejo de que a oficina fosse produtiva e acolhedora, destacando que o trabalho colaborativo deve fortalecer as ouvidorias e contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. 

Maria Eufrásia Lima enfatizou o tripé que orienta a atuação das ouvidorias — transparência, participação social e integridade — e reforçou o papel desses espaços na disseminação de informações qualificadas e no enfrentamento às fake news em saúde.

Fernanda Magano lembrou que “sem saúde mental não há saúde”, e defendeu que todos devem ter condições dignas e saudáveis para exercer seu trabalho. 

Inara Ruas destacou que a ouvidoria é um bem necessário, capaz de educar gestores e qualificar os processos de gestão. 

Ana Costa ressaltou a importância de a ouvidoria atuar com propósito e afirmou que aproximar a gestão desses espaços é uma estratégia fundamental para o fortalecimento do SUS.

Bárbara Lucchetti reforçou sua convicção de que, quando a ouvidoria do SUS está envolvida em uma manifestação, o cidadão terá uma resposta adequada. 

Luiza Plentz destacou que a ouvidoria do Rio Grande do Sul atua na melhoria do SUS ao funcionar como uma ponte entre o cidadão e a gestão, reconhecendo os desafios existentes, mas também o potencial para avançar.

Por fim, Roibison Monteiro ressaltou que iniciativas como a oficina ampliam a visibilidade e qualificam o trabalho desenvolvido pelas ouvidorias.

Valorizando a identidade cultural local, o Grupo Ponto de Cultura Cabobu apresentou a intervenção “Cuidado que já nos viram”, com participação de Eduardo Ribeiro, acompanhado pelos bailarinos Nicolas Terra e Victor Terra, do grupo Brazil Estrangeiro. A apresentação trouxe alegria ao ambiente e envolveu os participantes em uma atmosfera de emoção e engajamento.

O encontro reuniu cerca de 80 participantes dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que desenvolveram atividades voltadas à análise do papel das esferas federal, estadual, regional e municipal no âmbito da Rede Nacional de Ouvidorias do SUS, além da construção coletiva de estratégias para orientar a implantação e a implementação das ouvidorias.

Com ampla participação, os grupos — nomeados em homenagem às especificidades territoriais e culturais da Região Sul — apresentaram propostas que reafirmam as ouvidorias como instrumentos fundamentais de democratização da gestão em saúde, fortalecendo o diálogo entre Estado e sociedade e contribuindo para o aperfeiçoamento da gestão e da participação social no SUS.