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Seminário de Ensino discute impacto da pandemia na Educação

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Publicado em:22/04/2021
Na tarde do dia 19 de abril, como parte da programação da abertura do ano letivo da Escola, aconteceu o Seminário de Ensino ENSP 2021, com o tema 2020: Ano perdido para a Educação?

A vice-diretora de Ensino da Escola, Lúcia Dupret, abriu o encontro com a apresentação de uma vídeorretrospectiva sobre os seminários de ensino da ENSP. “Muitos foram os desafios que vivemos no ano passado e continuamos vivendo. Tivemos que nos reinventar e ressignificar processos. A pergunta que motivou a realização dessa mesa foi: Tudo isso que vivemos influenciou e influenciará as novas formas de fazer, agir, pensar e produzir conhecimento em Educação?”.

Em seguida, a reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Carvalho, fez uma apresentação sobre a atuação da instituição frente à pandemia de Covid-19 em um contexto em que o Brasil precisa cumprir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no que diz respeito ao alcance do ensino de qualidade. “O ano de 2020 não foi um ano perdido para a Educação. Mas foi um ano atípico e distópico”, disse. Entre os principais desafios do país na Educação, Denise citou o pequeno número de doutores no país e o baixo percentual de indivíduos com nível superior, em comparação com alguns outros países. “A população não vai melhorar em emprego e renda, se não houver melhora no ingresso e  formação em nível superior”, alertou.

Entre as ações da UFRJ frente à Covid-19, a reitora citou o novo Centro de Triagem e Diagnóstico para a doença e o UFRJ Solidária, programa de voluntariado que vacina a população contra a H1N1 e a Covid-19, além de produzir e doar álcool 70% e em gel. A participação da UFRJ no Plano de Ação contra a Covid-19 nas favelas, junto a outras instituições, o desenvolvimento de novos testes sorológicos Elisa de baixo custo, a produção de um soro hiperimune e a participação da universidade, junto ao INCQS/Fiocruz, na validade de testes sorológicos também integram a lista de inciativas da instituição. 

Coordenadora-geral de educação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz (Vpeic/Fiocruz), Cristina Guilam chamou a atenção para as desigualdades sociais no Brasil, que se refletem em vários níveis da vida da população, inclusive nas oportunidades de Educação e na questão do isolamento social. “A Fiocruz tomou diversas iniciativas no sentido da manutenção da Educação na pandemia, mas também na produção de vacinas, de forma que o país tenha autonomia e soberania”, frisou. Segundo ela, a pandemia tem aspectos que transcendem, em muito, os fatores biológicos, pois evidencia questões de desigualdades sociais que vêm de longo tempo.

Cristina também citou o isolamento social como importante medida de proteção social, associada à vacina, o qual, segundo ela, também repercute nas classes sociais de maneira extremamente heterogênea. A coordenadora da Vpeic ainda chamou a atenção para o surgimento da dicotomia artificial e inútil entre Economia e Saúde, que criou conflitos entre os diversos níveis da Federação, contribuindo para o clima de incerteza, segundo ela. “A pandemia atualiza velhas subjetividades, buscam-se responsáveis: o ‘vírus chinês’, a ‘variante brasileira’, a culpabilização de pessoas que adquiriram a doença, a criação de discursos mentirosos”, destacou.

A representante do Fórum de Alunos da Pós-Graduação da ENSP, Amanda Amorim, trouxe ao debate as dificuldades enfrentadas por professores e alunos com a imposição do modelo de ensino remoto pela pandemia. Entre elas, a falta de acesso à internet nas casas de alguns alunos, o desgaste emocional, o prejuízo na relação entre docentes e discentes, além do aumento do volume de disciplinas em função da readaptação da ENSP ao diferente modelo de ensino.

“Soma-se a tudo isso, a falta de espaços próprios para estudos e de momentos de exclusividade sem interrupção externa. Sem contar que os colegas que atuam na linha de frente no combate à Covid-19 precisavam assistir às aulas em seus espaços de trabalho e os que tinham filhos precisavam dividir seu tempo”, comentou. Ela também destacou o apoio da Escola no suporte aos alunos menos favorecidos, levando acesso à internet e computador aos que não tinham. 


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