Acordo para redução de sódio inclui novos alimentos
Com o objetivo de melhorar a dieta do brasileiro e promover maior qualidade de vida, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), Edmundo Klotz, assinaram, na terça-feira (28/8), documento que estabelece metas nacionais para a redução do teor de sódio em alimentos processados no Brasil. O termo de compromisso prevê a redução em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais. A estimativa é retirar 8.788 toneladas de sódio do mercado brasileiro até 2020. A iniciativa faz parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, lançado em agosto de 2011.
Esta é a terceira etapa do acordo firmado pelo Ministério da Saúde para oferecer alimentos industrializados mais saudáveis e prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas na população, sobretudo entre os mais jovens. “Com esse novo termo, pretendemos oferecer um alimento mais saudável, tanto no ambiente familiar como nos locais de trabalho. O Brasil se antecipa às ações que a Organização Mundial de Saúde pretende adotar em relação ao sódio. O modelo seguido pelo Ministério da Saúde pode se tornar referência para outros países”, afirma o ministro Padilha.
Nos documentos anteriores, foram contemplados macarrões instantâneos, bisnagas, pão de forma, pão francês, mistura para bolos, salgadinhos de milho, batata frita/palha, biscoitos e maionese. Somados os três convênios, espera-se que, até 2020, estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas de sódio.
A recomendação de consumo máximo diário de sal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de menos de cinco gramas por pessoa. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam, no entanto, que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários, valor que ultrapassa o dobro do recomendado.
O termo de compromisso estabelece o acompanhamento das informações da rotulagem nutricional dos produtos e as análises laboratoriais de produtos coletados no mercado e da utilização dos ingredientes à base de sódio pelas indústrias. Edmundo Klotz, presidente da Abia, reconhece a importância do acordo. “A indústria da alimentação sabe da sua responsabilidade em contribuir para a promoção do bem-estar da sociedade e, por isso, investe recursos e energia para melhorar o perfil nutricional dos alimentos processados. Esse termo é apenas mais uma etapa da parceria entre a associação e o Ministério da Saúde, que vem trazendo muitos benefícios à saúde da população brasileira”, reitera.
Qualidade de vida – O acordo com a indústria faz parte de uma série de ações que promovem a melhoria da qualidade de vida da população hipertensa. Pesquisa realizada com mais de 54 mil brasileiros em 2011 revelou que a hipertensão arterial atinge 22,7% da população adulta. Se o consumo de sódio for reduzido (para a recomendação diária da OMS), o número de óbitos por acidentes vasculares cerebrais pode diminuir em 15%, e as mortes por infarto, em 10%. Estima-se ainda que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão, e a expectativa de vida aumentaria em até quatro anos.
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Fonte: Portal da Saúde
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