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ENSP realiza mapeamento inédito de competências da Área de Assistência do CRPHF

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Publicado em:05/08/2025
O Serviço de Gestão do Trabalho (SGT), vinculado à Vice-Direção de Desenvolvimento Institucional e Gestão (VDDIG) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), concluiu o processo de Mapeamento de Competências da Área de Assistência do Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF). A iniciativa foi viabilizada por meio do edital de fomento a ações de inovação promovido pelo Pólen/ENSP.

Pioneiro na instituição, o projeto representa a primeira vez que uma área de assistência tem suas competências formalmente mapeadas. A ação marca o início da adoção do modelo de gestão por competências, prática prevista no Decreto 5.707/2006, que trata da Política de Desenvolvimento de Pessoal da Administração Pública Federal. Além de seguir diretrizes da Fiocruz, o modelo é um dos requisitos para a Acreditação do Ambulatório do CRPHF.

De acordo com Talita Nascimento, servidora responsável pela liderança do projeto, o desenvolvimento de competências deve ser entendido como uma responsabilidade compartilhada. “Não cabe apenas aos trabalhadores, mas à própria instituição, que deve considerar fatores como ambiente organizacional, valores institucionais e práticas coletivas”, afirmou.

O processo foi conduzido a partir da metodologia da Escola Corporativa da Fiocruz e contou com a participação de profissionais de diferentes áreas da ENSP: Talita Nascimento e Patricia Lemos (SGT), Jordânia Costa e Selma Ribeiro (VDE) e Simone Oliveira (CESTEH).

A primeira etapa do trabalho definiu a competência central da área de assistência:

“Oferecer a integralidade do cuidado ao usuário, com qualidade, por meio da articulação interna e externa dos serviços de saúde, buscando a segurança do paciente, a equidade e o respeito à diversidade.”

Em seguida, por meio de duas oficinas, trabalhadores do ambulatório e da farmácia do CRPHF participaram ativamente da construção coletiva das cinco competências funcionais da área:

Trabalho em rede: promover a articulação entre redes internas e externas, por meio de fluxos formais e informais, integrando os diferentes níveis da assistência.

Foco em qualidade e segurança: fomentar a cultura da qualidade e segurança do paciente, alinhando-se às normas e metas do Ministério da Saúde.

Comunicação: garantir uma comunicação clara e acessível, adaptada aos diferentes públicos, promovendo segurança e integridade no atendimento.

Inteligência emocional: lidar com situações adversas reconhecendo emoções próprias e alheias, com apoio da equipe.

Gestão do conhecimento: compartilhar saberes e experiências, favorecendo decisões colaborativas e a continuidade do cuidado ao usuário.

O grupo também validou os valores fundamentais da área: ética, acolhimento, respeito, empatia, equidade, comprometimento, respeito à diversidade e solidariedade.

Para o chefe do CRPHF, Paulo Victor de Sousa Viana, o mapeamento representa um marco estratégico na gestão do Centro. “Este instrumento inovador oferece uma visão clara sobre nossas capacidades e potencialidades. É uma contribuição significativa para a qualificação dos serviços públicos prestados à população. Que sirva de inspiração para novas ações voltadas à valorização dos trabalhadores e à efetividade das entregas em saúde pública.”

A experiência foi apresentada no II Seminário Internacional de Laboratórios de Inovação no Setor Público (ENSP/Fiocruz), realizado no dia 3 de julho.
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