Benzeno: evento na ENSP discute avaliação de trabalhadores expostos
O benzeno, substância cancerígena existente nos combustíveis, está presente em diversos ambientes e processos de trabalho. Desde os anos 2000 vem ganhando força a discussão sobre a exposição ao benzeno dos trabalhadores de postos de combustíveis, decorrente da presença dessa substância na gasolina. O Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP/Fiocruz) há algumas décadas, vem implementando esforços com várias instâncias de governo no sentido de aprimorar as ações na luta contra o benzeno. Em alusão ao Dia Nacional de Luta contra a Exposição ao Benzeno - lembrado em 5 de outubro - o Cesteh/ENSP promoverá mais uma atividade da série Encontros do Cesteh, que debaterá a pesquisa Avaliação ambiental e indicadores de genotoxicidade em trabalhadores expostos a benzeno em postos de combustíveis. O encontro é aberto a todos os interessados e está marcado para quarta-feira, 8 de novembro, na sala 32 do Cesteh, a partir das 12 horas.
O objetivo da pesquisa foi estudar os efeitos genotóxicos decorrentes da exposição crônica a benzeno oriundos ambientalmente e ocupacionalmente dos vapores. Foi feita a comparação de uma população formada por trabalhadores expostos ocupacionalmente ao benzeno em baixas doses, oriundos de postos revendedores de combustíveis da zona oeste do Rio de Janeiro, localizados na Área de Planejamento AP 5.3 do município do RJ, que compreende os bairros de Paciência, Santa Cruz e Sepetiba, e uma população exposta ambientalmente ao benzeno, sendo formada por trabalhadores das portarias terceirizados da Diretoria de Administração do Campus da Fiocruz.
A pesquisa apontou que as avaliações ambiental e individual identificaram concentrações de benzeno no ar atmosférico dentro dos valores permitidos pela legislação em todos os postos de combustíveis e portarias avaliados. O que não descarta o alto risco toxicológico crônico desta exposição. Segundo Rita Mattos, pesquisadora do Cesteh/ENSP e coordenadora da CCI da ENSP, os pesquisadores questionam os níveis estabelecidos pela legislação brasileira, pois não existem limites seguros à saúde para a exposição a essa substância. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), classifica o benzeno como cancerígeno do Grupo 1 - nível mais alto.
Leia mais sobre benzeno.
O objetivo da pesquisa foi estudar os efeitos genotóxicos decorrentes da exposição crônica a benzeno oriundos ambientalmente e ocupacionalmente dos vapores. Foi feita a comparação de uma população formada por trabalhadores expostos ocupacionalmente ao benzeno em baixas doses, oriundos de postos revendedores de combustíveis da zona oeste do Rio de Janeiro, localizados na Área de Planejamento AP 5.3 do município do RJ, que compreende os bairros de Paciência, Santa Cruz e Sepetiba, e uma população exposta ambientalmente ao benzeno, sendo formada por trabalhadores das portarias terceirizados da Diretoria de Administração do Campus da Fiocruz.
A pesquisa apontou que as avaliações ambiental e individual identificaram concentrações de benzeno no ar atmosférico dentro dos valores permitidos pela legislação em todos os postos de combustíveis e portarias avaliados. O que não descarta o alto risco toxicológico crônico desta exposição. Segundo Rita Mattos, pesquisadora do Cesteh/ENSP e coordenadora da CCI da ENSP, os pesquisadores questionam os níveis estabelecidos pela legislação brasileira, pois não existem limites seguros à saúde para a exposição a essa substância. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), classifica o benzeno como cancerígeno do Grupo 1 - nível mais alto.
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