Estudo atesta eficácia de vacina diluída contra a febre amarela
Um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), em parceria com o Instituto de Biologia do Exército, apontou que a utilização da vacina de febre amarela em doses reduzidas não altera a eficácia da mesma em indivíduos adultos, mesmo quando a quantidade de antígenos é quase 50 vezes inferior à presente nas doses utilizadas atualmente. Para chegar à conclusão, 900 homens com idade média de 19 anos foram divididos em seis grupos e receberam vacinas com diferentes quantidades do antígeno: a padrão e as reduzidas em cerca de três; nove; 50; 150 e 900 vezes.
"Com exceção das duas doses mais baixas, a resposta imunológica foi similar. Além disso, nos quatro primeiros grupos, não houve aumento de eventos adversos nem diferença significativa na persistência dos anticorpos nos 10 meses seguintes à vacinação", informa o consultor científico da Fiocruz e um dos autores da investigação, Reinaldo Martins. Após a vacinação os voluntários foram reconvocados e submetidos a exames sorológicos para avaliar se a imunidade se manteve em longo prazo.
Martins afirma que o estudo respalda a validade da estratégia de reduzir as doses para controlar o surto em caso de expansão para áreas densamente povoadas. Ele, no entanto, ressalta que ainda é necessário replicar o teste com crianças para verificar se a resposta também será positiva. “Iniciaremos esse trabalho provavelmente neste ano de 2018. Caso os achados se repitam, podemos cogitar usar doses reduzidas até mesmo na vacinação de rotina”, avalia. “Por enquanto, essa é uma opção para situações emergenciais, como agora quando há aumento súbito de demanda e a necessidade de vacinar rapidamente grandes contingentes da população”, completa.
Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)
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