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Pesquisadora da ENSP participa de oficina sobre indicadores para monitorar PICS

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Publicado em:14/11/2023
Por Verônica Almeida (ObservaPICS)

Nesta sexta-feira (10/11), o Observatório Nacional de Saberes e Práticas Tradicionais, Integrativas e Complementares em Saúde (ObservaPICS), da Fiocruz, promoveu a 'Oficina de Alinhamento de Indicadores e Metas em PICS', mais um encontro do Projeto de Apoio Institucional para Fortalecimento da PNPIC nos estados (Fortespics). O Observatório de Práticas Integrativas é vinculado à Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (Vpaaps) da Fiocruz. Além da equipe técnica do ObservaPICS, a oficina do Fortespics contará com a participação das pesquisadoras Mirna Teixeira e Patrícia Pássaro, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz). Mirna Teixeira é também colaboradora do Observatório.

“Como diz o nome, indicador indica alguma coisa. Se a gente não tem dados sobre o que está acontecendo nos estados e nos municípios sobre as PICS, isso gera uma invisibilidade para a política pública, você não consegue planejar, monitorar nem avaliar o que está acontecendo”, alerta Mirna. Além de ajudar a gestão federal, estadual ou municipal, os indicadores auxiliam os profissionais de saúde na assistência, completa a pesquisadora: “podem orientar as práticas, sendo fundamentais para qualquer processo de trabalho”. Nas PICS não há indicadores pactuados. O objetivo é pactuar coletivamente, selecionando os indicadores estratégicos, acrescenta. Dados sobre oferta e satisfação de usuário são considerados importantes. 

“Este apoio aos gestores estaduais foi iniciado em 2020 pelo Ministério da Saúde e assumido a partir de 2021 pelo ObservaPICS/Fiocruz. Realizamos vários encontros e um desenho preliminar sobre o andamento da implantação da política nos estados. Nesta oficina, durante o IV Congrepics, estaremos orientando a construção de indicadores que podem auxiliar cada gestão estadual para monitorar a oferta de práticas integrativas na rede SUS própria e dos municípios”, explica Islândia Carvalho, pesquisadora da Fiocruz Pernambuco e coordenadora do ObservaPICS.

FINANCIAMENTO E REGISTRO NO PRONTUÁRIO

Patrícia Pássaro lembra que é importante construir indicadores para institucionalizar as PICS enquanto práticas e conseguir a dotação de orçamento específico. “As práticas integrativas não podem ocorrer na forma de voluntariado dos profissionais de saúde. Além de mostrar o que está sendo feito, os indicadores ajudam a estabelecer metas, estimulam financiamento e monitoram como está sendo importante para a população”.

Profissionais do SUS que atuam com PICS nas unidades de saúde se queixam da falta de espaço nos prontuários para registrar a maioria das práticas reconhecidas. “Ter indicadores vai inclusive pressionar a abertura de campos nos prontuários para esses registros. Enquanto isso não é modificado, recomendo que os trabalhadores anotem em cadernos, numa planilha eletrônica ou no prontuário de papel para que os estados e os municípios olhem para esse registro”, orienta Patrícia. Ela é pesquisadora  do Laboratório de Avaliação de Situações Endêmicas Regionais (Laser/ENSP/Fiocruz) e perita no Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro em avaliação de políticas públicas.

DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

Na sexta-feira (10/11) à tarde, a apoiadora institucional do ObservaPICS, Carine Nied e  a pesquisadora da ENSP, Mirna Teixeira,  apresentaram o projeto Fortespics no IV Congrepics, com o diagnóstico situacional da política de práticas integrativas nos estados, trabalho atualizado recentemente durante as atividades conjuntas do projeto Fortespics. Nesta quarta-feira (8/11) ela adiantou dados no Encontro de Referências Estaduais em PICS, promovido pelo Ministério da Saúde no IV Congrepics.

No SUS, conforme a PNPIC, as práticas integrativas devem ser complementares ao tratamento biomédico e estão presentes principalmente na Atenção Primária à Saúde (APS), auxiliando no controle de sintomas de doenças crônicas e na promoção do bem-estar físico, mental e emocional.


IV CONGREPICS

O congresso é organizado pela Rede de Atores Sociais em PICS (RedePics Brasil) com apoio de instituições como o ObservaPICS/Fiocruz, Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e as Secretarias Estaduais de Saúde de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A programação inclui apresentação de trabalhos científicos, relatos de experiências no SUS, conferências, debates e demonstração de práticas integrativas. Profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS, consultores técnicos, pesquisadores de diversas universidades brasileiras e outros atores sociais da área participam do evento que prossegue até sábado. Site do IV Congrepics: https://www.even3.com.br/ivcongrepics/

O encontro com gestores estaduais (coordenadores, gerentes e referências técnicas em PICS) foi realizado no Hotel Sesc Cacupé, em Florianópolis (SC), durante as atividades do IV Congresso Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, iniciado oficialmente nesta quarta (8/11) e que prossegue até sábado (11/11), reunindo profissionais de saúde, usuários, pesquisadores e outros atores sociais envolvidos com a temática.



Fonte: ObservaPics
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