Abraço coletivo a colégio depredado em Manguinhos é convocado para esta sexta, 22
"Aqui tudo parece que é ainda construção e já é ruína". A frase de Caetano Veloso, que abre a canção "Fora da Ordem", é do início dos anos 90, uma época marcada pela extrema violência, pobreza e desesperança no Brasil. Como um eterno retorno, é a essa atmosfera que voltamos, hoje, ao saber de notícias como a da depredação da escola Compositor Luíz Carlos da Vila, em Manguinhos. Inaugurada como um símbolo do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a piscina da escola ao redor da qual Lula, Dilma, Sérgio Cabral e Eduardo Paes exibiram sorrisos satisfeitos, em 2009, é hoje um criadouro de mosquitos. Chuveiros, lâmpadas e até mesmo janelas e tampas de panela já foram roubadas da escola, que tem mais de mil alunos. Com a intenção de sensibilizar a sociedade para a situação, será dado, nesta sexta-feira, 22 de julho, um abraço coletivo no colégio. O ato está marcado para às 12 horas. O Colégio Compositor Luíz Carlos da Vila fica em frente a Biblioteca Parque de Manguinhos e à Clínica Victor Valla. Um ponto de encontro está previsto para às 11:40 em frente a portaria da ENSP.
Para o sábado, 23, está programada uma roda de conversa para se discutir os problemas pelo qual passa a comunidade escolar. O Colégio Estadual Luíz Carlos da Vila foi uma das dezenas de escolas ocupadas recentemente no Rio de Janeiro por alunos que protestavam contra as os baixos salários dos professores, a precariedade das instalações e, em alguns casos, a gestão autoritária de diretores. Segundo os estudantes, nenhum dano ou roubo foi feito durante a ocupação, que durou de abril a junho deste ano.
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