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A cor e o sexo da fome: tema da Entrevista com autores de 'Cadernos'

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Publicado em:14/09/2022
No episódio da Entrevista com autores, produzida por Cadernos de Saúde Pública,  que aborda o artigo A cor e o sexo da fome: análise da insegurança alimentar sob o olhar da interseccionalidade, as pesquisadoras Silvana Oliveira, mestre em Nutrição e residente em Saúde Coletiva na Universidade Federal da Bahia; e Sandra Chaves, professora da Escola de Nutrição da mesma Universidade e vice-coordenadora da Rede de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional  . O vídeo está disponível no Canal ENSP no YouTube.

A condução da conversa ficou a cargo da editora associada de CSP e professora do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Inês Ruggani.


O trabalho objetiva analisar a (in)segurança alimentar domiciliar sob o olhar da interseccionalidade. Para isso, foram analisados 14.713 domicílios, utilizando-se um questionário estruturado e a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, além dos dados do estudo transversal Qualidade do Ambiente Urbano de Salvador - QUALISalvador, realizado entre 2018 e 2020 em Salvador, Bahia. A variável desfecho foi a situação de segurança alimentar (insegurança alimentar leve, moderada ou grave) e a variável exposição de interesse foi o cruzamento de raça/cor e sexo autodeclarado (homem branco, mulher branca, homem negro, mulher negra). 

Modelos de regressão logística multinominal foram usados para estimar a associação entre a exposição de interesse e o desfecho, ajustada a partir de questões socioeconômicas estratificadas segundo escolaridade e renda familiar per capita. Diante disso, concluiu-se que domicílios chefiados por mulheres negras apresentaram maior chance de insegurança alimentar leve e moderada ou grave em relação aos domicílios chefiados por homens brancos, além de maior chance de insegurança alimentar moderada ou grave em todos os níveis de escolaridade e nas faixas de até 1/2 salário mínimo e > 1 salário mínimo. Quando os responsáveis foram homens negros, a maior chance se apresentou na faixa > 1 salário mínimo. A insegurança alimentar nos domicílios chefiados por mulheres negras, mesmo em condições socioeconomicamente favoráveis, revela-se como uma das consequências da interação estrutural do racismo e do sexismo.

Acesse o artigo completo aqui.


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