Com nova composição, CD ENSP reforça atuação estratégica na gestão institucional
Por Danielle Monteiro
A reunião do Conselho Deliberativo (CD ENSP) realizada na última quinta-feira (4/12) marcou o início da transição de gestão dos departamentos e centros da Escola, reunindo as novas e anteriores chefias. O diretor da ENSP, Marco Menezes, agradeceu e parabenizou os gestores que concluíram seus mandatos e deu boas-vindas aos novos dirigentes. Ele ressaltou que a atual formação do Conselho Deliberativo representa o início de mais um importante ciclo para a Escola.
Menezes reafirmou o papel estratégico do CD ENSP e disse que seguirá estimulando pautas com atuação propositiva e participativa nas principais decisões institucionais, tanto internamente quanto em sua representação no CD Fiocruz. Segundo ele, a primeira reunião do novo Conselho, prevista para o início do próximo ano, já deverá trazer debates sobre macrodiretrizes e as conjunturas políticas interna e externa. A proposta, na avaliação do diretor, segue o modelo do CD Integração, realizado em 2022, que gerou pautas relevantes posteriormente incorporadas ao Planejamento Institucional Participativo (PIP).
Menezes acrescentou que o monitoramento do Congresso Interno da Fiocruz deverá ocupar lugar central nas próximas reuniões do CD, ressaltando que a Carta à Sociedade, documento que expressa o posicionamento e as diretrizes institucionais para os anos futuros, será uma ferramenta essencial para o fortalecimento do diálogo com movimentos sociais. Segundo o diretor, a ampliação da interlocução com a sociedade deve ser prioridade da agenda institucional, ao lado de temas relacionados à atual conjuntura política interna e externa, como as eleições presidenciais, o impacto da expansão das emendas parlamentares sobre o orçamento do SUS, a apropriação do orçamento público, a violência enquanto questão de saúde pública, além dos sistemas alimentares e seu impacto sobre as crises climática e hídrica.
O diretor também celebrou a atuação expressiva da ENSP no 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão), bem como a intensa participação e a diversidade social registradas nessa edição do evento, promovido recentemente em Brasília. Para ele, um dos principais desafios da Escola é dar continuidade aos temas abordados nesses debates: “Precisaremos dialogar amplamente para a defesa da democracia no país. Esse será um eixo central. Além disso, nosso sistema de saúde enfrenta o grande desafio de avançar em equidade e diversidade, o que exige uma reflexão profunda sobre o modelo que desejamos construir”.
Também foi manifestado repúdio ao trágico episódio ocorrido recentemente no Cefet-RJ, onde duas servidoras foram assassinadas por um colega de trabalho. O diretor e o CD destacaram a urgência no enfrentamento ao feminicídio e à misoginia.
Os dirigentes que deixam seus cargos e os recém-eleitos agradeceram a confiança depositada e citaram as pautas que devem ser prioritárias no novo ciclo de gestão. As falas reforçaram a importância do debate sobre temas como os impactos e uso ético da Inteligência Artificial; o fortalecimento do trabalho em rede entre departamentos e centros; a importância dos Direitos Humanos para o SUS; a defesa da democracia; a incorporação de trabalhadoras e trabalhadores jovens aos quadros da Escola; o diálogo sobre unidades de notificação junto ao município; e a oferta da educação permanente para trabalhadores de saúde.
A vice-diretora de Pesquisa e Inovação, Andréa Sobral, anunciou que, no próximo ano, será criada uma nova ação do Colegiado de Pesquisa, chamada de “Colegiado Itinerante”, que visa promover encontros sobre temas transversais aos centros e departamentos da Escola. A vice-diretora de Ambulatórios e Laboratórios, Fátima Rocha, reforçou a importância do trabalho em rede e a vice-diretora de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Ana Carneiro, informou que o Colegiado de Gestão se reunirá em 18 de dezembro.
Mudanças no calendário acadêmico
O CD ENSP aprovou o novo calendário acadêmico da Escola, apresentado pelo vice-diretor de Ensino, Gideon Borges, com mudanças no cronograma e planejamento das atividades. Agora, a abertura do ano letivo não acontecerá mais ao longo de uma semana, mas, sim, durante dois dias: 2 e 3 de março, com início das aulas no dia 4. Com temas pensados a partir das diretrizes propostas no plano de gestão 2025-2029 e na Abrascão, os debates serão divididos em turnos e voltados a públicos específicos: junto aos discentes, serão debatidos os temas do antirracismo e anticapacitismo e, com os docentes, serão discutidas as temáticas da diversidade e inclusão. Já o terceiro turno será dedicado à recepção de alunos e professores e vai contar com debate sobre integridade em pesquisa, entre outras temáticas estratégicas para a Escola. Os temas da Inteligência Artificial e LGBTfobia deverão ser incorporados a um desses blocos de atividades. Durante o período e também ao longo da 3º Jornada Acadêmica, todas as aulas serão suspensas de forma a instigar a ampla participação de alunos e professores.
As reuniões do Colegiado de Ensino, atualmente realizadas a cada seis meses, passarão a ser bimensais de modo a fortalecer a área nos departamentos e centros e garantir maior autonomia a eles.
Os processos seletivos para cursos também sofrerão alterações: embora os editais continuem disponíveis por um mês, o período de inscrições será reduzido para 15 dias, em vez dos atuais 30. Além disso, a ENSP deixará de realizar seleção própria para os programas de residência, que passarão a ser submetidos ao Exame Nacional de Residências (Enare).
Outra mudança diz respeito às formaturas do lato e stricto sensu, que acontecem durante as comemorações de aniversário da Escola. A partir do próximo ano, elas passarão a ocorrer separadamente
Seções Relacionadas:
Direção Comunica
Direção Comunica
Nenhum comentário para: Com nova composição, CD ENSP reforça atuação estratégica na gestão institucional
Comente essa matéria:
Utilize o formulário abaixo para se logar.



