Rio+20: Radis defende que sustentabilidade é saúde
Discussões em torno do documento oficial da Rio+20 expressam a complexidade e as contradições que permeiam o evento. Essa é a questão central da edição on-line da Radis de junho/2012, disponível no Portal ENSP. Intitulada 'Sem saúde não há sustentabilidade', a matéria de capa aponta que a relação entre desenvolvimento, ambiente e saúde é indissociável. "A ideia foi legitimada desde que, em abril de 1987, a ex-primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, então presidente da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, divulgou o relatório Nosso futuro comum, que tornou público o conceito de desenvolvimento sustentável".
Segundo a Radis, devido a esse reconhecimento, causou surpresa aos formuladores do campo da Saúde que a proposta inicial do documento oficial da Conferência, o Rascunho zero, ou O futuro que queremos, não fizesse referência à saúde humana. A Fiocruz, então, produziu um adendo visando à correção da falha. Foram preparados cinco parágrafos que condensam as principais demandas do campo da saúde e, por intermédio dos ministérios da Saúde e das Relações Exteriores, encaminhados ao G77 (bloco das nações em desenvolvimento, criado em 1964, e que hoje conta com mais de 130 países), para inclusão entre as modificações propostas ao documento.
As discussões promovidas dentro da Fiocruz também resultaram no documento Saúde na Rio+20: Desenvolvimento sustentável, ambiente e saúde, produzido pelo Grupo de Trabalho para a Rio+20. Durante todo o mês de maio, o texto recebeu sugestões e críticas dos pesquisadores da Fiocruz, pelo site www.sauderio20.fiocruz.br.