Benzeno: evento na ENSP discute avaliação de trabalhadores expostos
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O objetivo da pesquisa foi estudar os efeitos genotóxicos decorrentes da exposição crônica a benzeno oriundos ambientalmente e ocupacionalmente dos vapores. Foi feita a comparação de uma população formada por trabalhadores expostos ocupacionalmente ao benzeno em baixas doses, oriundos de postos revendedores de combustíveis da zona oeste do Rio de Janeiro, localizados na Área de Planejamento AP 5.3 do município do RJ, que compreende os bairros de Paciência, Santa Cruz e Sepetiba, e uma população exposta ambientalmente ao benzeno, sendo formada por trabalhadores das portarias terceirizados da Diretoria de Administração do Campus da Fiocruz.
A pesquisa apontou que as avaliações ambiental e individual identificaram concentrações de benzeno no ar atmosférico dentro dos valores permitidos pela legislação em todos os postos de combustíveis e portarias avaliados. O que não descarta o alto risco toxicológico crônico desta exposição. Segundo Rita Mattos, pesquisadora do Cesteh/ENSP e coordenadora da CCI da ENSP, os pesquisadores questionam os níveis estabelecidos pela legislação brasileira, pois não existem limites seguros à saúde para a exposição a essa substância. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), classifica o benzeno como cancerígeno do Grupo 1 - nível mais alto.
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