INFORME ENSP

A Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030 e a Iniciativa Saúde Amanhã convidam para mais um debate da série Diálogos Saúde Amanhã, com três dos mais importantes e reconhecidos pesquisadores brasileiros no campo dos estudos sobre a violência, os sociólogos Maria Cecília Minayo - pesquisadora emérita da Fiocruz - e Michel Misse, além do economista Daniel Cerqueira, para pensar sobre os desafios futuros que o 16º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 impõe à pesquisa e a políticas públicas que visem a proteção de territórios e o bem-estar de populações vulneráveis no Brasil.

“É preciso acumular forças para emplacar o Sistema Único de Saúde e a Atenção Primária do futuro e isso implica emplacar o SUS constitucional na agenda de todos os governos”, destacou o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Nésio Fernandes, ao participar do seminário A Estratégia Saúde da Família na garantia do direito à saúde e defesa do SUS, realizado em 14 de abril. Sob a coordenação da pesquisadora da ENSP e do CEE, Ligia Giovanella, que coordena a Rede de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde, o debate buscou associar-se aos preparativos da 17ª Conferência Nacional de Saúde, na proposição da retomada da prioridade da Estratégia Saúde da Família como modelo de atenção integral, resolutiva, territorial e comunitária, para a garantia do direito universal à saúde.

Na próxima terça-feira (11/4), será lançada a Política de Equidade Étnico-Racial e de Gênero da Fiocruz, elaborada com o objetivo de estabelecer princípios, diretrizes, normas, orientações e responsabilidades para o desenvolvimento de ações mais equânimes na instituição. O lançamento é realizado pelo Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz. Já na quarta-feira (12/4), a Presidência da Fiocruz apresenta o trabalho e as atribuições da nova Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa). 

Ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima proferiu, nesta sexta-feira (31/3), a Aula Inaugural do ano acadêmico da Fiocruz de 2023. Com o tema A Fiocruz e eu: percurso afetivo e reflexivo sobre a nosso história recente, a ministra recordou sua trajetória na Fundação desde 1987, quando passou a integrar os quadros da instituição, fazendo sempre um paralelo com a redemocratização do país, processo que teve início dois anos antes. Foi uma palestra plena de afetos e memórias, com lembranças orais e fotografias do seu percurso na Fundação, mas também de defesa da democracia, da ciência e da saúde pública, marca da vida institucional da Fiocruz, que ela presidiu por seis anos, até janeiro deste ano, ocasião em que deixou o cargo para ser nomeada ministra da Saúde. 

O Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz Antonio Ivo de Carvalho (CEE-Fiocruz) publicou, em parceria com o Departamento de Ciências Sociais (DCS) da ENSP, uma edição da Revista Saúde e Debate sobre a Resiliência dos sistemas nacionais de saúde. O pesquisador Alessandro Jatobá, coordenador do projeto integrado Tecnologia, Informação e Resiliência em Saúde Pública do CEE-Fiocruz, é um dos editores do número temático, em conjunto com Nilson do Rosário Costa (DCS/ENSP), Paulo Roberto Fagundes da Silva (DCS/ENSP) e Paulo Victor Rodrigues de Carvalho (CEE-Fiocruz).

A Comissão Eleitoral encerrou, nesta sexta-feira (24/3), a apuração dos votos da Eleição Fiocruz para a Presidência. O candidato Mario Moreira foi eleito pelos servidores públicos ativos da instituição com 3.405 votos - 91,68% do total de 3.714 votos válidos. Moreira é o atual diretor executivo da instituição, onde trabalha desde 1994, e deverá concluir o mandato até 2024. O processo eleitoral foi convocado extraordinariamente pelo Conselho Deliberativo (CD) no dia 12 de janeiro, devido ao impedimento de exercício por Nísia Trindade Lima, nomeada ministra da Saúde.

Em comemoração aos 28 anos de existência, a revista Ciência e Saúde Coletiva inaugurou oficialmente uma nova sede na quarta-feira (22), no Rio de Janeiro. O espaço abrigará o comitê editorial executivo e editores chefes, além de disponibilizar estrutura voltada para o desenvolvimento e processo editorial da revista. A cerimônia ocorreu durante a celebração do aniversário de 85 anos da editora chefe da revista, Cecília Minayo.

