Observatório registra mortes por covid-19 entre quilombolas
De acordo com o Observatório da Covid-19 nos Quilombos, o município do Rio de Janeiro é o que contabiliza mais mortes entre quilombolas, com um total de 30, seguido por Macapá com 18 óbitos. No site do observatório, é possível consultar em um mapa o número de óbitos registrados por município e por estado onde há comunidade oficialmente reconhecida.
O Observatório é uma realização da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) com o Instituto Socioambiental e a informação sobre os casos quilombolas advém do monitoramento autônomo desenvolvido pela Conaq junto aos territórios em que atua. As organizações mantenedoras do observatório apontam que a desigualdade do enfrentamento ao coronavírus, que já se mostra evidente nas periferias urbanas, terá um impacto arrasador nos quilombos se a doença mantiver este ritmo de alastramento e letalidade. A subnotificação dos casos ainda é uma realidade por parte das autoridades sanitárias.
“A invisibilidade da doença em territórios quilombolas revela uma situação dramática, que não tem recebido a atenção devida das autoridades públicas e dos meios de comunicação dominantes. Dados da transmissão da doença em territórios quilombolas são subnotificados, pois muitas secretarias municipais deixam de informar quando a transmissão da doença e a morte ocorrem entre pessoas quilombolas”, registram os organizadores no site do observatório.
Seções Relacionadas:
Movimentos Populares e Coronavírus
Movimentos Populares e Coronavírus
Nenhum comentário para: Observatório registra mortes por covid-19 entre quilombolas
Comente essa matéria: