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II Seminário Diálogos de Gestão, da ENSP, destaca segurança pública, crise climática e soberania na inovação

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Publicado em:14/11/2025

*Por Isabelle Ferreira

Perspectivas socioambientais, gestão colaborativa e segurança pública foram algumas das temáticas centrais abordadas no II Seminário Diálogos de Gestão, realizado nos dias 12 e 13 de novembro pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz). O encontro, que ocorreu no auditório térreo da Escola, promoveu a intersecção de experiências e conhecimento na área de gestão em saúde pública. Com o tema, “Construindo um futuro soberano”, o evento foi transmitido pelo canal da instituição no YouTube e contou com tradução simultânea em Libras.

O coordenador do seminário, Lisâneo Melo, abriu o evento destacando a importância de uma reforma administrativa voltada ao combate dos privilégios sociais e à defesa do serviço público. “Para alcançar a soberania da nação brasileira é necessária uma tríade: povo, território e soberania”, afirmou. Segundo ele, a ausência dessa tríade compromete a independência e a autonomia do país, o que reforça o papel dos debates como contribuição para o fortalecimento da gestão em saúde pública.


A analista de Gestão em Saúde Jordânia Lira, representando a Vice-Direção de Ensino da ENSP, parabenizou a iniciativa e ressaltou o potencial do seminário como espaço de troca de experiências, integração coletiva e construção compartilhada de conhecimento. “O seminário representa uma valiosa oportunidade de dar visibilidade às ações desenvolvidas no âmbito da gestão em saúde. Mais que um encontro, ele se consolida como um ambiente de fomento à gestão colaborativa”, destacou. A servidora também enfatizou a relevância da pauta sobre acessibilidade e inclusão, alinhada ao compromisso institucional de construção de um futuro soberano e para todos.

O diretor da ENSP/Fiocruz, Marco Menezes, deu ênfase à importância de aprofundar o debate público sobre os modelos de desenvolvimento social e de gestão. Ele abordou temas como emergência climática, segurança pública e crise hídrica, destacando a participação da Fiocruz em agendas estratégicas, como a COP 30, a Cúpula dos Povos e também no recente Manifesto por uma Segurança Pública Cidadã. “A saúde, para nós, é o eixo orientador da ação climática global. Antes de tudo, a crise climática é uma crise de saúde. E, para esta instituição, a defesa da vida vem em primeiro lugar”, afirmou Menezes. O diretor também ressaltou a relevância de iniciativas como o seminário, que dialogam com o conceito ampliado de saúde e reforçam a contribuição da gestão pública na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.


A gerente de Inovação e Gestão Estratégica da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ), Suzana Campos, destacou a necessidade de enxergar o gestor público não apenas como um burocrata, mas como um agente de transformação social. “O debate sobre a soberania do servidor público é essencial, porque somos agentes de transformação social”, afirmou. Segundo ela, a condução de sistemas e serviços públicos na área da saúde envolve complexidade; intuição e a mobilização de capacidades cognitivas e habilidades estratégicas. Campos defendeu ainda o fortalecimento da soberania na inovação e no desenvolvimento de diagnósticos, vacinas e medicamentos para o Sul Global, citando como exemplo as lições deixadas pela pandemia de Covid-19.

Durante os dois dias de atividades, o seminário também contou com ações culturais voltadas à integração da comunidade da ENSP e Fiocruz, como a apresentação musical da cantora e compositora EVY e o Programa Livro em Movimento, que promove a troca e doação de livros e o incentivo contínuo à leitura. Nesta edição, a iniciativa destacou o Novembro Negro, estimulando a doação de obras de autores e autoras negras, em prol da ampliação do acesso à literatura diversa.




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