Cesarianas no Brasil: preferência das gestantes ou dos médicos?
"Em geral, o parto deveria ser um evento essencialmente fisiológico, e segundo a Organização Mundial de Saúde não existem motivos que justifiquem uma taxa de cesariana superior a 15,0% em nenhum lugar do mundo. No entanto, essa taxa tem crescido em muitos países nos últimos 30 anos, e o Brasil já foi conhecido por ter a maior taxa de cesáreas do mundo. Dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2010, 52% dos partos no país foram cirúrgicos", observou o pesquisador do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde (Demqs/ENSP) Mario Vettore, em artigo sobre a preferência brasileira por cesarianas.
O artigo é assinado por Mario Vettore – que também já foi editor da revista Cadernos de Saúde Pública – e por Gabriela Lamarca. Segundo eles, na rede privada o índice nacional de partos cesarianos chega a 82%, e na rede pública, na qual ocorrem três quartos de todos os partos, atinge 37%. O Ministério da Saúde considera que as elevadas taxas de cesarianas são fatores determinantes da morbimortalidade materna e perinatal. Além disso, a cesariana tem se associado a condições indesejáveis, como o retardo na recuperação puerperal, tempo aumentado de internação, início tardio da amamentação e elevação de gastos para o sistema de saúde.
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Fonte: Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes)
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