Fiocruz realiza evento cultural em celebração ao Novembro Negro
*Por Mario Ferreira Junior (Cedipa)
Na próxima terça-feira (25/11), às 11h, na Praça Pasteur, no Campus Manguinhos, a Fiocruz recebe o charme, ritmo que nasceu na rua, ganhou força na periferia e hoje representa identidade e resistência. Organizado pela Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa), o evento Fiocruz no ritmo do charme integra as ações do Novembro Negro e a agenda cultural das comemorações dos 125 anos da instituição, reafirmando o compromisso com a valorização da cultura, da memória e do protagonismo negro.
A atividade conta com a apresentação do grupo Aula Dança Charme do Parque Madureira, referência na difusão dos passos que marcam o movimento. O evento também recebe a Feira Preta da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp), que reúne expositores de culinária afro-brasileira, artesanato, moda, cosméticos naturais, acessórios, troca de livros e outras produções culturais. A iniciativa tem o patrocínio da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec) e o apoio da gestão cultural da Sociedade de Promoção Sociocultural da Fiocruz (SOCULTfio).
O evento integra as ações da Cedipa voltadas ao fortalecimento de práticas culturais negras no ambiente institucional e ao reconhecimento de formas diversas de produção de conhecimento. "Trazer o baile charme para dentro da Fiocruz é reconhecer que a ciência também se faz com cultura, corpo e identidade. É um gesto de celebração da vida e da presença da população negra, que contribui diariamente para o SUS e para a história da instituição”, afirma a coordenadora da Cedipa, Hilda Gomes.
Identidade e resistência
O baile charme nasceu nas periferias do Rio de Janeiro, nos anos 1980, dentro da movimentação da juventude negra que se reunia para dançar ao som do R&B, gênero criado por artistas negros nos Estados Unidos e que reúne elementos do blues, do gospel e do jazz. Um dos marcos desse movimento foi o surgimento do Baile Charme do Viaduto de Madureira, em 1990.
A partir desse período, a música, a dança sincronizada e práticas que valorizam a negritude se consolidaram e transformaram o baile em um espaço de convivência e afirmação identitária. Pelo seu impacto social e cultural, o baile charme é reconhecido como patrimônio cultural carioca.
Fonte: Cedipa/Fiocruz
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