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ENSP repudia invasão da Escola Florestan Fernandes do MST por policiais

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Publicado em:04/11/2016

A Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca vem à público repudiar a invasão da Escola de Nacional Florestan Fernandes, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, pela polícia civil de São Paulo. Na manhã desta sexta-feira, 4 de novembro, policiais pularam os muros da escola, que fica na cidade de Guararema, e chegaram a disparar contra o chão. A ação faz parte de uma operação das polícias de São Paulo e do Paraná que tem o objetivo de prender integrantes do MST que, segundo a polícia, são suspeitos roubo, invasão de propriedade, cárcere privado entre outros crimes. De acordo com o que relatou uma liderança do MST à revista Carta Capital, os policiais que invadiram a escola Florestan Fernandes mostraram um mandado de prisão no celular, contra uma mulher do Paraná, que não estava no local. Em nota, o movimento disse que trata-se de mais uma ação em busca de criminalizar o MST e prender lideranças de um acampamento no Paraná que ocupa terras da empresa Araupel. As terras teriam sido griladas e declaradas públicas pela união, tendo que ser, portanto, destinadas à reforma agrária. A nota do MST lembra que, no mesmo lugar, dois sem-terras foram mortos em abril deste ano e que a Araupel é um grupo com histórico de violência contra os trabalhadores rurais e com capilaridade entre as forças policiais e de estado, tendo financiado campanhas de importantes políticos paranaenses.

 

ENSP repudia invasão da Escola Florestan Fernandes do MST por policiais


A ENSP se solidariza com a Escola Florestan Fernandes, com quem tem estreitos laços de colaboração compartilhando conhecimentos e saberes que dizem respeito à saúde pública, ao trabalho no campo e à luta por justiça social e ambiental. Desde 2013 a ENSP oferece um mestrado Mestrado Profissional em Trabalho, Saúde, Ambiente e Movimentos Sociais que tem por objetivo capacitar lideranças do campo para lidarem com temas urgentes como a questão dos agrotóxicos, a luta por um modelo sustentável de exploração de recursos naturais entre outros. A invasão de uma escola com força policial é desproposital e um sintoma do atual momento político, em que movimentos sociais são criminalizados e em que aqueles que lutam contra as sucessivas perdas de direitos sociais impostas pelos governantes são reprimidos com violência.


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1 comentários
CELINA SANTOS BOGA MARQUES PORTO
05/11/2016 10:31
Bom dia a todos Quero parabenizar a direção da Escola pela nota e pelo posicionamento! Quem de perto pôde conhecer a experiência da Escola Florestan Fernandes (alguns já estiveram lá) e testemunhou o desenvolvimento do Mestrado Profissional em Trabalho, Saúde, Ambiente e Movimentos Sociais, não pode ficar indiferente a essa violência. Observamos a cada dia a truculência praticada contra aqueles que, no campo, nas cidades, nas periferias, nas escolas do bairro, se manifestam contra os atos que ferem direitos de cidadania e comprometem o futuro do ensino, da liberdade de pensamento e do exercício - sempre difícil - da democracia. Celina Boga