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Brasil integrará pesquisa internacional sobre idoso

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Publicado em:03/10/2012

O Brasil é o primeiro país da América do Sul a participar do consórcio Estudo Longitudinal das Condições de Saúde e Bem-Estar da População Idosa – denominado ELSI-BRASIL. A pesquisa pretende levantar condições de vida e de saúde dos idosos. Os demais países participantes são Estados Unidos e Canadá, na América do Norte, 11 países europeus, além do Japão, Índia, China e Coreia do Sul, na Ásia.

 

Atualmente, existem, no Brasil, cerca de 21 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, o que representa em torno de 11% do total da população, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, de 1950 a 2025, a quantidade de idosos no país aumentará 15 vezes. Com isso, o Brasil ocupará o sexto lugar no total de idosos, alcançando, em 2025, aproximadamente 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais.

 

O objetivo principal do estudo é investigar a evolução e a realidade das condições de saúde, capacidade funcional e do uso dos serviços de saúde entre os idosos. A coordenadora do ELSI-BRASIL, a médica e pesquisadora Maria Fernanda Lima e Costa, afirma que essa é uma pesquisa importante ao se levar em conta dados das Nações Unidas sobre envelhecimento populacional: em 2020, a população com mais de 65 anos será superior a de crianças com menos de 5 anos. Ela revela outro número impactante sobre o cenário atual. No Brasil, 36,5% das pessoas com mais de 50 anos apresentam algum tipo de incapacidade funcional ou dificuldades para realizar uma tarefa, seja atravessar a rua, subir escadas ou ouvir. Na Inglaterra, esse número cai para 23%.

 

Os tópicos mais importantes dizem respeito à aposentadoria e suas consequências para a saúde, situação socioeconômica, estrutura domiciliar e familiar. Esses são aspectos comuns aos vários países participantes, o que possibilita comparações internacionais. No Brasil, o primeiro ciclo do estudo terá duração de seis anos, com entrevistas com 15 mil pessoas. O investimento do Ministério da Saúde para esse estudo é de R$ 6,5 milhões.

 

O Ministério da Saúde também desenvolve o projeto piloto Observatório Nacional do Idoso. O objetivo é garantir subsídios para a construção de uma linha de cuidado para a pessoa idosa articulada com as redes de atenção já existentes. A iniciativa é uma parceria entre o Ministério da Saúde, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (São Paulo) e a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba (PR).

 

A coordenadora da Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Cristina Hoffmann, explica que o processo de envelhecimento ativo e saudável começa na juventude, antes de a pessoa chegar aos 60 anos. “É o processo de melhoria das oportunidades de saúde, participação e segurança, para aumentar a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem”. Segundo ela, o conceito emerge como modelo para as políticas públicas, por ampliar o foco de atenção para dimensões positivas da saúde para além do controle de doenças. Cristina afirma que os programas do Ministério, como Academias da Saúde e Saúde da Família, são essenciais à meta Envelhecimento Ativo, assumida pelo governo brasileiro com a Organização Mundial de Saúde.


Fonte: Blog da Saúde
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