Encontro 'Plantando Sementes e Curando Vidas' articula Fiocruz-PE e Neepes/ENSP com etnias indígenas do Nordeste
Na coordenação do projeto encontra-se André Monteiro do Laboratório de Saúde, Ambiente e Trabalho (Lasat/Fiocruz-PE) e Marina Fasanello do Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde (Neepes/ENSP/Fiocruz), em parceria com Marcelo Tingui do Território Indígena Tinguí-Botó/AL e Kleber Xukuru do Ororubá/PE, e a colaboração da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo/Apoinme. Conta também com a parceria de grupos acadêmicos como a Faculdade de Psicologia da Universidade de Alagoas, Universidade de Pernambuco e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
No dia 8 de março, teremos três mesas no Auditório do Laboratório de Computação Científica e Visualização (LCCV) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). A primeira será uma mesa de abertura do Seminário com Saulo Fernandes (UFAL), André Monteiro (Fiocruz-PE) e Tanawy (Apoinme). A segunda delas terá como tema as Narrativas Indígenas do Nordeste: audiovisual e diálogos interculturais nas lutas por saúde, dignidade e direitos territoriais. Os palestrantes serão Marcelo Tingui e Kleber Xukuru, com moderação de Marina Fasanello (Neepes/ENSP/Fiocruz). A terceira mesa fala de uma Promoção emancipatória da saúde em territórios indígenas no semiárido: diálogos interculturais como estratégia de enfrentamento às mudanças climáticas. Os palestrantes serão Jairã Tingui e Iran Xukuru, com moderação de Marcelo Firpo (Neepes/ENSP/Fiocruz).
Nos dias 9 e 10 de março, em um espaço de partilha de saberes e diálogos interculturais, na Aldeia Tingui-Botó, teremos oficinas, rodas de conversa e trilhas ecológicas com pesquisadores acadêmicos, pesquisadores do território, lideranças e anciões da Aldeia.
Esta pesquisa busca intensificar processos de resgate de saberes e práticas tradicionais que avancem na recuperação dos ecossistemas para a produção de alimentos e plantas tradicionais, tornando tanto os ecossistemas como as populações locais mais resilientes.
O estudo é desenvolvido em dois territórios indígenas, das etnias Tingui-Botó, em Alagoas Xukuru do Ororubá, em Pernambuco. Ambos inseridas no semiárido e vulnerabilizados pela desertificação e agravamento de problemas de saúde.
A pesquisa tem por base a edição anterior, que apontou para necessidade de apoiar e fortalecer alternativas sustentáveis e interculturais que integrem ações e práticas tradicionais de reflorestamento, de agricultura e de cuidado em saúde e sua relação com SasiSUS, no enfrentamento às vulnerabilidades emergentes e reemergentes em saúde nestes territórios indígenas (TIs). No âmbito da promoção da saúde, da agroecologia e agricultura do sagrado, estão sendo desenvolvidas também atividades de educação e formação com os Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN), assim como a sistematização e resgate de sementes, contribuindo para restauração florestal. Além disso, está sendo realizado registro audiovisual visando a saúde do território e o engajamento de jovens na defesa do território e da cultura tradicional.
O projeto faz parte do Edital Inova Indígena e dá continuidade à cooperação anterior entre a Fiocruz-PE e a ENSP. Nos anos 2021 e 2022 foi desenvolvido o projeto “Narrativas, memórias e diálogos interculturais: construindo uma rede audiovisual indígena do Nordeste como estratégia de uma promoção emancipatória da saúde para o fortalecimento do SasiSUS nos territórios”. O projeto resultou, entre outros, na plataforma Narrativas Indígenas, que disponibiliza mais de 100 vídeos produzidos por coletivos audiovisuais Indígenas do Nordeste.
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