INFORME ENSP

Por Bruna Abinara

Está aberto o período de coleta de dados do Censo da Pós-Graduação Stricto Sensu, ano-base 2025, promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A participação é obrigatória para pós-graduandos matriculados em cursos de mestrado e doutorado, professores permanentes e colaboradores, pesquisadores em estágio pós-doutoral e coordenadores de programas de pós-graduação (PPGs) com vínculo vigente no sistema. O formulário eletrônico está disponível na Plataforma Sucupira e deve ser preenchido até 26 de fevereiro de 2026. 

De caráter declaratório, o levantamento busca subsidiar a tomada de decisões e a formulação de políticas públicas relacionadas à pós-graduação stricto sensu, com ênfase em ações afirmativas e inclusivas, por meio da produção de dados estatísticos. Com isso, contribui para o aperfeiçoamento contínuo do Sistema Nacional de Pós-Graduação. A divulgação dos resultados está prevista para 16 de novembro de 2026.  

Segundo Rondineli Mendes, coordenador do Stricto Sensu da ENSP, o levantamento produzirá um retrato importante da pós-graduação no Brasil. Para ele, as informações geradas poderão, futuramente, ser a base para a tomada de novas decisões: "O Censo pode subsidiar a promoção de políticas públicas mais ajustadas para o campo, além de trazer estatísticas e indicadores importantes para apoiar todo o processo de gestão e planejamento da pós-graduação no país. Por isso, é fundamental que todos participem". O coordenador explicou que o preenchimento do formulário eletrônico é um processo rápido, de aproximadamente cinco minutos, e que se dará por meio da Plataforma Sucupira, que pode ser acessada de diversas maneiras: o login específico da CAPES, do ORCID ou do Gov.BR. 

Mendes ressaltou que a taxa de resposta exigida pela CAPES é de no mínimo 95%. Atingir esse nível de adesão será considerado condição indispensável para a homologação do relatório dos PPGs no sistema de coleta de dados. O não cumprimento da meta estabelecida prejudicará a avaliação dos programas, o que pode resultar em redução na oferta de bolsas, impedimentos de participação em editais e perda de auxílios como o PROEX, por exemplo. "É necessária uma conscientização coletiva para que todos preencham de forma acurada, porque o não cumprimento da meta mínima de respostas poderá ter consequências diretas sobre a manutenção e a permanência dos programas", reforçou.   

A representante discente Lílian Silva destacou a importância do engajamento estudantil no levantamento. "O Censo da CAPES é a principal fonte de informação da pós-graduação brasileira. É nesse momento em que nós, pós-graduandos, conseguimos contribuir na manutenção e no aperfeiçoamento dos nossos programas, assim como das políticas de Ensino Superior. Nós sempre lutamos por mais direitos, equidade, bolsas de estudo e oportunidades no mundo acadêmico e, por meio do Censo, podemos ajudar a alcançar esses objetivos. Se o nosso Programa cresce, nós abrimos frente e oportunidade para nós e para futuros alunos. É um pacto coletivo, de um discente para o outro. Preencher o Censo é um dever com nossa Escola, nossa sociedade e nossos pares", defendeu a doutoranda em Saúde Pública e Meio Ambiente. 

A Instrução Normativa nº 4/2025 rege toda a operacionalização do processo do Censo e o cronograma segue a Portaria nº 286/2025. 

Em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), a CAPES/MEC adotará medidas técnicas e administrativas destinadas a assegurar a proteção e a privacidade dos dados informados. Isso garantirá tratamento seguro e em consonância com os princípios e fundamentos da legislação vigente para as informações. 

O canal oficial de comunicação para atendimento relacionado ao Censo é o falecomdav@capes.gov.br. 

*Com informações de CGCOM/CAPES.