Gripes aviárias, transfobia e peso gestacional estão entre os destaques de outubro em CSP
Por Clara Rosa Guimarães, jornalista de CSP
O fascículo de outubro de Cadernos de Saúde Pública está disponível na íntegra. No Editorial desse mês, as Editoras-chefes abordam o papel dos editoriais como “a voz da revista”, espaço que expressa a identidade e os valores de CSP e orienta a submissão de estudos alinhados ao perfil do periódico. O texto destaca que o rigor editorial constitui uma forma de resistência à naturalização da produtividade desmedida, reafirmando o compromisso da revista com a qualidade científica.
O fascículo também apresenta o Perspectivas sobre surtos recentes de gripe aviária. A autora analisa como o aumento do preço dos ovos e o risco de novas pandemias e os impactos sobre a segurança alimentar revelam os paradoxos de um modelo agroindustrial que privilegia o lucro imediato em detrimento da sustentabilidade.
O estudo Preditores de depressão, ansiedade e sofrimento psicológico em geral entre pessoas vivendo com HIV/aids: Análises do Índice de Estigma Brasil examina fatores associados à saúde mental de mais de 1.700 pessoas vivendo com HIV/aids em sete capitais brasileiras. Os resultados evidenciam que o estigma internalizado permanece como um dos principais obstáculos ao cuidado integral, sendo um forte preditor de sintomas de depressão e ansiedade, mesmo quando controladas variáveis como adesão ao tratamento e vulnerabilidade social.
Outro destaque é o artigo Transfobia no Brasil em contexto pandêmico: percepções e ações de coletivos políticos que atuam em prol da população trans, que analisa as desigualdades agravadas pela pandemia de COVID-19. O estudo qualitativo evidencia como a crise sanitária intensificou a transfobia institucional e interpessoal, ampliando a exclusão social, o sofrimento mental e as barreiras no acesso a políticas públicas.
A edição também inclui o estudo Ganho de peso gestacional segundo índice de massa corporal pré-gestacional em adolescentes latino-americanas e sua associação com o peso ao nascer do recém-nascido, que examina dados de mais de seis mil adolescentes de seis países da América Latina. O estudo mostra que o sobrepeso pré-gestacional e o ganho de peso excessivo estão associados ao nascimento de bebês grandes para a idade gestacional e macrossômicos, enquanto a magreza e o ganho insuficiente aumentam o risco de baixo peso ao nascer.
O fascículo de outubro está disponível na íntegra para acesso no site de Cadernos de Saúde Pública.
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