INFORME ENSP

A Comissão de Gestão Sustentável da ENSP foi criada com o objetivo de elaborar as diretrizes que norteiam a política interna de sustentabilidade da Escola e coordenar a implementação de suas ações. Formada por uma equipe multidisciplinar, a comissão pretende ainda elaborar um plano de ações sustentáveis e pôr em prática na Escola, cada vez mais, ações que visam à sustentabilidade.

Para falar um pouco sobre a criação do grupo e suas atribuições, a secretária executiva da comissão, Flávia Ramos Guimarães, concedeu entrevista ao Meu Portal. Flávia esclarece o que é a comissão e como pretende contribuir para incluir totalmente a ENSP nos critérios socioambientais. Confira abaixo a entrevista na íntegra.

Meu Portal ENSP: Quais são as atribuições da Comissão de Gestão Sustentável da ENSP?

Flávia Ramos Guimarães: A Comissão de Gestão Sustentável (CGS) tem caráter consultivo e executivo com a finalidade de elaborar as diretrizes que norteiam a política interna de sustentabilidade e coordenar a implementação das ações pertinentes, articulando e intermediando nas instâncias internas e externas. Dessa forma, as atribuições da CGS são elaborar o Plano de Ação da Gestão Sustentável, estabelecer os principais indicadores e acompanhar sua evolução. A partir dessa ação, será possível elaborar o Relatório de Sustentabilidade da ENSP e propor ações de melhoria na área de sustentabilidade.

Meu Portal ENSP: A comissão é composta de que forma?

Flávia Ramos Guimarães: A equipe tem formação multidisciplinar, composta por experts de diferentes áreas. Essa estrutura permite a apropriação de diversos conhecimentos dentro do contexto institucional no que tange ao estado da arte das ações socioambientais. Representantes e expoentes das áreas da pesquisa, compras, infraestrutura, qualidade, comunicação, cooperação social, planejamento e biossegurança compõem a equipe. O apoio da Direção é ratificado pela presença de representante da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), como membro técnico da equipe, e o acompanhamento da Vice-Direção de Desenvolvimento Institucional e Gestão (VDDIG/ENSP).

Meu Portal ENSP: A comissão pretende pôr em prática na Escola que tipo de ações?

Flávia Ramos Guimarães: Diversas ações sustentáveis foram realizadas na ENSP e devem seguir como um processo contínuo. Uma parceria com a Eletrobras possibilitou a troca de aparelhos de ar condicionado e de um conjunto de luminárias por equipamentos mais eficientes. A continuidade de tais ações é viabilizada pela compra, com critérios sustentáveis, dos equipamentos. Atualmente, a inclusão desses critérios se estende para diversos itens de mobiliário, escritório, TI verde, equipamentos eficientes e serviços.

A CGS encontra-se em fase de planejamento e levantamento do estado da arte das ações socioambientais existentes da ENSP. O planejamento bem elaborado garante maior probabilidade de sucesso das ações, bem como o investimento dos recursos públicos em busca da melhor relação custo-benefício.

A atuação da CGS é delimita por quatro eixos estratégicos (ecoeficiência, qualidade de vida, gerenciamento integrado de resíduos e transparência, comunicação e sensibilização em sustentabilidade) e prevê ações que envolvem a redução do consumo e do desperdício de energia, água e insumos; indução de hábitos e práticas saudáveis e sustentáveis e a correta segregação dos resíduos para destinação final adequada, diminuindo o impacto ambiental.

Como marco inicial, as ações planejadas englobam a sensibilização do público-alvo e a disseminação de valores sustentáveis, a serem concretizadas por meio da campanha de redução do uso de copos descartáveis e da criação do blog da CGS. Entretanto, algumas demandas chegaram à CGS e se transformaram em ações concretas, como o documento Recomendações para inclusão de critérios de sustentabilidade no projeto para a construção do prédio de laboratório da ENSP no campus Manguinhos.

Meu Portal ENSP: A respeito da inclusão de critérios sustentáveis para o Prédio de Laboratórios da ENSP, o que aponta o documento?

Flávia Ramos Guimarães: O estudo inicial do Prédio de Laboratórios da ENSP foi apresentado pela equipe técnica da Diretoria de Administração de Campus (Dirac) para a CGS em dezembro de 2012. A partir daí, os membros da comissão discutiram e consolidaram as recomendações para serem incorporadas ao estudo em andamento.

O documento citado anteriormente indica a necessidade de incluir critérios que contemplem: utilização de materiais sustentáveis na construção (madeira certificada, agregados reciclados, tintas com menos impactante); soluções arquitetônicas (garantia de acessibilidade, telhado verde, áreas de convivência, entre outras); ações de racionalização do uso da energia e água (equipamentos eficientes, aproveitamento da energia solar para aquecimento da água, elevadores inteligentes, utilização de filtros para melhoria da qualidade de água, reaproveitamento de água de chuva e cinzas, sistema individualizado de medição); gerenciamento de resíduos de construção civil (soluções sustentáveis para economia dos recursos naturais no canteiro de obras, contratação de mão de obra local e plano de gerenciamento de resíduos de construção civil); e abrigo de resíduos adequado à legislação e às normas técnicas.

Foi ressaltada a necessidade de inclusão de um acesso alternativo para o abrigo de resíduos, um elevador para o transporte de resíduo na área laboratorial e a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil.

Meu Portal ENSP: Qual é a importância desse documento para a Escola? O que muda com ele?

Flávia Ramos Guimarães: Esse documento apresenta recomendações de inclusão de critérios socioambientais que visam completar algumas ações contempladas no projeto de estudo e ampliar as propostas de sustentabilidade para o novo prédio. Essa nova construção pode se tornar um marco para instituição, reforçando o conceito de sustentabilidade com a prática da construção sustentável do ponto de vista social, econômico e ambiental alinhada às diretrizes governamentais.

Meu Portal ENSP: Por que é importante a criação da Comissão de Gestão Sustentável para uma instituição como a ENSP/Fiocruz?

Flávia Ramos Guimarães: A ENSP possui um papel crítico, inovador e indutor de políticas governamentais e mudanças culturais, em virtude de seu caráter de centro de pesquisa e formador de profissionais para o Sistema Único de Saúde. Dessa forma, a criação da CGS demonstra o compromisso institucional com a sustentabilidade, alinhando suas políticas aos novos paradigmas mundiais, diretrizes governamentais e na indução dos valores socioambientais.