Em um grande consórcio institucional de seis diferentes programas de pós-graduação, a Fundação Oswaldo Cruz lança hoje - em parceria com o Instituto Nacional de Saúde e a Universidade Lúrio, ambos de Moçambique, África - o edital do Programa Educacional em Sistemas de Saúde (SIS-Saúde Brasil/Moçambique). O seu objetivo central é fortalecer os sistemas de saúde da região. Para tanto, vai formar mestres e doutores moçambicanos, que atuarão no sistema nacional de saúde, na formação em saúde e na pesquisa, contribuindo para a qualificação de pessoal no campo da saúde pública e coletiva, bem como para os processos de planejamento, gestão e avaliação de sistemas de saúde. 

No mês da mulher, a pesquisadora da ENSP Maria Helena Machado, saúda todas as mulheres - em especial as trabalhadoras da saúde - que constituem a maioria absoluta dos mais de 4,5 milhões de trabalhadoras e trabalhadores do setor. As mulheres representam 77% da força de trabalho na Saúde. A saúde é feminina, constituída por enfermeiras, médicas, cirurgiãs dentistas, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticas, técnicas de enfermagem, de saúde bucal, de farmácia, radiologia, de análise clínicas, entre outras categorias, que atuam em todo o território nacional. A mulheres têm, também, forte presença em outras áreas que apoiam a área da Saúde, prestando serviços relevantes em profissões muitas vezes invisibilizadas socialmente. 

Mulheres são valiosas: saúde, diversidade e democracia na Fiocruz foi o tema do evento promovido pelo coletivo de mulheres da Fundação para marcar o Dia Internacional das Mulheres deste ano. O debate aconteceu nesta quarta-feira, na data instituída (8/3) para reforçar a reflexão sobre a luta das mulheres por direitos iguais. Antes do início, às 9h, trabalhadoras de diversas unidades se reuniram para a tradicional foto da comunidade feminina Fiocruz, em frente ao Castelo Mourisco, no campus Manguinhos-Maré, no Rio de Janeiro. As unidades de outros estados enviaram suas fotos, projetadas durante o evento.

Para marcar o Dia Internacional da Mulher, a Fundação está preparando diversas atividades. Como parte das ações, a Fiocruz convoca, no dia 8 de março, às 9 horas, suas trabalhadoras, alunas e colaboradoras para uma foto coletiva em frente ao Castelo Mourisco. Após a foto, todas estão convidadas a participar do evento “Mulheres são valiosas: saúde, diversidade e democracia na Fiocruz”.Participe!

A pesquisa “Ecocídio e Globalização dos Cerrados Brasileiros: resistências e lutas dos povos e comunidades originários e tradicionais pelos direitos à saúde e à vida”, desenvolvida no âmbito da cooperação internacional entre a Fiocruz e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES/Coimbra), tem por finalidade dar visibilidade social para o ecocídio a que povos originários e comunidades tradicionais dos cerrados brasileiros são infringidos. Também visa contribuir para a formulação de políticas de saúde e intersetoriais que superem os problemas sociais enfrentados por este segmento invisibilizado da população brasileira. O professor do Departamento de Ciências Sociais da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz (DCS/ENSP), Marcelo Rasga Moreira é um dos coordenadores da pesquisa.

Pesquisadores de diversas unidades da Fiocruz apoiam a Greve Global pelo Clima em Jacarezinho e Manguinhos que acontecerá no dia 3 de março, às 9h, na Avenida Dom Hélder Câmara, 2233, que tem por objetivo alertar para as mudanças climáticas e o sofrimento das populações, em especial, as mais vulnerabilizadas. 

Durante os meses de março e abril de 2023, a equipe do projeto Psicointegra Favela, da Coordenação de Cooperação Social da Fiocruz, promoverá oficinas abertas ao público com debates sobre o tema: A saúde na favela pela perspectiva antirracista. O ciclo formativo será realizado com as contribuições de uma equipe multidisciplinar, que irá trabalhar o tema do antirracismo a partir do olhar da promoção da saúde e da participação nos diversos níveis e instâncias do Sistema Único de Saúde (SUS). 

“A consolidação do SUS em seus princípios, como dizia Arouca, faz parte do processo civilizatório, da produção de uma democracia substantiva que enfrente as profundas desigualdades, o racismo estrutural e o genocídio dos povos indígenas”, destaca a pesquisadora da ENSP, Lígia Giovanella, em novo vídeo da série Futuro do SUS, do blog do CEE-Fiocruz. De acordo com a ela, à frente do projeto de pesquisa integrado do CEE Atenção Primária na Rede SUS, a consolidação do SUS requer a ampliação dos recursos para um financiamento adequado e suficiente, pois os gastos públicos em saúde no Brasil “são extremamente baixos”.