Setembro amarelo: evento debate suicídio sob a perspectiva de gênero
No dia 11 de outubro, o III Fórum de Pesquisa em Ciências Sociais e Saúde Pública vai debater ‘Suicídio sob a perspectiva de gênero’. Promovido pelo Departamento de Ciências Sociais (DCS) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), o evento terá como expositora Karina Cardoso Meira, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e membro do Grupo de Trabalho de Violência e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). O debatedor será o pesquisador da ENSP e coordenador do fórum, Raphael Mendonça Guimarães. O encontro será às 13h, com transmissão ao vivo pelo canal da Escola no Youtube.
O Fórum de Ciências Sociais em Saúde Pública é uma iniciativa do Departamento de Ciências Sociais para a discussão de temas emergentes em saúde pública cujos modelos explicativos estejam fortemente ancorados em questões sociais. "Reconhecemos que a carga e doenças associada às causas externas no Brasil, e na América Latina de forma mais geral, é importantíssima para a descrição do cenário epidemiológico da região. Por isso, consideramos oportuno ter este fórum justamente no mês de setembro", afirma Guimarães.
A campanha do Setembro Amarelo, dedicada à prevenção do suicídio, teve início no Brasil em 2015, e que visa conscientizar as pessoas sobre a questão. Segundo dados de 2022 da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem anualmente devido ao suicídio. Esses números indicam que uma a cada 100 mortes registradas no planeta acontecem devido ao suicídio. "É um problema de saúde pública notável, e precisa ser abordado sob a perspectiva das ciências sociais. Mais especificamente, sob a perspectiva do gênero, que persiste como um importante diferencial para diversos desfechos em saúde", alerta.
Ainda segundo Raphael Guimarães, e importante também reconhecer que a concepção que gênero extrapola o conceito de sexo, "tendo em vista que as diferenças entre as pessoas são produzidas pela cultura e arranjos pelos quais uma sociedade transforma a sexualidade biológica em realizações da vida humana". O pesquisador destaca que a discussão de gênero envolve questões estruturais que estão profundamente associadas à violência e as desigualdades de gênero em geral.
A segunda edição do encontro do Fórum discutiu o tema ‘Lições do Pacto Federativo: pandemia, tensões e inovações’, em outubro de 2022. Já na estreia, a palestra foi sobre ‘Crise econômica, austeridade fiscal e mortes por desespero no Brasil’.
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